(Com) vivendo com drogas de abuso : percepção social em uma comunidade do Noroeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Lúcia Margarete dos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Texto Completo: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5731
Resumo: Orientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveira
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spelling (Com) vivendo com drogas de abuso : percepção social em uma comunidade do Noroeste do ParanáDrogas - AbusoDependência química - Políticas públicas - BrasilDrogas - Abuso - Paraná362.29Ciências da SaúdeEnfermagemOrientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de OliveiraDissertação (mestrado em Enfermagem)-- Universidade Estadual de Maringá, 2012Resumo: Dado os efeitos negativos das drogas de abuso na vida da família e das comunidades e a importância de ações de políticas públicas voltadas às necessidades das comunidades, o objetivo do estudo foi analisar a percepção social da presença de drogas de abuso e violência em uma comunidade do Noroeste do Paraná. Pesquisa transversal, quantitativa, descritiva, utilizando inquérito domiciliar de base populacional. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado, adaptado do instrumento de avaliação do Sistema de Indicadores de Percepção Social, aplicado a uma amostra aleatória de 358 moradores de uma comunidade que possui indicadores elevados de violência relacionados ao uso de drogas de abuso. Os dados foram analisados no software Statistical Software Analisys (SAS), sendo submetidos à análise descritiva simples e Teste de Diferença de Proporção Binomial. Os entrevistados possuíam idade média de 44,1 ±14,9 anos, a maioria era mulheres (68,2%), de raça/cor branca (57,5%) e 36,3% apresentavam de nove a 11 anos de estudo. A renda familiar média per capita correspondeu a 534 reais, 12,9% não tinham ocupação remunerada e 5,6% desenvolviam atividade autônoma como fonte de renda. Das 244 mulheres entrevistadas, 29,9% declararam-se do lar. O tempo médio de residência era 14,3 anos e apenas cinco (1,4%) entrevistados referiram desconhecer o uso de drogas de abuso na comunidade. O uso de drogas foi encontrado em 18,2% dos entrevistados e 19,8% referiram uso na família, sendo o uso de crack referido por 2,5%. A maioria (82,4%) considerou que as drogas estão presentes em elevada intensidade, situação considerada ‘preocupante’ para 56,1% e motivo de sofrimento para 61,5% dos entrevistados. Duzentos e sessenta entrevistados (72,6%) apontaram restrições em suas atividades habituais pelo medo de sofrer atos violentos. O principal motivo da circulação e consumo de drogas de abuso na comunidade, foram relacionados à ausência de policiamento (31,4%). A maioria (90,2%) percebe a presença de violência na comunidade e a relacionaram com o uso de drogas de abuso. Apenas 13,9% dos entrevistados percebem a presença de ações para prevenção do uso e combate ao tráfico de drogas e violência na comunidade. A presença de drogas de abuso (24,9%), precariedade na assistência à saúde (20,9%) e na segurança pública (13,7%) foram os problemas mais importantes presentes na comunidade, e aumentar o policiamento (55,3%) foi a ação mais referida como essencial para combater o uso de drogas de abuso e eliminar a violência da comunidade. Três fenômenos foram relevantes: o número de mulheres desempregadas ou que informaram permanência nos domicílios; a percepção elevada sobre a presença de drogas de abuso na comunidade; e a evidência de uma cultura de expansão do uso de drogas de abuso na família, com a inclusão do crack no âmbito familiar. Embora a análise apresentada refere-se a dados que identificam apenas uma fração dos problemas associados ao uso de drogas, oferece informações importantes sobre aspectos relevantes do fenômeno e reflete de modo inequívoco a gravidade, amplitude e magnitude desses problemas em nosso país e nossas comunidadesAbstract: Given the negative effects of abusive drugs in family life and in communities, and the importance of public policy actions addressed to the needs of communities, the aim of the study was to analyze the social perception on the presence of abusive drugs and violence in a community from the Paraná Northeast. This is a cross-sectional, quantitative and descriptive research, using population-based household survey. Data were collected through structured questionnaire, adapted from the assessment instrument of the Social Perception Indicator System, and applied to a random sample of 358 residents of a community that has high indicators of violence related to the use of abusive drugs.Data were analyzed through Statistical Analysis Software (SAS), being subjected to the simple descriptive analysis and Binomial Proportion Test. Interviewees had an average age of 44.1 ± 14.9 years, the majority were women (68.2%), white race/color (57.5%) and 36.3% had between nine and 11 years of schooling. The average family income per capitaamounted to R$ 534, 12.9% had no paid occupation and 5.6% developed autonomous activity as a source of income. Of the 244 interviewed women, 29.9% reported being housewives. The average length of residence in the community was 14.3 years and only five (1.4%) of interviewees reported not knowing the use of abusive drugs in the community. Drug use was found in 18.2% of respondents and 19.8% reported having drug use in the family, being that crack use was referred by 2.5%. The majority (82.4%) considered that drugs are present in high intensity; such a situation is regarded as ‘disturbing’ to 56.1% and cause of suffering to 61.5% of respondents. 260 respondents (72.6%) reported having restrictions in their daily activities for fear of suffering violent acts. The main reason for the circulation and consumption of abusive drugs in the community was related to the lack of policing (31.4%). The majority (90.2%) perceives the presence of violence in the community and has related it to use of abusive drugs. Only 13.9% of respondents perceive the presence of actions to prevent the use and to combat the drug trafficking and violence in the community. The presence of abusive drugs (24.9%), poor health care (20.9%) and public safety (13.7%) were the most relevant problems in the community, and increase the policing (55.3%) was reported as the most essential action to combat the use of abusive drugs and eliminate violence in the community. Three phenomena were relevant: the number of unemployed women or who reported staying at households; the high perception about the presence of abusive drugs in the community, and the evidence of an expansion culture of the use of abusive drugs in the household, with the inclusion of the crack in the family scope. Although the presented analysis refers to data that identifies just a fraction of the problems associated with drug use, it provides important information on relevant aspects of the phenomenon and unequivocally reflects the severity, breadth and magnitude of these problems in our country and our communitiesOliveira, Magda Lúcia Félix deMelchior, ReginaUchimura, Taqueco TeruyaUniversidade Estadual de MaringáCentro de Ciências da SaúdeDepartamento de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemReis, Lúcia Margarete dos2020-02-19T18:56:44Z2020-02-19T18:56:44Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis121 f. : il. tabs., figs.application/pdfREIS, Lúcia Margarete dos. (Com) vivendo com drogas de abuso: percepção social em uma comunidade do Noroeste do Paraná. 2012. 121 f. 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