Poema em 78 R.P.M.: o ritmo do jazz na poesia de Allen Ginsberg e Roberto Piva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/3767 |
Resumo: | O ritmo não é um mero recurso formal, mas está intimamente ligado à sensibilidade do homem, refletindo toda sua inquietação. Como declara Candido (2006), “a difusão do jazz generaliza pelas classes da sociedade ocidental um ritmo “orquestral” reentronizado em triunfo, e violenta síncopa”, pois, a partir de seu sistema dissonante, define a sensibilidade de uma sociedade desvairada em meio ao caos da modernidade. O jazz, em sua essência, não busca o refinamento do som, mas sim um acúmulo do mesmo, culminando numa anarquia sonora. O contexto caótico é propício para a adoção de uma postura oposta à razão, utilizando como intermédio o delírio enquanto ruptura do individuo com a lógica racionalista socialmente instituída. Essa sensibilidade utópica que se faz presente tanto no jazz quanto na poesia moderna: o manifesto do sofrimento da queda do homem num grito de saxofone. Dessa forma, temos como objetivo analisar como dois poetas do século XX, Allen Ginsberg e Roberto Piva, em suas respectivas obras “Howl and other poems” (1956) e “Paranoia” (1963), exploram a linguagem do jazz em seus versos, a fim de expressar a revolta do sujeito em relação à racionalização abstrata da sociedade moderna, através da expressão livre de seus impulsos originais. |
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