Roland Barthes e a comida japonesa : o encontro dos sentidos do texto em O império dos signos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10153 |
Resumo: | Resumo: Na comida, Roland Barthes não apenas buscava nutrientes para seu corpo, mas, igualmente, signos que, metaforicamente, representavam o seu modo de pensar a linguagem e, consequentemente, estimulavam a sua escritura Os movimentos pertencentes à cozinha e à pluralidade de sentidos gerados por cada gesto do cozinheiro em face de sua panela foram intimamente relacionados, por Barthes, a uma forma interessante e nada convencional de conduzir, incialmente, sua crítica literária e, posteriormente, suas análises a respeito dos temas voltados ao universo cotidiano Ele defendia o caráter múltiplo existente nos signos da linguagem e a sua pluralidade interpretativa, cujos sentidos deveriam se encontrar profundamente enlaçados às experiências de cada leitor O que se ilumina é a liberdade interpretativa com a qual cada indivíduo pode se manifestar ao se deparar com determinado arranjo de signos disposto em qualquer parte do dia-a-dia Um ritual semelhante ao da degustação, onde se pode desconstruir e saborear cada fragmento da comida, ressignificando esse objeto sob as lentes sensíveis de cada pessoa Dessa forma, curiosamente, tal abertura dos signos foi percebida por Barthes em sua passagem pela capital japonesa, Tóquio, onde, nos anos da década de 196, sua mente foi atravessada, inúmeras vezes, por iluminações reflexivas Algo que, dentre vários contextos, ocorreu através de seu contato com a comida local Em razão disso, entender como Roland Barthes se relacionou com a comida japonesa, verificando a presença do fazer literário por entre seus signos, vem à luz como o intuito desta pesquisa Ele que, em suas caminhadas, percebeu algo a mais a ser provado e retirou desses breves incidentes, ingredientes para a feitura de seu próprio Japão – um lugar desejado, saboreado e vivido, onde sua mente pôde alcançar doses de liberdade para o desdobrar dessa degustação dos signos que se refletem em seu livro O Império dos signos (197) Dessa maneira, primeiramente, buscou-se analisar a comida na obra barthesiana para entender como ele a pensava Por conseguinte, adentou-se em seu Império com o interesse em relacionar as partes denominadas: "A Água e o Floco", "Palitos", "A Comida Descentrada" e "O Interstício", com as noções barthesianas de escritura, texto, corpo e neutro – conhecimentos imprescindíveis para se entender a maneira como ele pensou a linguagem literária |
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Roland Barthes e a comida japonesa : o encontro dos sentidos do texto em O império dos signosLinguagemAlimentosJapãoSentidosEscritaLanguageFoodSensesWritingJapanResumo: Na comida, Roland Barthes não apenas buscava nutrientes para seu corpo, mas, igualmente, signos que, metaforicamente, representavam o seu modo de pensar a linguagem e, consequentemente, estimulavam a sua escritura Os movimentos pertencentes à cozinha e à pluralidade de sentidos gerados por cada gesto do cozinheiro em face de sua panela foram intimamente relacionados, por Barthes, a uma forma interessante e nada convencional de conduzir, incialmente, sua crítica literária e, posteriormente, suas análises a respeito dos temas voltados ao universo cotidiano Ele defendia o caráter múltiplo existente nos signos da linguagem e a sua pluralidade interpretativa, cujos sentidos deveriam se encontrar profundamente enlaçados às experiências de cada leitor O que se ilumina é a liberdade interpretativa com a qual cada indivíduo pode se manifestar ao se deparar com determinado arranjo de signos disposto em qualquer parte do dia-a-dia Um ritual semelhante ao da degustação, onde se pode desconstruir e saborear cada fragmento da comida, ressignificando esse objeto sob as lentes sensíveis de cada pessoa Dessa forma, curiosamente, tal abertura dos signos foi percebida por Barthes em sua passagem pela capital japonesa, Tóquio, onde, nos anos da década de 196, sua mente foi atravessada, inúmeras vezes, por iluminações reflexivas Algo que, dentre vários contextos, ocorreu através de seu contato com a comida local Em razão disso, entender como Roland Barthes se relacionou com a comida japonesa, verificando a presença do fazer literário por entre seus signos, vem à luz como o intuito desta pesquisa Ele que, em suas caminhadas, percebeu algo a mais a ser provado e retirou desses breves incidentes, ingredientes para a feitura de seu próprio Japão – um lugar desejado, saboreado e vivido, onde sua mente pôde alcançar doses de liberdade para o desdobrar dessa degustação dos signos que se refletem em seu livro O Império dos signos (197) Dessa maneira, primeiramente, buscou-se analisar a comida na obra barthesiana para entender como ele a pensava Por conseguinte, adentou-se em seu Império com o interesse em relacionar as partes denominadas: "A Água e o Floco", "Palitos", "A Comida Descentrada" e "O Interstício", com as noções barthesianas de escritura, texto, corpo e neutro – conhecimentos imprescindíveis para se entender a maneira como ele pensou a linguagem literáriaDissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em LetrasAbstract: In food, Roland Barthes not only sought nutrients for his body, but also signs that metaphorically represented his way of thinking language and consequently stimulated his writing The movements belonging to the kitchen and the plurality of senses generated by each gesture of the cook in the face of his pot, were closely related, by Barthes, to an interesting and unconventional way of conducting, initially, his literary criticism and, later, his analysis of the themes focused on the daily universe Barthes defended the multiple character existing in the signs of language, and the interpretive flexibility of a literary work, whose senses should be deeply connected to the experiences of each reader What illuminates is the freedom of interpretation with which each individual can manifest himself when faced with a certain arrangement of signs arranged in any part of the day-to-day A ritual similar to that of tasting, where one can deconstruct and taste each fragment of food, re-signifying this object under the sensitive lenses of each person In this way, curiously, this opening of signs will be perceived by Barthes in his passage through the Japanese capital, Tokyo, where, in the 196s, his mind was crossed, countless times, by reflective illuminations Something that, among many contexts, occurred with its contact with local food Because of this, understanding how Roland Barthes related to Japanese food, verifying the presence of the literary making among its signs, comes to light as the purpose of this research He, in his walks, noticed something else to be proved and removed from these brief incidents, ingredients for the making of his own Japan - a desired place, tasted and lived, where your mind could achieve doses of freedom to unfold this tasting of the signs that are reflected in your work literary O Império dos signos (197) In this way, first, we sought to analyze food in Barthes' work in order to understand how he thought about it Consequently, we entered his Império with an interest in relating the parts named: "A Água e o Floco", "Palitos", "A Comida Descentrada" and "O Interstício" to Barthesian notions of scripture, text, body and neutral, essential to understanding the way he thought about literary languageBrandini, Laura Taddei [Orientador]Pino, Cláudia AmigoSilva, Marta Dantas daSawaguchi, Alexandre Yoshiaki2024-05-01T12:14:56Z2024-05-01T12:14:56Z2022.0025.02.2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10153porMestradoLetrasCentro de Letras e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em LetrasLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:20Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10153Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:20Repositório Institucional da UEL - 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