Dança do chorado: reescriturações de sentidos para a dançarina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Traços de Linguagem |
Texto Completo: | https://periodicos.unemat.br/index.php/tracos/article/view/2644 |
Resumo: | Nesta pesquisa tomamos como objeto de estudo uma narrativa sobre a Dança do Chorado, referente ao período colonial e imperial, enunciada no ano de 2008 em Vila Bela - MT. Temos como objetivo compreender a significação dos nomes para as figuras femininas, nomeadas de senhoras escravas, senhoras e conselheiras da festança. Por buscarmos compreender o modo como os nomes significam, filiamos o presente estudo nos pressupostos teóricos da Semântica do Acontecimento (Guimarães, 2002, 2005). Na pesquisa, compreendemos que as designações atestam o lugar social das dançarinas da Dança do Chorado. Na narrativa, senhoras escravas e senhoras predicam sentidos de estrategistas, mulheres diferenciadas e bem melhor tratadas. Já conselheiras da festança predica sentidos de liberdade das dançarinas, opondo-se aos sentidos de senhoras escravas. Pelas reescriturações compreendemos que senhoras escravas / senhoras / conselheiras da festança reatualizam sentidos, em que as designações significam a mulher pelos sentidos de cortesia, distante dos sentidos de desprestígios que eram significadas no contexto social do período da escravidão. Assim, compreendemos que a nomeação senhoras escravas / senhoras / conselheiras da festança, nas condições atuais em que foi enunciada, rompe com a história de significação dos negros do período colonial. |
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