Corpos em Escrevivência: Uma reflexão sobre o corpo e outras estratégias de resistência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/4814 |
Resumo: | O presente artigo objetiva refletir sobre a questão da leitura e da escrita atravessadas pelo corpo feminino, como estratégia de resistência às mais variadas formas de colonialismo e dominação. Resistências que se fazem e se vivem em uma universidade composta majoritariamente por estudantes autodeclarados negros, mulheres e de famílias de baixa renda. A reflexão se faz sobre a experiência vivida no componente curricular “Seminários especiais VII: Literatura feminina negra, brasileira e africana de língua portuguesa”, em 2019, no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, localizado na cidade de Santo Amaro da Purificação. Como propósito discursivo de base tem-se as epistemologias do sul ou de enfrentamento, pois nelas se pode abrigar um espaço de escuta e de subversão ao sistema hegemônico. Na sala de aula, corpos historicamente excluídos consubstanciaram estratégias de vida e de resistência, que foram expostos em uma instalação artística. O conceito motriz da instalação foi o de “escrevivência” de Conceição Evaristo, com a pergunta norteadora: “Onde moram as mulheres negras que TE habitam?”, adaptada do prefácio escrito por Djamila Ribeiro no livro “O olho mais azul”, de Toni Morrison. A literatura de autoria feminina e negra, compreendida como instrumento de poder discursivo, é a estratégia mais assertiva de decolonização das narrativas que tornam o corpo e a condição feminina invisíveis. Ouvir esses corpos e partilhar essas leituras foi, no mínimo, abraçar mulheres que agora habitam as vozes desse texto. |
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