Boas práticas obstétrica e neonatias em maternidades públicas: estudo de método misto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17354 |
Resumo: | Introdução: O modelo hegemônico e tecnocrático ainda presente na atenção ao parto e nascimento no Brasil reflete a resistência do emprego as práticas humanizadas e melhora da qualidade no atendimento. As estratégicas políticas e programas como Rede Mãe Paranaense (RMP) inspirado na Rede Cegonha são medidas que auxiliam na promoção do parto e nascimento saudável, com garantia da autonomia e protagonismo da mulher, reforçando o emprego da prática baseada em evidência. Objetivo: Avaliar as práticas obstétricas e neonatais em maternidades públicas credenciadas a RMP. Método: estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva, delineada pelo método misto explanatório sequencial realizado em duas etapas: quantitativa, em 2017, com 299 puérperas e qualitativa, em 2018, com 32, foi desenvolvido em duas maternidades do município de Londrina, Paraná. Uma referência para gestação de alto risco e outra para risco habitual e intermediário, para o município e outras regiões do estado. Utilizou-se teste Qui-quadrado de Pearson p- valor <0,005 e a Teoria Fundamentada nos Dados mediante entrevistas intensivas e codificadas no NVIVO®. Resultados: entre mulheres de risco habitual/intermediário foi mais frequente: métodos não farmacológicos para alívio da dor, acompanhante, orientações e indução de trabalho de parto e parto e uso de misoprostol. Aquelas de alto risco a menor constância a ausculta dos batimentos cardiofetais e informação sobre o toque vaginal, maior rotura de membranas artificialmente e restrição de ingesta hídrica e alimentos. A intercorrência intraparto foi associada as primíparas nas duas maternidades, bem como local do parto no centro cirúrgico e a posição dorsal não litotômica. Houve predomínio do parto normal para contato pele a pele e sucção ao seio materno imediatamente após o parto, contato pele a pele na sala de parto inferior a 30 minutos as parturientes ficaram mais satisfeitas com o parto em ambas maternidades, mulheres de risco habitual/intermediário que tiveram sucção em sala de parto demonstraram maior satisfação com o parto, em ambas as maternidades a satisfação com o parto favoreceu o aleitamento materno em livre demanda, bem como o tempo de contato pele a pele <30 minutos. Os motivos mencionados para insatisfação materna com o parto foram ofensa/desrespeito profissional e manobra de Kristeller. Na abordagem qualitativa do processo analítico, se obteve o fenômeno “Enaltecer do parto no sistema público de saúde: a vivência da parturiente” e “O nascimento em maternidade pública sob olhar da usuária as categorias informadas ilustram como ocorre a assistência ao parto e nascimento sob a perspectiva da mulher e sua relação com serviço de saúde, mediada pelos profissionais. Conclusão: As boas práticas de atenção ao parto e nascimento ainda que sejam incentivadas e implementadas por políticas e programas de saúde como a Rede Mãe Paranaense, encontram resistência em sua aplicação intervenções desnecessárias permanecem sendo realizadas na assistência. A satisfação materna com o parto foi um fator positivo para o aleitamento materno em livre demanda, medidas humanizadas de cuidados como contato pele a pele e sucção em sala de parto foram ações essenciais para adesão ao aleitamento materno no alojamento conjunto. |
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Método: estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva, delineada pelo método misto explanatório sequencial realizado em duas etapas: quantitativa, em 2017, com 299 puérperas e qualitativa, em 2018, com 32, foi desenvolvido em duas maternidades do município de Londrina, Paraná. Uma referência para gestação de alto risco e outra para risco habitual e intermediário, para o município e outras regiões do estado. Utilizou-se teste Qui-quadrado de Pearson p- valor <0,005 e a Teoria Fundamentada nos Dados mediante entrevistas intensivas e codificadas no NVIVO®. Resultados: entre mulheres de risco habitual/intermediário foi mais frequente: métodos não farmacológicos para alívio da dor, acompanhante, orientações e indução de trabalho de parto e parto e uso de misoprostol. Aquelas de alto risco a menor constância a ausculta dos batimentos cardiofetais e informação sobre o toque vaginal, maior rotura de membranas artificialmente e restrição de ingesta hídrica e alimentos. A intercorrência intraparto foi associada as primíparas nas duas maternidades, bem como local do parto no centro cirúrgico e a posição dorsal não litotômica. Houve predomínio do parto normal para contato pele a pele e sucção ao seio materno imediatamente após o parto, contato pele a pele na sala de parto inferior a 30 minutos as parturientes ficaram mais satisfeitas com o parto em ambas maternidades, mulheres de risco habitual/intermediário que tiveram sucção em sala de parto demonstraram maior satisfação com o parto, em ambas as maternidades a satisfação com o parto favoreceu o aleitamento materno em livre demanda, bem como o tempo de contato pele a pele <30 minutos. Os motivos mencionados para insatisfação materna com o parto foram ofensa/desrespeito profissional e manobra de Kristeller. Na abordagem qualitativa do processo analítico, se obteve o fenômeno “Enaltecer do parto no sistema público de saúde: a vivência da parturiente” e “O nascimento em maternidade pública sob olhar da usuária as categorias informadas ilustram como ocorre a assistência ao parto e nascimento sob a perspectiva da mulher e sua relação com serviço de saúde, mediada pelos profissionais. Conclusão: As boas práticas de atenção ao parto e nascimento ainda que sejam incentivadas e implementadas por políticas e programas de saúde como a Rede Mãe Paranaense, encontram resistência em sua aplicação intervenções desnecessárias permanecem sendo realizadas na assistência. A satisfação materna com o parto foi um fator positivo para o aleitamento materno em livre demanda, medidas humanizadas de cuidados como contato pele a pele e sucção em sala de parto foram ações essenciais para adesão ao aleitamento materno no alojamento conjunto.Introduction: The hegemonic and technocratic model still present in childbirth and birth care in Brazil reflects the resistance of employment to humanized practices and improved quality of care. The political strategies and programs like Rede Mãe Paranaense (RMP) inspired by Rede Cegonha are measures that help in the promotion of healthy birth and birth, with guarantee of the autonomy and protagonism of women, reinforcing the use of evidence-based practice. Objective: To evaluate obstetric and neonatal practices in public maternity hospitals accredited to RMP. Method: cross-sectional study nested in a prospective cohort, outlined by the mixed sequential explanatory method carried out in two stages: quantitative, in 2017, with 299 puerperal women and qualitative, in 2018, with 32, it was developed in two maternity hospitals in the city of Londrina, Paraná. One reference for high-risk pregnancy and another for habitual and intermediate risk, for the municipality and other regions of the state. Pearson's chi-square test p-value <0.005 and the Grounded Theory were used through intensive interviews and coded in NVIVO®. Results: among women of habitual / intermediate risk it was more frequent: non- pharmacological methods for pain relief, companion, guidance and induction of labor and delivery and use of misoprostol. Those with high risk, less constancy, auscultation of cardiofetal beats and information about vaginal touch, greater rupture of artificial membranes and restriction of water and food intake. Intrapartum complications were associated with primiparous women in both maternities, as well as the place of delivery in the operating room and the non-lithotomic dorsal position. There was a predominance of normal delivery for skin-to-skin contact and suction to the mother's breast immediately after delivery, skin-to-skin contact in the delivery room less than 30 minutes. The parturients were more satisfied with the delivery in both maternities, women of habitual / intermediate risk. who had suction in the delivery room showed greater satisfaction with the delivery, in both maternities the satisfaction with delivery favored breastfeeding on demand, as well as skin-to-skin contact time <30 minutes. The reasons mentioned for maternal dissatisfaction with childbirth were professional offense / disrespect and Kristeller's maneuver. In the qualitative approach of the analytical process, the phenomenon “Enhancing childbirth in the public health system: the experience of the parturient” and “Birth in a public maternity under the eyes of the user, the informed categories illustrate how assistance to childbirth and birth under the perspective of women and their relationship with the health service, mediated by professionals. Conclusion: Good practices in childbirth and birth care, even though they are encouraged and implemented by health policies and programs such as Rede Mãe Paranaense, encounter resistance in their application, unnecessary interventions are still being carried out in care. Maternal satisfaction with childbirth was a positive factor for breastfeeding on demand, humanized care measures such as skin-to-skin contact and suction in the delivery room were essential actions for adhering to breastfeeding in rooming-in.Ferrari, Rosângela Aparecida PimentaCardelli, Alexandrina Aparecida MacielCaldeira, SebastiãoZani, Adriana ValongoBaggio, Maria AparecidaCanario, Márcia Aparecida dos Santos Silva2024-08-30T14:31:20Z2024-08-30T14:31:20Z2021-05-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17354porCCS - Departamento de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina128 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-31T06:02:55Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17354Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-08-31T06:02:55Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Introdução: O modelo hegemônico e tecnocrático ainda presente na atenção ao parto e nascimento no Brasil reflete a resistência do emprego as práticas humanizadas e melhora da qualidade no atendimento. As estratégicas políticas e programas como Rede Mãe Paranaense (RMP) inspirado na Rede Cegonha são medidas que auxiliam na promoção do parto e nascimento saudável, com garantia da autonomia e protagonismo da mulher, reforçando o emprego da prática baseada em evidência. Objetivo: Avaliar as práticas obstétricas e neonatais em maternidades públicas credenciadas a RMP. Método: estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva, delineada pelo método misto explanatório sequencial realizado em duas etapas: quantitativa, em 2017, com 299 puérperas e qualitativa, em 2018, com 32, foi desenvolvido em duas maternidades do município de Londrina, Paraná. Uma referência para gestação de alto risco e outra para risco habitual e intermediário, para o município e outras regiões do estado. Utilizou-se teste Qui-quadrado de Pearson p- valor <0,005 e a Teoria Fundamentada nos Dados mediante entrevistas intensivas e codificadas no NVIVO®. Resultados: entre mulheres de risco habitual/intermediário foi mais frequente: métodos não farmacológicos para alívio da dor, acompanhante, orientações e indução de trabalho de parto e parto e uso de misoprostol. Aquelas de alto risco a menor constância a ausculta dos batimentos cardiofetais e informação sobre o toque vaginal, maior rotura de membranas artificialmente e restrição de ingesta hídrica e alimentos. A intercorrência intraparto foi associada as primíparas nas duas maternidades, bem como local do parto no centro cirúrgico e a posição dorsal não litotômica. Houve predomínio do parto normal para contato pele a pele e sucção ao seio materno imediatamente após o parto, contato pele a pele na sala de parto inferior a 30 minutos as parturientes ficaram mais satisfeitas com o parto em ambas maternidades, mulheres de risco habitual/intermediário que tiveram sucção em sala de parto demonstraram maior satisfação com o parto, em ambas as maternidades a satisfação com o parto favoreceu o aleitamento materno em livre demanda, bem como o tempo de contato pele a pele <30 minutos. Os motivos mencionados para insatisfação materna com o parto foram ofensa/desrespeito profissional e manobra de Kristeller. Na abordagem qualitativa do processo analítico, se obteve o fenômeno “Enaltecer do parto no sistema público de saúde: a vivência da parturiente” e “O nascimento em maternidade pública sob olhar da usuária as categorias informadas ilustram como ocorre a assistência ao parto e nascimento sob a perspectiva da mulher e sua relação com serviço de saúde, mediada pelos profissionais. Conclusão: As boas práticas de atenção ao parto e nascimento ainda que sejam incentivadas e implementadas por políticas e programas de saúde como a Rede Mãe Paranaense, encontram resistência em sua aplicação intervenções desnecessárias permanecem sendo realizadas na assistência. A satisfação materna com o parto foi um fator positivo para o aleitamento materno em livre demanda, medidas humanizadas de cuidados como contato pele a pele e sucção em sala de parto foram ações essenciais para adesão ao aleitamento materno no alojamento conjunto. |
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