Caracterização de Staphylococcus aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de um hospital universitário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10291 |
Resumo: | Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalar |
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Caracterização de Staphylococcus aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de um hospital universitárioEstafilococos aureosMucosa nasalDrogasResistência em microorganismosHospitais universitáriosStaphylococcus aureusNasal mucosaMicrobial drug resistanceTeaching hospitalsResumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalarDissertação (Mestrado em Fisiopatologia Clínica e Laboratorial) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e LaboratorialAbstract: Staphylococcus aureus is one of the major pathogens of hospital infections and associated with high morbidity and mortality Persistent nasal colonization by this microorganism may increase the risk of subsequent infections Colonization by S aureus among healthcare workers and biomedical students may be the source for the transmission and dissemination of this microorganism in healthcare services The objective of this study was to evaluate the colonization by S aureus isolated from the nasal mucosa of healthcare workers and students attending a university hospital From each participant, December 217 to May 218, one nasal sample was collected and processed for S aureus identification according to the standard phenotypic methods and multiplex PCR targeting the nuc gene S aureus isolates were characterized according to their in vitro antimicrobial susceptibility profile, and presence of genes encoding methicillin resistance (mecA) and four virulence factors (coa, icaA, tst, lukS-PV and lukF-PV) MRSA isolates were also characterized according to their oxacillin/cefoxitin susceptibility, SCCmec and REP-PCR types Descriptive and binary logistic regression analyses were carried out to determine potential risk for S aureus and MRSA carriage Of the 324 volunteers, 429% (139) were colonized by S aureus, of which colonization was more frequent in male students (p=1) Among the genes encoding virulence factors, coa (coagulase) was found in 1% (139/139) of the isolates, followed by icaA (biofilm) in 978% (136/139), tst (toxic shock syndrome toxin-1) in 158% (22/139) and lukS-PV and lukF-PV (Panton-Valentine leukocidin) in 65% (9/139) All isolates were susceptible to vancomycin and the highest rate of resistance was observed for penicillin (96%) According to the presence of the mecA gene, 288% (4/139) of the isolates were classified as MRSA, of these 45% (18/4) were susceptible to methicillin by both phenotypic methods tested, being classified as oxacillin-susceptible mecA-positive (OS-MRSA) According to the SCCmec typing, all isolates MRSA were distributed into six types, and the most frequent was type I, 625% (25/4), followed by type IV, 225% (9/4), types II, III, VI and VI were identified in 25% (1/4) each and 5% (2/4) were classified as non-typeable In the analysis of genetic similarity, 825% (33/4) of the MRSA samples were grouped into 4 clusters with a minimum of two isolates, exhibiting high similarity In conclusion, the results of the present study reveal a high frequency of S aureus among healthcare workers and students attending the hospital studied It is important to emphasize that the isolates present different profiles of antimicrobial resistance, including multiresistant MSSA, MRSA and OS-MRSA, and the presence of virulence encoding genes Both groups may represent a potential source for the emergence of S aureus highly adapted to the hospital environment Appropriate techniques should be employed for identification of methicillin resistance in S aureus These data highlight the importance of continuous monitoring of nasal colonization by S aureus in the hospital communityYamada-Ogatta, Sueli Fumie [Orientador]Vespero, Eliana CarolinaLopes, Gilselena KerbauyPerugini, Marcia Regina Eches [Coorientadora]Danelli, Tiago2024-05-01T12:41:08Z2024-05-01T12:41:08Z2019.0012.06.2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10291porMestradoFisiopatologia Clínica e LaboratorialCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e LaboratorialLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:41Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10291Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:41Repositório Institucional da UEL - 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Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos relacionados a infecções hospitalares e está associado à alta morbidade e mortalidade A colonização nasal persistente por este microrganismo pode aumentar o risco de infecções subsequentes A colonização por S aureus entre profissionais e estudantes da saúde pode ser a fonte para a transmissão e disseminação deste microrganismo nos serviços de saúde O objetivo deste estudo foi avaliar a colonização por S aureus isolados da mucosa nasal de profissionais e estudantes de saúde de um hospital universitário De cada participante, de dezembro de 217 a maio de 218, uma amostra nasal foi coletada e processada para identificação de S aureus de acordo com os métodos fenotípicos padrão e PCR multiplex visando o gene nuc Os S aureus isolados foram caracterizados quanto ao perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro e presença do gene que codificante da resistência a meticilina (mecA) e quatro fatores de virulência (coa, icaA, tst, lukS-PV e lukF-PV) Os isolados MRSA também foram caracterizados de acordo com a sensibilidade a oxacilina/cefoxitina, tipos SCCmec e REP-PCR Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para determinar a razão de chances para a colonização nasal por S aureus e MRSA Dos 324 voluntários, 42,9% (139) estavam colonizados por S aureus, dentre os quais a colonização foi mais frequente em estudantes do sexo masculino (p = ,1) Entre os genes que codificam fatores de virulência, coa (coagulase) foi encontrado em 1% (139/139) dos isolados, seguido por icaA (biofilme) em 97,8% (136/139), tst (toxina da síndrome do choque tóxico-1) em 15,8% (22/139) e lukS-PV e lukF-PV (leucocidina de Panton-Valentine) em 6,5% (9/139) Todos os isolados foram sensíveis a vancomicina e a maior taxa de resistência foi observada para a penicilina (9,6%) De acordo com a presença do gene mecA, 28,8% (4/139) dos isolados foram classificados como MRSA, destes 45,% (18/4) foram sensíveis a meticilina por ambos os métodos fenotípicos testados, sendo classificados como oxacilina-sensível mecA-positivo (OS-MRSA) De acordo com a tipagem SCCmec, todos os isolados MRSA foram classificados em seis tipos, sendo o mais frequente o tipo I, 62,5% (25/4), seguido do tipo IV, 22,5% (9/4), os tipos II, III, VI e VI foram identificados em 2,5% (1/4) cada e 5,% (2/4) foram classificados como não tipáveis Na análise da similaridade genética, 82,5% (33/4) das amostras MRSA foram agrupadas em 4 clusters com um mínimo de dois isolados, exibindo alta similaridade Em conclusão, os resultados do presente estudo revelam uma alta frequência de S aureus entre profissionais e estudantes da saúde do hospital estudado É importante enfatizar que os isolados apresentam diferentes perfis de resistência antimicrobiana, incluindo MSSA multirresistente, MRSA e OS-MRSA, e a presença de genes codificadores de virulência Ambos os grupos podem representar uma fonte potencial para o surgimento de S aureus altamente adaptado ao ambiente hospitalar Técnicas apropriadas devem ser empregadas para a identificação da resistência a meticilina em S aureus Esses dados destacam a importância do monitoramento contínuo da colonização nasal por S aureus na comunidade hospitalar |
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