Toxina Botulínica no Tratamento de Pacientes com Disfunção Temporomandibular e Cefaleia: uma Revisão de Escopo

• Autor(a) principal: Ribeiro, Danielle Jamylla Barbosa
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4900
• topic: disfunção temporomandibular; cefaleia; migrânea; toxina botulínica A; temporomandibular disorder; headache; migraine; botulinum toxin A; CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA

Disfunção temporomandibular (DTM) e cefaleias primárias são temas desafiadores nas áreas da odontologia e medicina. Com distribuição global, representam a segunda causa mais frequente de dor crônica facial. A DTM acomete cerca de 30% da população adulta mundial, enquanto as cefaleias afetam mais de 46% dos indivíduos. Apresentando sobreposição e coincidências em sua etiologia, o diagnóstico e tratamento de ambas promovem intercessões. Neste aspecto, a aplicabilidade da toxina botulínica sobrevém como recurso de segunda linha para casos refratários. Com o objetivo de mapear as informações sobre o tema, foi realizada esta revisão de escopo utilizando-se os elementos do acrônimo PCC, onde o P representa a população definida por portadores de DTM e cefaleias, o primeiro C equivale ao conceito do uso da toxina botulínica A e o segundo C traduz o contexto de pacientes refratários à terapia inicial. Formulou-se a pergunta: “O que se tem produzido na literatura científica sobre o uso da botulínica A em pacientes com disfunção temporomandibular e cefaleia refratários à terapia de primeira linha?”. As bases de dados utilizadas foram: Pubmed / Medline, LILACS, Cochrane e a análise da literatura cinzenta incluiu Google Scholar e Clinical Trials.com. Dois pesquisadores, de forma cega e padronizada, utilizaram o gerenciador de referências Rayyan para julgamento dos critérios de inclusão e exclusão na seleção dos artigos. Para o mapeamento, variados desenhos de estudos foram incluídos dentro do domínio de pacientes em tratamento de DTM e cefaleias, sem restrição de idioma ou ano de publicação. As discordâncias desta fase foram resolvidas por um terceiro avaliador. Os artigos selecionados para leitura na íntegra seguiram para extração de dados em formulário preestabelecido. Os estudos não apresentaram uniformidade em seus desenhos e não houve consenso em seus desfechos. A melhora da dor foi observada em mais de 80 % dos estudos, enquanto o aumento da amplitude de abertura da boca foi o dado que apresentou resultados mais controversos. Análise da qualidade de vida permaneceu como uma lacuna a ser explorada. Estudos futuros com tempo de seguimento estendido e uniformidade nos desenhos possibilitarão o fornecimento de dados aplicáveis ao manejo clínico da dor.