Notas e "saídas" sobre a tradução francesa (e outras traduções e edições) do romance Bom-Crioulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Claraboia |
Texto Completo: | https://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/51 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo principal apresentar os resultados de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica sobre a tradução francesa do romance Bom-Crioulo. Na primeira parte do artigo, analiso o título dado à tradução – Rue de la Miséricorde – e as capas das edições existentes, usando para isso pressupostos teóricos de Vítor Manuel de Aguiar e Silva (2000) ao utilizar o conceito de “peritexto editorial”, de Roger Chartier (2007) e de Robert Darnton (2010). O título e as capas foram considerados como elementos que compõem o citado peritexto editoral, a materialidade do texto e a textualidade do livro. Ainda na primeira parte, comparo as capas das edições da tradução francesa com as capas da tradução italiana, da edição portuguesa e de uma das traduções espanholas e de três edições brasileiras, a fim de perceber os elementos que as compõem e como cada uma delas dialoga com um público específico, constituindo, desse modo, uma fala própria sobre o texto. Na segunda parte do artigo, analiso, com base em texto de Roland Barthes (2012), algumas “saídas”, ou seja, alguns trechos da tradução francesa comparando-os com o texto original. Procurei analisar e problematizar as soluções encontradas para traduzir o texto, evidenciando as relações entre os textos na língua de partida (LP doravante) e na língua de chegada (LC doravante), bem como nos seus contextos. Analisando estes elementos, concluí que a tradução, mesmo quando aparentemente se afasta do texto na LP, fazendo com que algumas soluções pareçam fugas, acaba por manter com ele alguma relação seja ela mais ou menos explícita, mais ou menos preocupada ora com o texto na LP, ora na LC e, em algumas situações, acaba por tornar mais evidente alguns recursos encontrados no texto na LP. Desse modo, a tradução francesa se coloca como um palimpsesto do texto em português, atuando como uma possibilidade de recepção do romance em causa e trazendo para a sua leitura contribuições que o olhar e a língua estrangeiras podem dar. |
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