INCIDÊNCIA DE MEDICAÇÃO SEM PRESCRIÇÃO EM UM HOSPITAL VETERINÁRIO NA CIDADE DE UMUARAMA, PARANÁ, NO PERÍODO ENTRE 2011 E 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benedito, Geovanna Santana
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Albuquerque, Ana Paula Lourenção, Taffarel, Marilda Onghero, Bastos-Pereira, Amanda Leite
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública
Texto Completo: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/36903
Resumo: A automedicação é um termo que provêm do uso de medicamentos sem prescrição médica, em humanos. Em Medicina Veterinária, utiliza-se o mesmo termo, por analogia, quando o proprietário ou cuidador administra fármacos no animal sem a prévia consulta e prescrição médico-veterinária. Tendo como objetivo fornecer informações a respeito do uso indiscriminado de fármacos na Medicina Veterinária, especialmente a medicação sem prescrição, elaborou-se esse estudo retrospectivo. Nele, foram avaliadas fichas clínicas do setor de atendimento de pequenos e grandes animais entre 2011 e 2015, no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá – UEM, campus Umuarama. No setor de grandes animais, havia informação a respeito de medicações prévias em 65 de 323 prontuários avaliados. Em 54(83%) deles, houve administração de medicamento previamente à consulta. A espécie em que mais ocorreu essa ação foi na equina. As principais classes de medicamentos utilizados em grandes animais foram anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) e antibióticos, fármacos que exigem supervisão profissional durante o seu uso. No setor de cães e gatos foram avaliadas 2908 fichas clínicas, onde havia menção sobre medicações em 1391 dos prontuários analisados. Desses, 823 (59% das 1391 fichas) houve administração de algum medicamento previamente à consulta. As classes de fármacos mais citadas também foram AINEs e antibióticos, seguidas por fármacos que atuam no trato gastrointestinal, antiparasitários, anti-inflamatórios esteroidais, outros hormônios, vitaminas e suplementos. Dessa forma, a administração de drogas sem prescrição profissional é uma realidade comprovada na Medicina Veterinária, sendo ponto importante a ser considerado no atendimento, já que pode ser determinante para o sucesso do tratamento.           
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