Avaliações parasitológicas, bioquímicas e histopatológicas de camundongos inoculados por via oral com Trypanosoma cruzi II e IV e tratados com benzonidazol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Hevillyn Fernanda Lucas da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Texto Completo: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7950
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Max Jean de Ornelas Toledo
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spelling Avaliações parasitológicas, bioquímicas e histopatológicas de camundongos inoculados por via oral com Trypanosoma cruzi II e IV e tratados com benzonidazolTrypanosoma cruziDoença de chagas oralBenzonidazolAminotransferasesEstresse oxidativoqPCR616.9363Ciências da SaúdeMedicinaOrientador: Prof. Dr. Max Jean de Ornelas ToledoDissertação (mestrado em Ciências das Saúde) - Universidade Estadual de Maringá, 2019Resumo: O Trypanosoma cruzi, protozoário hemoflagelado agente etiológico da doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana, infecta ~8 milhões de pessoas, principalmente na área endêmica da América Latina. Atualmente, a via oral é a forma de transmissão mais frequente, que pode levar à uma infecção mais severa, afetando o fígado de forma diferenciada. Além das alterações observados no coração, principal alvo da infecção, lesões hepáticas têm sido relacionadas à fase aguda da infecção. Benzonidazol (BZ), único medicamento disponível para o seu tratamento, além da baixa eficácia na fase crônica da infecção, tem potencial para induzir toxicidade hepática. A dosagem sérica das enzimas hepáticas e a avaliação do estresse oxidativo fornecem indicadores sensíveis de lesão e, em alguns casos, podem ser utilizados para monitorar o tratamento e a progressão da doença. Neste contexto, esse trabalho objetivou avaliar as alterações parasitológicas, bioquímicas e histopatológicas em camundongos inoculados por via oral (VO) com T. cruzi II e IV e tratados com BZ durante a fase aguda da infecção. Para isto, camundongos swiss foram inoculados por VO e via intraperitoneal (IP) com 2x106 tripomastigotas metacíclicos de cultura das cepas Y (TcII, macrofagotrópica) e AM14 (TcIV, não macrofagotrópica) de T. cruzi. O tratamento consistiu na administração oral de 100 mg/kg/dia de BZ, a partir do 5º dia de infecção (d.i.), por 20 dias consecutivos. A parasitemia foi avaliada diariamente através do exame de sangue a fresco (ESF) e a carga parasitária determinada pela qPCR. Foram obtidos parâmetros plasmáticos de dano hepático, dosagem das enzimas aspartato aminotrasferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (ALP) e de estresse oxidativo (EO) do fígado, parâmetros histopatológicos (HE), processo inflamatório, parasitismo e tropismo tecidual. Os níveis de parasitemia foram significativamente mais elevados nos animais infectados com a cepa Y. A análise dos parâmetros parasitológicos derivados da curva de parasitemia mostrou que os animais infectados com a cepa Y por VO apresentaram apenas 1/6 parâmetros com valores maiores que nos animais infectados via IP, indicando maior virulência da infecção por essa via. Nos camundongos infectados com a cepa AM14, a via IP também se mostrou mais virulenta, onde dois parâmetros foram significativamente maiores. A dosagem das enzimas hepáticas AST, ALT e ALP mostrou que os seus níveis, independentemente da via de inoculação, foram mais elevadas na infecção pela cepa Y em relação a cepa AM14. O tratamento com BZ dos animais controles não infectados causou aumento da atividade das enzimas AST e ALT mostrando que a droga sozinha pode afetar o fígado, isso também foi confirmado pelo aumento do EO no órgão destes animais demonstrado pelo aumento dos grupos carbonila das proteínas. Podemos concluir que as infecções dos camundongos por via IP com as cepas Y e AM14 foram mais virulentas do que as infecções adquiridas por VO. Comparando as cepas vimos que na VO não houveram diferenças significativas, mas na infecção por via IP, a cepa Y se mostrou mais virulenta. As infecções com as cepas Y e AM14 de T. cruzi pelas vias oral e IP causaram mais danos hepáticos que o tratamento etiológico. Entretanto, o tratamento com BZ promoveu redução dos parâmetros de EO na cepa Y, propiciando benefícios aos animais tratadosAbstract: Trypanosoma cruzi, a protozoan hemoflagellate etiologic agent of Chagas disease (CD) or American trypanosomiasis, infects ~ 8 million people, mainly in the endemic area of Latin America. Currently, the oral route is the most frequent form of transmission, which can lead to a more severe infection, affecting the liver in a differentiated way. In addition to the changes observed in the heart, the main target of infection, liver lesions have been related to the acute phase of infection. Benznidazole (BZ), the only drug available for its treatment, besides the low efficacy in the chronic phase of the infection, has the potential to induce hepatic toxicity. Serum hepatic enzyme dosage and oxidative stress assessment provide sensitive indicators of injury and in some cases can be used to monitor treatment and progression of the disease. In this context, this work aimed to evaluate the parasitological and biochemical changes in mice inoculated orally (OR) with T. cruzi II and IV and treated with BZ during the acute phase of infection. For this, swiss mice were inoculated by OR and intraperitoneal (IP) routes with 2x106 culture derived metacyclic trypomastigotes of T. cruzi Y (TcII, macrophagotropic) and AM14 (TcIV, not macrophagotropic) strains. The treatment consisted of oral administration of 100 mg/kg/day of BZ, from the 5th day of infection (d.i.), for 20 consecutive days. Parasitemia was evaluated daily through the fresh blood examination (FBE) and the parasitic load determined by qPCR. Were evaluated plasma parameters of liver damage, aspartate aminotransferase (AST), alanine aminotransferase (ALT) and alkaline phosphatase (ALP) and oxidative stress (OE) in the liver. The levels of parasitemia were significantly higher in the animals infected with the Y strain. The analysis of the parasitological parameters derived from the parasitemia curve showed that the animals infected with the Y strain by OR presented only 1/6 parameters with higher values than in the infected animals via IP, indicating a greater virulence of the infection by this route. In the mice infected with the AM14 strain, the IP route was also more virulent, where two parameters were significantly higher. Dosage of the AST, ALT and ALP liver enzymes showed that their levels, regardless of route of inoculation, were higher in Y strain infection than AM14 strain. BZ treatment of uninfected control animals caused increased activity of AST and ALT enzymes showing that the drug alone affects the liver. This was also confirmed by the increased OE of the liver of these animals demonstrated by the increase in the carbonyl groups of the proteins. We can conclude that the infection of the mice by IP route with the strains Y and AM14 was more virulent than the infection acquired by OR. Comparing the strains, we found that in the OR there were no differences, but in the IP infection, Y strain was more virulent. Infections with Y and AM14 T. cruzi strains by oral and IP routes caused more liver damage than the etiological treatment. However, the treatment with BZ promoted reduction of the OE parameters in the Y strain, giving benefits to the treated animals60 f. : il. (algumas color.).Universidade Estadual de MaringáPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeMaringá, PRCentro de Ciências da SaúdeToledo, Max Jean de OrnelasComar, Jurandir FernandoLautenschlager, Sueli de Oliveira SilvaSilva, Hevillyn Fernanda Lucas da2024-12-03T20:34:03Z2024-12-03T20:34:03Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Hevillyn Fernanda Lucas da. Avaliações parasitológicas, bioquímicas e histopatológicas de camundongos inoculados por via oral com Trypanosoma cruzi II e IV e tratados com benzonidazol. 2019. 60 f. Dissertação (mestrado em Ciências das Saúde) - Universidade Estadual de Maringá, 2019, Maringá, PRhttp://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7950info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM)instacron:UEM2024-12-06T16:26:33Zoai:localhost:1/7950Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uem.br:8080/oai/requestopendoar:2024-12-06T16:26:33Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) - Universidade Estadual de Maringá (UEM)false
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