Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Ivo Alexandre Leme da
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12779
Resumo: Resumo: O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório que pode acometer uma ampla variedade de hospedeiros inclusive o homem Os herbívoros domésticos são as principais fontes de infecção para os seres humanos e a carne suína é considerada uma das mais importantes via de transmissão nesta doença Nas últimas décadas houve um grande aumento no número de tecnologias e pesquisas para a produção de imunógenos No entanto, apenas uma vacina comercial (Toxovax, lançada em 1992), para uso em ovinos, encontra-se disponível no Reino Unido Esta vacina apresenta uma série de inconvenientes como risco de contaminação, baixo tempo de conservação, apresentação de sinais clínicos pelo animal e não pode ser usada durante a gestação O desenvolvimento de vacinas não infectantes tais como vacinas de subunidades, vacina de DNA, assim como vacinas com proteínas recombinantes do T gondii, devem ser estimulados O presente estudo tem como objetivos avaliar a imunidade humoral e celular em suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do T gondii associadas ao imunoestimulante Quil-A As roptrias foram obtidas a partir do rompimento mecânico de taquizoítas da cepa LIV-5 e posteriormente separados por gradiente isopínico de sacarose Foram utilizados 13 suínos mestiços, divididos em três grupos, G1 (n=6) receberam proteínas de roptrias (2 µg) associadas ao Quil-A (5 µg), G2 (n=4) e G3 (n=3) receberam Quil-A (5 µg) e PBS, respectivamente Todos os tratamentos foram administrados pela via nasal nos dias , 21 e 42 No dia 49 dois animais do G1 foram eutanasiados e realizada coleta de sangue e linfonodos mesentéricos para avaliação da imunidade celular, através do teste de proliferação de linfócitos e os demais animais desse estudo foram desafiados com 13 oocistos infectantes da cepa VEG Sinais clínicos e temperatura foram analizados antes e depois do desafio A imunidade humoral (IgG e IgM) foi avaliada nos dias , 21, 42, 49, 64, 79 utilizando o Ensaio Imunoenzimático Indireto (ELISA) A presença de cistos nos cérebros dos suínos foi avaliada pela técnica de bioensaio em camundongos O único sinal clínico observado nos suínos foi febre do 6° ao 8° dia após o desafio Cinco de seis animais do G1 produziram anticorpos acima do ponto de corte, sete dias após três doses do imunógeno (dia 49), onde três suínos produziram níveis de anticorpos tanto para IgG quanto para IgM e os outros dois responderam somente para IgM Houve maior proliferação celular específica contra proteínas de roptrias nos linfócitos coletados dos linfonodos mesentéricos, comparados aos do sangue Proteção parcial contra formação de cistos teciduais foi observada no G1, quando comparado com o G3 Os fatores de proteção foram de 41,6% e 6,5%, no G1 e G2, respectivamente Como conclusão, os animais foram estimulados parcialmente na resposta imune humoral, porém, apresentaram estímulo para a resposta imune celular tanto local como sistêmica
id UEL_fe10e59fae608f95527b1d46c3607128
oai_identifier_str oai:repositorio.uel.br:123456789/12779
network_acronym_str UEL
network_name_str Repositório Institucional da UEL
repository_id_str
spelling Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondiiSuínoToxoplasmoseToxoplasmoseVacinaToxoplasma gondiiToxoplasmosisToxoplasmosis vaccinesVeterinary immunologySwineResumo: O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório que pode acometer uma ampla variedade de hospedeiros inclusive o homem Os herbívoros domésticos são as principais fontes de infecção para os seres humanos e a carne suína é considerada uma das mais importantes via de transmissão nesta doença Nas últimas décadas houve um grande aumento no número de tecnologias e pesquisas para a produção de imunógenos No entanto, apenas uma vacina comercial (Toxovax, lançada em 1992), para uso em ovinos, encontra-se disponível no Reino Unido Esta vacina apresenta uma série de inconvenientes como risco de contaminação, baixo tempo de conservação, apresentação de sinais clínicos pelo animal e não pode ser usada durante a gestação O desenvolvimento de vacinas não infectantes tais como vacinas de subunidades, vacina de DNA, assim como vacinas com proteínas recombinantes do T gondii, devem ser estimulados O presente estudo tem como objetivos avaliar a imunidade humoral e celular em suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do T gondii associadas ao imunoestimulante Quil-A As roptrias foram obtidas a partir do rompimento mecânico de taquizoítas da cepa LIV-5 e posteriormente separados por gradiente isopínico de sacarose Foram utilizados 13 suínos mestiços, divididos em três grupos, G1 (n=6) receberam proteínas de roptrias (2 µg) associadas ao Quil-A (5 µg), G2 (n=4) e G3 (n=3) receberam Quil-A (5 µg) e PBS, respectivamente Todos os tratamentos foram administrados pela via nasal nos dias , 21 e 42 No dia 49 dois animais do G1 foram eutanasiados e realizada coleta de sangue e linfonodos mesentéricos para avaliação da imunidade celular, através do teste de proliferação de linfócitos e os demais animais desse estudo foram desafiados com 13 oocistos infectantes da cepa VEG Sinais clínicos e temperatura foram analizados antes e depois do desafio A imunidade humoral (IgG e IgM) foi avaliada nos dias , 21, 42, 49, 64, 79 utilizando o Ensaio Imunoenzimático Indireto (ELISA) A presença de cistos nos cérebros dos suínos foi avaliada pela técnica de bioensaio em camundongos O único sinal clínico observado nos suínos foi febre do 6° ao 8° dia após o desafio Cinco de seis animais do G1 produziram anticorpos acima do ponto de corte, sete dias após três doses do imunógeno (dia 49), onde três suínos produziram níveis de anticorpos tanto para IgG quanto para IgM e os outros dois responderam somente para IgM Houve maior proliferação celular específica contra proteínas de roptrias nos linfócitos coletados dos linfonodos mesentéricos, comparados aos do sangue Proteção parcial contra formação de cistos teciduais foi observada no G1, quando comparado com o G3 Os fatores de proteção foram de 41,6% e 6,5%, no G1 e G2, respectivamente Como conclusão, os animais foram estimulados parcialmente na resposta imune humoral, porém, apresentaram estímulo para a resposta imune celular tanto local como sistêmicaDissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência AnimalAbstract: Toxoplasma gondii is an obligate intracellular parasite that infects a wide range of hosts including human beings Herbivores are the main domestic infection sources for humans, and pork is considered the most important route of transmission Recent decades have witnessed a great increasing in the number of technologies and immunological research to produce new vaccines However, only one commercial vaccine (Toxovax, launched in 1992) for use in sheep is available in the UK However, it is infective for humans, expensive, and has a short shelf-life The development of non-infective vaccines such as subunit vaccines, DNA vaccine, as well as vaccination with recombinant proteins of T gondii, should be encouraged This study aims to evaluate the humoral and cellular immunity in pigs immunized intranasally with T gondii rhoptry protein plus Quil-A The rhoptries were obtained from the mechanical disruption of T gondii tachyzoites of LIV-5 strain and subsequently separated by sucrose gradient We used 13 crossbred pigs, divided into three groups, G1 (n = 6) received rhoptry proteins (2 µg) associated with Quil-A (5 µg), G2 (n = 4), and G3 (n = 3) which received Quil -A (5 µg) and PBS, respectively All treatments were administered by nasal route on days , 21 and 42 On day 49, two animals from G1 were euthanized Blood and mesenteric lymph nodes (LNM) were collected for evaluation of cellular immunity, through the test of lymphocyte proliferation and the other animals this study were challenged with 13 infective oocysts of the VEG strain Clinical signs and temperature were analyzed before and after challenge The humoral response (IgG and IgM) was evaluated on days , 21, 42, 49, 64, 79 using indirect immunoenzymatic test (ELISA) The presence of cysts in the brains of pigs was analyzed by bioassay in mice The only clinical sign was fever observed in pigs from the 6th to 8th day after challenge Five out of six animals from G1 had antibodies above cut-off at challenge day Three from these five animals had both IgM and IgG responses, however, two animals showed just IgM response There was a greater proliferation against T gondii rhoptry proteins in lymphocytes collected from LNM compared to the blood cells Partial protection against tissue cysts formation was observed in G1 compared to G3 The protection factors were 416% and 65% in G1 and G2, respectively In conclusion, the animals were stimulated in part in humoral immune response, however, gave encouragement to the cellular immune response both locally and systemicallyGarcia, João Luis [Orientador]Freire, Roberta LemosBreganó, Regina MitsukaCunha, Ivo Alexandre Leme da2024-05-01T14:02:23Z2024-05-01T14:02:23Z2011.0022.03.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/12779porMestradoCiência AnimalCentro de Ciências AgráriasPrograma de Pós-graduação em Ciência AnimalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:24Zoai:repositorio.uel.br:123456789/12779Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:24Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
dc.title.none.fl_str_mv Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
title Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
spellingShingle Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
Cunha, Ivo Alexandre Leme da
Suíno
Toxoplasmose
Toxoplasmose
Vacina
Toxoplasma gondii
Toxoplasmosis
Toxoplasmosis vaccines
Veterinary immunology
Swine
title_short Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
title_full Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
title_fullStr Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
title_full_unstemmed Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
title_sort Resposta imune de suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do Toxoplasma gondii
author Cunha, Ivo Alexandre Leme da
author_facet Cunha, Ivo Alexandre Leme da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Garcia, João Luis [Orientador]
Freire, Roberta Lemos
Breganó, Regina Mitsuka
dc.contributor.author.fl_str_mv Cunha, Ivo Alexandre Leme da
dc.subject.por.fl_str_mv Suíno
Toxoplasmose
Toxoplasmose
Vacina
Toxoplasma gondii
Toxoplasmosis
Toxoplasmosis vaccines
Veterinary immunology
Swine
topic Suíno
Toxoplasmose
Toxoplasmose
Vacina
Toxoplasma gondii
Toxoplasmosis
Toxoplasmosis vaccines
Veterinary immunology
Swine
description Resumo: O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório que pode acometer uma ampla variedade de hospedeiros inclusive o homem Os herbívoros domésticos são as principais fontes de infecção para os seres humanos e a carne suína é considerada uma das mais importantes via de transmissão nesta doença Nas últimas décadas houve um grande aumento no número de tecnologias e pesquisas para a produção de imunógenos No entanto, apenas uma vacina comercial (Toxovax, lançada em 1992), para uso em ovinos, encontra-se disponível no Reino Unido Esta vacina apresenta uma série de inconvenientes como risco de contaminação, baixo tempo de conservação, apresentação de sinais clínicos pelo animal e não pode ser usada durante a gestação O desenvolvimento de vacinas não infectantes tais como vacinas de subunidades, vacina de DNA, assim como vacinas com proteínas recombinantes do T gondii, devem ser estimulados O presente estudo tem como objetivos avaliar a imunidade humoral e celular em suínos imunizados pela via nasal com proteínas de roptrias do T gondii associadas ao imunoestimulante Quil-A As roptrias foram obtidas a partir do rompimento mecânico de taquizoítas da cepa LIV-5 e posteriormente separados por gradiente isopínico de sacarose Foram utilizados 13 suínos mestiços, divididos em três grupos, G1 (n=6) receberam proteínas de roptrias (2 µg) associadas ao Quil-A (5 µg), G2 (n=4) e G3 (n=3) receberam Quil-A (5 µg) e PBS, respectivamente Todos os tratamentos foram administrados pela via nasal nos dias , 21 e 42 No dia 49 dois animais do G1 foram eutanasiados e realizada coleta de sangue e linfonodos mesentéricos para avaliação da imunidade celular, através do teste de proliferação de linfócitos e os demais animais desse estudo foram desafiados com 13 oocistos infectantes da cepa VEG Sinais clínicos e temperatura foram analizados antes e depois do desafio A imunidade humoral (IgG e IgM) foi avaliada nos dias , 21, 42, 49, 64, 79 utilizando o Ensaio Imunoenzimático Indireto (ELISA) A presença de cistos nos cérebros dos suínos foi avaliada pela técnica de bioensaio em camundongos O único sinal clínico observado nos suínos foi febre do 6° ao 8° dia após o desafio Cinco de seis animais do G1 produziram anticorpos acima do ponto de corte, sete dias após três doses do imunógeno (dia 49), onde três suínos produziram níveis de anticorpos tanto para IgG quanto para IgM e os outros dois responderam somente para IgM Houve maior proliferação celular específica contra proteínas de roptrias nos linfócitos coletados dos linfonodos mesentéricos, comparados aos do sangue Proteção parcial contra formação de cistos teciduais foi observada no G1, quando comparado com o G3 Os fatores de proteção foram de 41,6% e 6,5%, no G1 e G2, respectivamente Como conclusão, os animais foram estimulados parcialmente na resposta imune humoral, porém, apresentaram estímulo para a resposta imune celular tanto local como sistêmica
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 2011.00
2024-05-01T14:02:23Z
2024-05-01T14:02:23Z
22.03.2011
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12779
url https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12779
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Mestrado
Ciência Animal
Centro de Ciências Agrárias
Programa de Pós-graduação em Ciência Animal
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv Londrina
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UEL
instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
instname_str Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron_str UEL
institution UEL
reponame_str Repositório Institucional da UEL
collection Repositório Institucional da UEL
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)
repository.mail.fl_str_mv bcuel@uel.br||
_version_ 1809823314727665664