O reviver dúbio de uma imperatriz: análise do romance "Imperatriz no fim do mundo", de Ivanir Calado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Claraboia |
Texto Completo: | https://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/143 |
Resumo: | Em Imperatriz no fim do mundo (1992), Ivanir Calado apresenta-nos a história de Amélia de Leuchtemberg, segunda esposa de D. Pedro I e imperatriz brasileira entre 1829 e 1831. O que se destaca, na narrativa, não é tanto o seu conteúdo histórico, mas a forma como este é apresentado: a narradora é a própria Amélia, que, cento e vinte anos depois de morta – período durante o qual pesquisou tudo que pôde sobre a própria vida –, retorna ao Rio de Janeiro e decide escrever suas memórias. Ultrapassando o retrato da figura histórica e do contexto brasileiro no período do Império, temos, no romance em questão, uma subjetivização que não consta em documentos ou biografias já publicadas sobre Amélia, traço este que ocasiona a problemática central da narrativa: os limites entre o ficcional e o histórico. Proponho, portanto, neste artigo, analisar e discutir a construção de Imperatriz.... no sentido de aproximá-lo das teorias de Seymour Menton e de Linda Hutcheon, que propõem a nova novela histórica e a metaficcção historiográfica, respectivamente, e demonstrar porque, neste caso, não se pode recorrer à classificação de romance histórico nos paradigmas clássicos, propostos por György Lukács. |
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O reviver dúbio de uma imperatriz: análise do romance "Imperatriz no fim do mundo", de Ivanir CaladoImperatriz no fim do mundoIvanir CaladoHistóriaFicçãoEm Imperatriz no fim do mundo (1992), Ivanir Calado apresenta-nos a história de Amélia de Leuchtemberg, segunda esposa de D. Pedro I e imperatriz brasileira entre 1829 e 1831. O que se destaca, na narrativa, não é tanto o seu conteúdo histórico, mas a forma como este é apresentado: a narradora é a própria Amélia, que, cento e vinte anos depois de morta – período durante o qual pesquisou tudo que pôde sobre a própria vida –, retorna ao Rio de Janeiro e decide escrever suas memórias. Ultrapassando o retrato da figura histórica e do contexto brasileiro no período do Império, temos, no romance em questão, uma subjetivização que não consta em documentos ou biografias já publicadas sobre Amélia, traço este que ocasiona a problemática central da narrativa: os limites entre o ficcional e o histórico. Proponho, portanto, neste artigo, analisar e discutir a construção de Imperatriz.... no sentido de aproximá-lo das teorias de Seymour Menton e de Linda Hutcheon, que propõem a nova novela histórica e a metaficcção historiográfica, respectivamente, e demonstrar porque, neste caso, não se pode recorrer à classificação de romance histórico nos paradigmas clássicos, propostos por György Lukács.Claraboia2018-01-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/143Claraboia; n. 9 (2018): literatura; 198-2112357-9234reponame:Claraboiainstname:UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ (UENP)instacron:UENPporhttps://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/143/pdfCopyright (c) 2018 Claraboiainfo:eu-repo/semantics/openAccessCanilha, Samla Borges2022-08-12T17:35:47Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/143Revistahttps://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboiaPUBhttps://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/oai||claraboia@uenp.edu.br2357-92342357-9234opendoar:2022-08-12T17:35:47Claraboia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ (UENP)false |
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