De damas da noite a vovós do sexo: referenciação da prostituta idosa na mídia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Traços de Linguagem |
Texto Completo: | https://periodicos.unemat.br/index.php/tracos/article/view/2645 |
Resumo: | Neste trabalho, examinamos o processo de referenciação da “prostituta idosa” em manchetes da reportagem Damas da Noite, produzidas no período anterior e posterior à exibição da matéria no Programa Repórter Record Investigação. Adotamos a concepção sociointeracionista de texto, como espaço discursivo, onde ocorrem processos para progressão textual e orientação argumentativa. Nesta perspectiva, a designação do objeto de discurso passa a ser uma atividade sociocognitiva, resultante da negociação entre interlocutores (sujeitos sociais) no uso da língua, segundo preconizam os teóricos Marcuschi e Koch (2002) Koch (2005, 2008, 2010) e Cavalcante (2005). Observamos que, dentre as estratégias de referenciação selecionadas pelo produtor textual, destacam-se as expressões nominais anafóricas, que não apenas recategorizam o objeto, mas promovem a progressão textual e argumentativa. Na proposta argumentativa do locutor, a expressão nominal “As Damas da noite” faz remissão às prostitutas do passado, de status social e financeiro, no auge da atividade, enquanto que “as vovós do sexo” designam tais “damas”, agora, idosas, para quem a produção no mercado do sexo entrou em decadência. |
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Neste trabalho, examinamos o processo de referenciação da “prostituta idosa” em manchetes da reportagem Damas da Noite, produzidas no período anterior e posterior à exibição da matéria no Programa Repórter Record Investigação. Adotamos a concepção sociointeracionista de texto, como espaço discursivo, onde ocorrem processos para progressão textual e orientação argumentativa. Nesta perspectiva, a designação do objeto de discurso passa a ser uma atividade sociocognitiva, resultante da negociação entre interlocutores (sujeitos sociais) no uso da língua, segundo preconizam os teóricos Marcuschi e Koch (2002) Koch (2005, 2008, 2010) e Cavalcante (2005). Observamos que, dentre as estratégias de referenciação selecionadas pelo produtor textual, destacam-se as expressões nominais anafóricas, que não apenas recategorizam o objeto, mas promovem a progressão textual e argumentativa. Na proposta argumentativa do locutor, a expressão nominal “As Damas da noite” faz remissão às prostitutas do passado, de status social e financeiro, no auge da atividade, enquanto que “as vovós do sexo” designam tais “damas”, agora, idosas, para quem a produção no mercado do sexo entrou em decadência. |
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