Rabelais e a imaginação licenciosa no Brasil oitocentista
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3395 |
Resumo: | A partir de 1870, com a expansão do mercado editorial e o aumento da oferta de livros no Brasil, um grupo de escritores luso-brasileiros se aventurou na escrita de literatura licenciosa, com muito sucesso. Eles tomavam a obra do escritor renascentista francês François Rabelais como ponto de partida para escrever literatura picante para o novo mercado. Os escritores apoiavam-se numa tradição erudita e valorizada nos circuitos de maior prestígio social, o que facilitava sua aceitação e circulação. Em Portugal, Alfredo Gallis ganhou fama escrevendo contos licenciosos com o pseudônimo de Rabelais. No Brasil, um grupo de escritores, entre os quais se destacavam Olavo Bilac e Coelho Neto, publicaram em periódicos escritos rabelaisianos que foram reeditados em formato de livro entre 1897 e 1905. Esses livros foram esquecidos porque escapavam a definições nacionalistas de subjetividade e pertenciam a um local transnacional: a França como capital da cultura letrada no século XIX. |
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A partir de 1870, com a expansão do mercado editorial e o aumento da oferta de livros no Brasil, um grupo de escritores luso-brasileiros se aventurou na escrita de literatura licenciosa, com muito sucesso. Eles tomavam a obra do escritor renascentista francês François Rabelais como ponto de partida para escrever literatura picante para o novo mercado. Os escritores apoiavam-se numa tradição erudita e valorizada nos circuitos de maior prestígio social, o que facilitava sua aceitação e circulação. Em Portugal, Alfredo Gallis ganhou fama escrevendo contos licenciosos com o pseudônimo de Rabelais. No Brasil, um grupo de escritores, entre os quais se destacavam Olavo Bilac e Coelho Neto, publicaram em periódicos escritos rabelaisianos que foram reeditados em formato de livro entre 1897 e 1905. Esses livros foram esquecidos porque escapavam a definições nacionalistas de subjetividade e pertenciam a um local transnacional: a França como capital da cultura letrada no século XIX. |
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