Satisfação no trabalho e absenteísmo entre professores da rede estadual de ensino básico de Londrina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15536 |
Resumo: | Resumo: Devido às reformas educacionais e intensificação do trabalho, professores têm enfrentado inúmeros obstáculos na profissão docente Assim, muitos experimentam insatisfação no trabalho, com prejuízo à sua saúde física e mental, o que pode contribuir para o absenteísmo Nesse sentido, este estudo objetivou analisar a relação entre satisfação no trabalho e absenteísmo em professores da educação básica Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, com população de estudo composta por professores das 2 escolas da Rede Estadual de Ensino de Londrina-PR com maior número de docentes A coleta de dados ocorreu entre agosto de 212 a junho de 213, por entrevista e preenchimento de um questionário pelos professores A satisfação no trabalho foi avaliada por meio da escala Occupational Stress Indicator, utilizando o percentil 25 como ponto de corte para definição de menor satisfação O absenteísmo foi considerado presente quando o professor referiu ter faltado ao trabalho por problema de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista Foram realizadas análises descritivas e por regressão de Poisson, com cálculo de razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% Participaram deste estudo 899 professores, com idade média de 42 anos e a maior parte composta por mulheres (68,3%) Os componentes com menores níveis de satisfação foram salário (46,9%), volume de trabalho (29,6%) e oportunidades para atingir aspirações e ambições (21,5%) Os componentes da escala de satisfação no trabalho mais bem avaliados foram: conteúdo do trabalho (58,4%) e relacionamentos (58,1%) Metade dos professores (5,4%) referiu absenteísmo por problema de saúde, com duração principalmente entre 1 e 3 dias (37,5%) Os principais motivos de falta ao trabalho foram doenças respiratórias (22,3%), problemas osteomusculares (14,1%) e transtornos mentais (11,%) Após análise ajustada, o absenteísmo associou-se com a menor satisfação no trabalho (RP=1,21; IC=1,5-1,39), independentemente das variáveis sexo, idade, tempo de profissão, carga horária de trabalho, percepção quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, dor crônica, doença crônica, capacidade física e mental para o trabalho e qualidade do sono Também se apresentaram associadas ao absenteísmo a idade superior a 4 anos (RP=1,19; IC=1,1-1,39) e presença de doença crônica (RP=1,65; IC=1,27-2,15) Os resultados mostram associação entre absenteísmo e menor satisfação no trabalho no exercício da profissão docente, independentemente de outras variáveis Desta forma, tornam-se necessárias medidas para melhorar a satisfação no trabalho docente, como a melhoria das condições e redução da carga de trabalho |
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Satisfação no trabalho e absenteísmo entre professores da rede estadual de ensino básico de LondrinaSaúde e trabalhoProfessoresSatisfação no trabalhoAbsenteísmo (Trabalho)Health and workTeachersAbsenteeism (Labor)Job satisfactionResumo: Devido às reformas educacionais e intensificação do trabalho, professores têm enfrentado inúmeros obstáculos na profissão docente Assim, muitos experimentam insatisfação no trabalho, com prejuízo à sua saúde física e mental, o que pode contribuir para o absenteísmo Nesse sentido, este estudo objetivou analisar a relação entre satisfação no trabalho e absenteísmo em professores da educação básica Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, com população de estudo composta por professores das 2 escolas da Rede Estadual de Ensino de Londrina-PR com maior número de docentes A coleta de dados ocorreu entre agosto de 212 a junho de 213, por entrevista e preenchimento de um questionário pelos professores A satisfação no trabalho foi avaliada por meio da escala Occupational Stress Indicator, utilizando o percentil 25 como ponto de corte para definição de menor satisfação O absenteísmo foi considerado presente quando o professor referiu ter faltado ao trabalho por problema de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista Foram realizadas análises descritivas e por regressão de Poisson, com cálculo de razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% Participaram deste estudo 899 professores, com idade média de 42 anos e a maior parte composta por mulheres (68,3%) Os componentes com menores níveis de satisfação foram salário (46,9%), volume de trabalho (29,6%) e oportunidades para atingir aspirações e ambições (21,5%) Os componentes da escala de satisfação no trabalho mais bem avaliados foram: conteúdo do trabalho (58,4%) e relacionamentos (58,1%) Metade dos professores (5,4%) referiu absenteísmo por problema de saúde, com duração principalmente entre 1 e 3 dias (37,5%) Os principais motivos de falta ao trabalho foram doenças respiratórias (22,3%), problemas osteomusculares (14,1%) e transtornos mentais (11,%) Após análise ajustada, o absenteísmo associou-se com a menor satisfação no trabalho (RP=1,21; IC=1,5-1,39), independentemente das variáveis sexo, idade, tempo de profissão, carga horária de trabalho, percepção quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, dor crônica, doença crônica, capacidade física e mental para o trabalho e qualidade do sono Também se apresentaram associadas ao absenteísmo a idade superior a 4 anos (RP=1,19; IC=1,1-1,39) e presença de doença crônica (RP=1,65; IC=1,27-2,15) Os resultados mostram associação entre absenteísmo e menor satisfação no trabalho no exercício da profissão docente, independentemente de outras variáveis Desta forma, tornam-se necessárias medidas para melhorar a satisfação no trabalho docente, como a melhoria das condições e redução da carga de trabalhoDissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAbstract: Due to education reforms and increased workload, teachers have faced countless obstacles in their profession Thus, many experience dissatisfaction at work, which harms their physical and mental health and may contribute to absenteeism With this in mind, this study aimed to analyze the relation between satisfaction at work and absenteeism among elementary school teachers This is a cross-sectional epidemiologic study on teachers of the top 2 state schools of Londrina, PR, Brazil in faculty numbers Data were collected between August 212 and June 213 by means of interviews and a questionnaire answered by the teachers Satisfaction at work was assessed using the Occupational Stress Indicator scale and percentile 25 was used as the cut-off point to define low satisfaction Absenteeism was considered present when the teacher reported having missed work due to health issues in the 12 months prior to the interview Descriptive analyses and Poisson regression were employed to calculate the prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (CI) 899 teachers aged 42 years on average and mostly female (683%) took part in this study The components with the lowest levels of satisfaction were salary (469%), workload (296%), and opportunities to fulfill aspirations and ambitions (215%) The best assessed components on the satisfaction scale were work content (584%) and relationships (581%) Half of the teachers (54%) reported absenteeism due to health issues lasting mainly between 1 and 3 days (375%) The main reasons for missing work were respiratory diseases (223%), musculoskeletal problems (141%), and mental disorders (11%) After the analysis was adjusted, absenteeism was associated with lower satisfaction at work (PR=121; CI=15-139) regardless of the variables sex, age, work experience, working hours, perception of the balance between professional and personal life, chronic pain, chronic disease, physical and mental capacity for the job, or quality of sleep Other factors also associated with absenteeism were age above 4 years (PR=119; CI=11-139) and presence of chronic disease (PR=165; CI=127-215) The results show an association between absenteeism and lower satisfaction at work as a teacher regardless of other variables Thus, measures are required to improve teacher satisfaction, such as improving working conditions and decreasing workloadAndrade, Selma Maffei de [Orientador]Matsuda, Laura MisueDurán González, AlbertoGirotto, Edmarlon [Coorientador]Levorato, Adrieli de Fatima Massaro2024-05-01T14:50:56Z2024-05-01T14:50:56Z2016.0029.06.2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15536porMestradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:21Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15536Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:21Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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