Afinal, do que é feita uma família? Famílias homoafetivas femininas : da (in)visibilidade às percepções hétero/naturalizadas de profissionais da educação básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mochi, Luciene Celina Cristina
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Texto Completo: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/3098
Resumo: O objetivo desta pesquisa de mestrado é apresentar reflexões preocupadas sobre as percepções de professoras/es e pedagogas em relação as famílias de mulheres das/os alunas/os do ensino fundamental, com destaque para suas interações sociais na escola nas séries iniciais da educação básica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa na perspectiva das Ciências Sociais e que se insere nos estudos de gênero e diversidade sexual no âmbito escolar. Os resultados da investigação mostram de que modo as famílias de mulheres estabelecem um complexo debate no espaço escolar, que ainda é imperado pelo viés dos modelos de famílias heteronormativas e das identidades binárias. Por meio da análise dos dados coletados, foi possível compreender que prevalecem os resquícios, nos discursos dessas/es operadoras/es educacionais, de normas sexistas e regulação dos corpos e a naturalização das identidades e comportamentos sociais, que se reproduzem e perpetuam a estigmatizacão das crianças que possuem famílias homoafetivas. Buscou-se compreender o processo excludente que alunas/os sofrem no contexto da escola básica, que ainda mantém e reproduz padrões gestados na influência religiosa de suas/eus docentes. Por meio da construção teórica, o texto se aproxima dos campos de verificação dos estudos culturais na perspectiva pós-estruturalista. A pesquisa caminha no sentido do desvelo da relação efetiva entre Estado - religião - escola e famílias, operando sob a égide dos processos simbólicos de representações de papéis socialmente construídos no campo escolar, como o parentesco heterocentrado. Como instrumentos de pesquisa, entrevistamos uma/um professora/or e uma pedagoga de cada unidade de ensino do município de Sarandi-PR, perfazendo um total de 33 pessoas entrevistadas em 17 escolas municipais. Espera-se, assim, contribuir para o repensar a respeito dos impactos decorrentes da imposição do modelo de família heteronormativa sob a prerrogativa da aceitação escolar de novos arranjos familiares, sobretudo os arranjos familiares compostos por duas mulheres.
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Os resultados da investigação mostram de que modo as famílias de mulheres estabelecem um complexo debate no espaço escolar, que ainda é imperado pelo viés dos modelos de famílias heteronormativas e das identidades binárias. Por meio da análise dos dados coletados, foi possível compreender que prevalecem os resquícios, nos discursos dessas/es operadoras/es educacionais, de normas sexistas e regulação dos corpos e a naturalização das identidades e comportamentos sociais, que se reproduzem e perpetuam a estigmatizacão das crianças que possuem famílias homoafetivas. Buscou-se compreender o processo excludente que alunas/os sofrem no contexto da escola básica, que ainda mantém e reproduz padrões gestados na influência religiosa de suas/eus docentes. Por meio da construção teórica, o texto se aproxima dos campos de verificação dos estudos culturais na perspectiva pós-estruturalista. 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Espera-se, assim, contribuir para o repensar a respeito dos impactos decorrentes da imposição do modelo de família heteronormativa sob a prerrogativa da aceitação escolar de novos arranjos familiares, sobretudo os arranjos familiares compostos por duas mulheres.O objetivo desta pesquisa de mestrado é apresentar reflexões preocupadas sobre as percepções de professoras/es e pedagogas em relação as famílias de mulheres das/os alunas/os do ensino fundamental, com destaque para suas interações sociais na escola nas séries iniciais da educação básica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa na perspectiva das Ciências Sociais e que se insere nos estudos de gênero e diversidade sexual no âmbito escolar. Os resultados da investigação mostram de que modo as famílias de mulheres estabelecem um complexo debate no espaço escolar, que ainda é imperado pelo viés dos modelos de famílias heteronormativas e das identidades binárias. 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