Insuficiência renal aguda e prematuridade em serviços de neonatologia em um município do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipin, Larissa Carolina Segantini
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Texto Completo: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5785
Resumo: Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ieda Harumi Higarashi
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spelling Insuficiência renal aguda e prematuridade em serviços de neonatologia em um município do sul do BrasilEnfermagem neonatalRecém-nascido pré-maturoInsuficiência renal agudaUnidade de terapia intensiva neonatal610.73Ciências da SaúdeEnfermagemOrientadora: Prof.ª Dr.ª Ieda Harumi HigarashiDissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, 2017RESUMO: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma lesão que causa a diminuição das funções renais, caracterizando-se pela diminuição das taxas de filtração glomerular, aumento dos níveis de creatinina, dos resíduos tóxicos, retenção de água, além da alteração dos eletrólitos e fluidos corporais. Na população neonatal, a IRA é responsável por altos índices de mortalidade, principalmente nos recém-nascidos prematuros (RNPT). Devido à imaturidade, a IRA pode predispor esse RNPT a outras complicações, como hipovolemia e sepse, sobrecarregando outros sistemas imaturos. O objetivo principal desse estudo foi analisar a incidência e as variáveis relacionadas ao desenvolvimento de IRA na população neonatal, em duas unidades neonatais do Paraná. Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, realizado em duas unidades de tratamento intensivo neonatal, localizadas na região Noroeste do Estado. A coleta de dados foi realizada de abril a julho de 2016, por meio da consulta aos prontuários dos RNPT internados nos referidos setores no ano de 2015, com o auxílio de um instrumento sistematizado de coleta. As análises dos dados foram realizadas por meio da utilização dos sistemas de software SAS e R, com a aplicação do teste exato de Fisher, que avalia as diferenças entre dois grupos independentes, em relação a uma variável e a aplicação do odds ratio, o qual calcula a razão de chance de determinado evento acontecer. Primeiramente foi realizada uma análise exploratória das variáveis, da qual resultaram medidas de resumo e tabelas de frequências. Posteriormente, a metodologia da regressão logística foi empregada seguindo as etapas da análise univariada, comparação de modelos e análises de diagnóstico. Nos resultados foram obtidas informações quanto as 32 variáveis. Foram analisados os prontuários de 132 RNPT, 57,8% eram do sexo masculino e 7,5% apresentaram IRA ao longo da internação. Quanto aos RNPT que tiveram IRA, a média da idade gestacional foi de 29 semanas e 2 dias, com peso médio de 1.394 gramas. Estes também ficaram mais tempo em uso de ventilação mecânica pulmonar (VPM) e mais tempo hospitalizados, quando comparados aos RNPT sem a patologia. As mães destes RNPT com IRA apresentavam uma média de 21,7 anos de idade e realizaram, em média, 4,6 consultas de pré-natal. A partir das estimativas dos parâmetros, foram calculadas as razões de chance, que revelaram que uma quantidade a mais de ATB não nefrotóxico aumenta em 2,98 a chance do RNPT desenvolver IRA, um dia a mais em VPM aumenta em 1,32 as chances de adquirir IRA e que o aumento de um dia a mais internado diminui em 0,89 a chance do RNPT apresentar a patologia, agindo como fator protetor. Diante dos resultados apresentados, conclui-se que as covariáveis VPM e ATB não nefrotóxicos do modelo de regressão logística ajustado são fatores que aumentam a chance do bebê vir a ter insuficiência renal aguda. Por outro lado, verificou-se que a covariável dias de internações constitui fator de proteção em relação à IRAABSTRACT: Acute kidney injury (AKI) is an injury that causes a decrease in renal function, characterized by reduced glomerular filtration rates, increased creatinine levels, toxic wastes, water retention, and electrolyte and fluid alterations. In the neonatal population, it is responsible for high mortality rates, especially in premature newborns (PNB). Due to immaturity, AKI may predispose the newborn to other complications, such as hypovolemia and sepsis, overloading other immature systems. The main objective of this study was to investigate the incidence and variables responsible for the development of AKI in the neonatal population, in two neonatal units in the state of Paraná. This is a quantitative and retrospective study conducted in two neonatal intensive care units located in the northwest region of the state of Paraná. Data were collected from April to July 2016, through analysis of the records of the infants born in these sectors in 2015, with the aid of a systematized collection instrument. Data analyses were run using the SAS and R software systems, using the Fisher exact test, which evaluates the differences between two independent groups, in relation to one variable and the application of odds ratio, which calculates the chance ratio of a given event to occur. First, an exploratory analysis of the variables was performed, resulting in summary measures and frequency tables. Subsequently, the logistic regression methodology was used following the steps of the univariate analysis, model comparison and diagnostic analysis. In the results, 32 variables were obtained. The records of 132 PNBs were analyzed, 57.8% were male and 7.5% presented AKI during hospitalization. Regarding the preterm infants who had AKI, the mean gestational age was 29 weeks and 2 days, with a mean weight of 1394 grams, and also remained longer on pulmonary mechanical ventilation (PMV) and longer time hospitalized compared to the PNBs without the pathology .The mothers of these infants with AKI had an average age of 21.7 years and attended an average of 4.6 prenatal visits. From the parameter estimates, the odds ratios were calculated, which revealed that one additional non-nephrotoxic ATB increases by 2.98 the odds of PNB developing AKI, one additional day in PMV increases by 1.32 the odds of acquiring AKI and that an increase of one day of hospitalization decreases by 0.89 the odds of presenting the pathology, acting as a protective factor. Given the results presented, it can be concluded that the covariates PMV and non-nephrotoxic ATB of the adjusted logistic regression model are factors that increase the chance of the baby having acute renal failure; on the other hand, the covariate days of hospitalization is a protective factor in relation to AKI63 f . : il.Universidade Estadual de MaringáDepartamento de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemMaringá, PRMaringá, PRCentro de Ciências da SaúdeHigarashi, Ieda HarumiWernet, MonikaPelloso, Sandra MarisaTacla, Mauren Teresa Grubisich MendesRadovanovic, Cremilde Aparecida TrindadeFelipin, Larissa Carolina Segantini2020-09-30T17:01:02Z2020-09-30T17:01:02Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFELIPIN, Larissa Carolina Segantini. Insuficiência renal aguda e prematuridade em serviços de neonatologia em um município do sul do Brasil. 2017. 63 f . 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