Tempo de permanência em UTI na determinação do desfecho para morte ou alta de pacientes com COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fumegali, William Capellari
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17123
Resumo: A COVID-19 é uma doença complexa, que afeta o sistema imunológico e e causa respostas inflamatórias, estresse oxidativo e danos teciduais. A exacerbação do estresse oxidativo é uma das principais causas de complicações da doença. Sabendo que as complicações apresentadas pelos pacientes internados possuem uma duração média de 3 semanas, nosso estudo visou compreender as diferenças existentes em dois grupos de pacientes com diferentes tempos de internação, a partir da análise de exames hematológicos, bioquímicos, do estresse oxidativo e de características clínicas e demográficas como parâmetros de comparação, afim de se compreender suas associações com a gravidade e prognóstico da doença. Amostras de sangue foram coletadas de 160 pacientes internados em UTI e foram divididos em dois grupos (grupo A = Até 21 dias de internação, grupo B = Mais de 21 dias de internação). Dados clínicos e demográficos foram obtidos a partir dos prontuários eletrônicos. Para avaliar o estresse oxidativo, foram avaliadas a atividade das enzimas antioxidantes glutationa reduzida (GSH); Catalase (CAT) e Superóxido Dismutase (SOD); formação de hidroperóxidos de membrana e malondialdeido (MDA) foram medidos. O grupo B apresentou uma diferença mais acentuada em parâmetros hematimétricos. Ambos os grupos apresentaram aumentos acentuados nos níveis de Uréia e Creatinina, sendo que o grupo B apresentou niveís significativamente maiores. Os níveis de GSH estavam aumentados no grupo B, assim como os marcadores oxidativos sistêmicos como a lipoperoxidação inicial e tardia. Observamos um predomínio de óbito em ambos os grupos (67,7% no grupo A e 53,8% no grupo B). Com relação a comorbidades, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitos (DM) e obesidade foram as mais prevalentes, sendo também as que mais apresentaram um desfecho de óbito em ambos os grupos, juntamente com doença renal. Demonstramos que o período de internação se correlaciona diretamente com parâmetros hematimétrico e de marcadores de lesão renal, assim como de marcadores de estresse oxidativo e que, aparentemente, a presença destas comorbidades elencada anteriormente levam os pacientes a terem um pior desdobramento da doença.
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Sabendo que as complicações apresentadas pelos pacientes internados possuem uma duração média de 3 semanas, nosso estudo visou compreender as diferenças existentes em dois grupos de pacientes com diferentes tempos de internação, a partir da análise de exames hematológicos, bioquímicos, do estresse oxidativo e de características clínicas e demográficas como parâmetros de comparação, afim de se compreender suas associações com a gravidade e prognóstico da doença. Amostras de sangue foram coletadas de 160 pacientes internados em UTI e foram divididos em dois grupos (grupo A = Até 21 dias de internação, grupo B = Mais de 21 dias de internação). Dados clínicos e demográficos foram obtidos a partir dos prontuários eletrônicos. Para avaliar o estresse oxidativo, foram avaliadas a atividade das enzimas antioxidantes glutationa reduzida (GSH); Catalase (CAT) e Superóxido Dismutase (SOD); formação de hidroperóxidos de membrana e malondialdeido (MDA) foram medidos. O grupo B apresentou uma diferença mais acentuada em parâmetros hematimétricos. Ambos os grupos apresentaram aumentos acentuados nos níveis de Uréia e Creatinina, sendo que o grupo B apresentou niveís significativamente maiores. Os níveis de GSH estavam aumentados no grupo B, assim como os marcadores oxidativos sistêmicos como a lipoperoxidação inicial e tardia. Observamos um predomínio de óbito em ambos os grupos (67,7% no grupo A e 53,8% no grupo B). Com relação a comorbidades, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitos (DM) e obesidade foram as mais prevalentes, sendo também as que mais apresentaram um desfecho de óbito em ambos os grupos, juntamente com doença renal. Demonstramos que o período de internação se correlaciona diretamente com parâmetros hematimétrico e de marcadores de lesão renal, assim como de marcadores de estresse oxidativo e que, aparentemente, a presença destas comorbidades elencada anteriormente levam os pacientes a terem um pior desdobramento da doença.Caused by the SARS-CoV-2 virus, COVID-19 is a complex disease that affects the immune system and causes inflammatory responses, oxidative stress and tissue damage. Exacerbation of oxidative stress is one of the main causes od disease complications. Knowing that the complications of hospitalized patients have na average duration of 3 weeks, our study aimed to understand the existing differences in two groups of patients with different times of hospitalization (group A = Up to 21 days of hospitalization, group B = More than 21 days of hospitalization), using hematological, biochemical, oxidative stress and pathological and demographic characteristics markers as comparion parameters, in order to understand their associations with the severity and prognosis of the diasease. Blood samples were obtained from 160 patients admitted to the ICU of the University Hospital of the State University of Londrina. Clinical and demographic data were obtained from electronic medical records. Erythrocytes were used to quantify initial lipid peroxidation, reduced glutathione (GSH), duperoxide dismutase (SOD) and activity of catalase (CAT). Formation of membrane hydroperoxides and malondialdehyde (MDA) were measured. Group B showed a more pronounced difference in hematimetric parameters. Both groups showed marked increases in Urea and Creatinine levels, with group B showing significantly higher levels. GSH levels were increased in group B, as well as systemic oxidative markers such as early and late lipoperoxidation. We observed a domain of death in both groups (67,7% in group A and 53,8% in group B). With regard to comorbidities, the most prevalent were SAH (systemic arterial hypertension), DM (diabetes mellitus) and obesity, and they were also the ones with the most one death in both groups, along with kidney disease. We demonstrated that the length of stay is directly correlated with hematimetric parameters and markers of kidney damage, as well as markers of oxidative stress, and that apparently the presence of comorbidities leads to a more unfavorable course of the disease.Armani, Alessandra Lourenço CecchiniFernandes, Glaura Scantamburlo AlvesLopes, Natalia Medeiros DiasLuiz, Rodrigo CabralSouza Neto, Fernando Pinheiro deFumegali, William Capellari2024-08-05T11:30:51Z2024-08-05T11:30:51Z2023-06-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17123porCCB - Departamento de Biologia GeralPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina93 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-06T06:03:21Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17123Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-08-06T06:03:21Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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