A torção do mito fáustico ou a despedida da modernidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Massuno, Tatiana de Freitas
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Claraboia
Texto Completo: https://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/133
Resumo: O presente artigo busca pensar a forma como Dr. Fausto de Thomas Mann, Tragédia Subjectiva de Fernando Pessoa e Meu Fausto de Paul Valéry possibilitam um pensamento sobre a modernidade do século XX. Afinal, o que nos trouxe o projeto moderno? – pergunta-se cada qual. Onde está o indivíduo, ideia fundadora da modernidade? Percebe-se, assim, o momento no qual um dos mitos que nasce na modernidade incipiente e ganha força com o avançar da modernidade olha de frente os ideais que foram fundamentais para o seu surgimento. Momento de autorreflexão na qual a modernidade olha-se ao espelho, enxerga claramente as ilusões que a fomentaram e percebe que fora o seu movimento, os ideais que estão por traz da ideia de subjetividade, que impossibilitam agora, no início do século XX, aceitar prontamente as premissas modernas. O foco central, portanto, será o estudo das apropriações do início do século XX e da relação que a torção do mito fáustico possui com a ideia de despedida da modernidade. Torção é entendida aqui a partir da discussão trazida por Gianni Vattimo para a diferença entre as palavras Verwindung (torção) e Überwindung (superação) no contexto do pensamento pós-metafísico desenvolvido por Heidegger.
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