Poética de vozes silenciadas, oralizadas na prosa de Marcelino Freire
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2715 |
Resumo: | Esta tese, partindo da hipótese de que os gêneros textuais orais e ecos de vozes silenciadas no cotidiano da cidade influenciam estruturalmente a configuração dos contos do autor, apresenta uma discussão em torno dos efeitos de texto criados por meio da oralização da literatura, deixando entrever que a escrita dos contos de Marcelino Freire tem em vista despertar o ouvinte no leitor para uma situação de performance. O corpus é constituído dos seguintes livros de contos: Angu de Sangue (2000), Balé Ralé (2003), Contos negreiros (2005) e Rasif: mar que arrebenta (2008). A problemática apresentada por sua contística nos coloca diante da necessidade de compreender a relação entre escritura e oralidade em seus textos. Para tanto, optamos por discutir essa relação, observando o percurso de suas publicações, e neste se revela a construção de uma obra plural, na qual as vozes das personagens carregam os gêneros textuais orais do cotidiano, manifestando seus gritos contra a desigualdade social, o preconceito e a discriminação. Em seguida, cotejamos nosso olhar sobre a relação escrituraoralidade na obra de Marcelino Freire com teóricos que dedicaram suas pesquisas a essa temática. Dentre eles, Paul Zumthor, Roger Chartier, Jaques Derrida e Jean Derive. Continuamos a discussão fazendo o esforço de demonstrar que a escrita de Freire dialoga com a voz, discutindo os principais temas do cotidiano das grandes cidades brasileiras, particularizando os gritos de vozes silenciadas historicamente, promovendo uma aproximação dos falares da população brasileira com os gêneros da poesia oral de tradição popular. Entendemos que tais procedimentos na escrita sugerem que seus textos são construídos visando à possibilidade de ser vocalizados. |
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Poética de vozes silenciadas, oralizadas na prosa de Marcelino FreireOralidade. Expressão literária. Expressão cultural. Literatura brasileira contemporânea.CIENCIAS SOCIAIS APLICADASEsta tese, partindo da hipótese de que os gêneros textuais orais e ecos de vozes silenciadas no cotidiano da cidade influenciam estruturalmente a configuração dos contos do autor, apresenta uma discussão em torno dos efeitos de texto criados por meio da oralização da literatura, deixando entrever que a escrita dos contos de Marcelino Freire tem em vista despertar o ouvinte no leitor para uma situação de performance. O corpus é constituído dos seguintes livros de contos: Angu de Sangue (2000), Balé Ralé (2003), Contos negreiros (2005) e Rasif: mar que arrebenta (2008). A problemática apresentada por sua contística nos coloca diante da necessidade de compreender a relação entre escritura e oralidade em seus textos. Para tanto, optamos por discutir essa relação, observando o percurso de suas publicações, e neste se revela a construção de uma obra plural, na qual as vozes das personagens carregam os gêneros textuais orais do cotidiano, manifestando seus gritos contra a desigualdade social, o preconceito e a discriminação. Em seguida, cotejamos nosso olhar sobre a relação escrituraoralidade na obra de Marcelino Freire com teóricos que dedicaram suas pesquisas a essa temática. Dentre eles, Paul Zumthor, Roger Chartier, Jaques Derrida e Jean Derive. Continuamos a discussão fazendo o esforço de demonstrar que a escrita de Freire dialoga com a voz, discutindo os principais temas do cotidiano das grandes cidades brasileiras, particularizando os gritos de vozes silenciadas historicamente, promovendo uma aproximação dos falares da população brasileira com os gêneros da poesia oral de tradição popular. Entendemos que tais procedimentos na escrita sugerem que seus textos são construídos visando à possibilidade de ser vocalizados.The starting point for this research is orality as it is found in the work by Marcelino Freire, and it aims at demonstrating how orality is dealt with in his writing. His short stories books Angu de sangue (2000), Balé ralé (2003), Contos negreiros (2005), and Rasif: mar que arrebenta (2008) constitute our corpus. The problematics brought forward by his short stories raises the need for understanding the relation between the writing and oral aspects of his texts. We have chosen to delve into this relation by observing his texts and their structure as it reveals a plural work in which the characters' voices carry with themselves the daily life's oral aspects, manifesting their outcry against social inequalities, prejudice and discrimination. Our next step is to look into the relation between the oral and writing aspects of Freire's work through the eyes of researchers who dedicated their studies to this theme, among them Paul Zumthor, Roger Chartier, Jaques Derrida, and Jean Derive. Our discussion goes on by demonstrating how Freire‟s writing develops a dialogue with orality, as he discusses the main themes present in the daily life in the biggest Brazilian cities, individualising crying voices historically silenced, bringing closer the different ways of speaking in Brazil and the genres of oral poetry in popular tradition. We understand that the use of such procedures in his writing suggests that his texts have been created with the aim of being spoken.Universidade Estadual da ParaíbaCentro de Educação - CEDUCBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLISilva, Eli Brandão daConceição , Auribio Farias2017-02-17T14:32:51Z2015-10-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfConceição , Auribio Farias. Poética de vozes silenciadas, oralizadas na prosa de Marcelino Freire. 2015. 249 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB.http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2715porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2017-02-18T04:09:42Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2715Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2017-02-18T04:09:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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Esta tese, partindo da hipótese de que os gêneros textuais orais e ecos de vozes silenciadas no cotidiano da cidade influenciam estruturalmente a configuração dos contos do autor, apresenta uma discussão em torno dos efeitos de texto criados por meio da oralização da literatura, deixando entrever que a escrita dos contos de Marcelino Freire tem em vista despertar o ouvinte no leitor para uma situação de performance. O corpus é constituído dos seguintes livros de contos: Angu de Sangue (2000), Balé Ralé (2003), Contos negreiros (2005) e Rasif: mar que arrebenta (2008). A problemática apresentada por sua contística nos coloca diante da necessidade de compreender a relação entre escritura e oralidade em seus textos. Para tanto, optamos por discutir essa relação, observando o percurso de suas publicações, e neste se revela a construção de uma obra plural, na qual as vozes das personagens carregam os gêneros textuais orais do cotidiano, manifestando seus gritos contra a desigualdade social, o preconceito e a discriminação. Em seguida, cotejamos nosso olhar sobre a relação escrituraoralidade na obra de Marcelino Freire com teóricos que dedicaram suas pesquisas a essa temática. Dentre eles, Paul Zumthor, Roger Chartier, Jaques Derrida e Jean Derive. Continuamos a discussão fazendo o esforço de demonstrar que a escrita de Freire dialoga com a voz, discutindo os principais temas do cotidiano das grandes cidades brasileiras, particularizando os gritos de vozes silenciadas historicamente, promovendo uma aproximação dos falares da população brasileira com os gêneros da poesia oral de tradição popular. Entendemos que tais procedimentos na escrita sugerem que seus textos são construídos visando à possibilidade de ser vocalizados. |
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