Percepções biecológicas e características socioculturais de estudantes influenciam em suas atitudes sobre vertebrados silvestres
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4503 |
Resumo: | A origem de diferentes emoções humanas direcionados aos animais (seja no contexto utilitário, afetivo, conflituoso ou cosmológico) tem forte influência de fatores socioeconômicos, embora nossas predisposições genéticas pareçam mais significativas na origem destas emoções. Em relação a fauna silvestre, tais emoções orientam as percepções das pessoas sobre diferentes espécies. Percepções que por sua vez podem afetar as atitudes das pessoas em relação a fauna, sendo por isto a compreensão de fatores que moldam tais atitudes, um elemento chave para a tomada de decisões conservacionistas. Nesse sentindo, o principal objetivo deste estudo foi analisar como características socioculturais e percepções bioecológicas podem influenciar nas atitudes de empatia ou antipatia de estudantes em relação a espécies de vertebrados. Bem como, quais classes e espécies despertam maior e menor apoio nas pessoas para sua conservação. Para isto, foram realizadas 667 entrevistas com estudantes de escola urbana (n=1) e rurais (n=2), na cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Através de modelos lineares generalizados mistos (GLMM) encontramos que estudantes da zona urbana expressam com maior frequência, tanto atitudes de empatia quanto de antipatia em relação aos animais silvestres. Quanto ao gênero, mulheres apresentaram maior frequência de respostas associadas a aversão que os homens. Encontramos forte relação entre percepções positivas e atitudes de empatia com as espécies e vice-versa. Por exemplo, espécies percebidas como úteis, inofensivas e importante para a natureza despertaram atitudes de empatia dos estudantes com maior frequência (p< 0.001). Enquanto que para as espécies percebidas como perigosas e venenosas, as atitudes de antipatia foram mais frequentes (p< 0.001), a ponto do estudante desejar que algumas espécies fossem extintas. Através da análise de múltiplo fator (MFA) encontramos maior apoio (empatia) para a conservação das espécies de peixes (31,56%), aves (29.37%) e mamíferos (25.94%), com destaque para as espécies Galo de Campina (Paroaria dominicana) e peixe palhaço (Amphiprion ocelares) e menor apoio (antipatia) para espécies de répteis e anfíbios como a cascavel (Crotalus durissus) e sapo de chifre (Ceratophrys joazeirensis). A ambivalência atitudinal refletida pela variação de empatia para determinadas espécies e aversão por outras, tem importantes implicações para a conservação da fauna silvestre. Compreender os fatores socioeconômicos e emoções por traz das atitudes em relação aos animais, permite integrar estratégias educacionais para a conservação de espécies, especialmente daquelas culturalmente importantes. |
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Percepções biecológicas e características socioculturais de estudantes influenciam em suas atitudes sobre vertebrados silvestresEtnozoologiaFauna silvestreConservação animalComportamento humanoCIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAA origem de diferentes emoções humanas direcionados aos animais (seja no contexto utilitário, afetivo, conflituoso ou cosmológico) tem forte influência de fatores socioeconômicos, embora nossas predisposições genéticas pareçam mais significativas na origem destas emoções. Em relação a fauna silvestre, tais emoções orientam as percepções das pessoas sobre diferentes espécies. Percepções que por sua vez podem afetar as atitudes das pessoas em relação a fauna, sendo por isto a compreensão de fatores que moldam tais atitudes, um elemento chave para a tomada de decisões conservacionistas. Nesse sentindo, o principal objetivo deste estudo foi analisar como características socioculturais e percepções bioecológicas podem influenciar nas atitudes de empatia ou antipatia de estudantes em relação a espécies de vertebrados. Bem como, quais classes e espécies despertam maior e menor apoio nas pessoas para sua conservação. Para isto, foram realizadas 667 entrevistas com estudantes de escola urbana (n=1) e rurais (n=2), na cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Através de modelos lineares generalizados mistos (GLMM) encontramos que estudantes da zona urbana expressam com maior frequência, tanto atitudes de empatia quanto de antipatia em relação aos animais silvestres. Quanto ao gênero, mulheres apresentaram maior frequência de respostas associadas a aversão que os homens. Encontramos forte relação entre percepções positivas e atitudes de empatia com as espécies e vice-versa. Por exemplo, espécies percebidas como úteis, inofensivas e importante para a natureza despertaram atitudes de empatia dos estudantes com maior frequência (p< 0.001). Enquanto que para as espécies percebidas como perigosas e venenosas, as atitudes de antipatia foram mais frequentes (p< 0.001), a ponto do estudante desejar que algumas espécies fossem extintas. Através da análise de múltiplo fator (MFA) encontramos maior apoio (empatia) para a conservação das espécies de peixes (31,56%), aves (29.37%) e mamíferos (25.94%), com destaque para as espécies Galo de Campina (Paroaria dominicana) e peixe palhaço (Amphiprion ocelares) e menor apoio (antipatia) para espécies de répteis e anfíbios como a cascavel (Crotalus durissus) e sapo de chifre (Ceratophrys joazeirensis). A ambivalência atitudinal refletida pela variação de empatia para determinadas espécies e aversão por outras, tem importantes implicações para a conservação da fauna silvestre. Compreender os fatores socioeconômicos e emoções por traz das atitudes em relação aos animais, permite integrar estratégias educacionais para a conservação de espécies, especialmente daquelas culturalmente importantes.The origin of different human emotions towards animals (whether in the utilitarian, affective, conflictual or cosmological context) is strongly influenced by socioeconomic factors although our genetic predispositions seem more significant in the origin of these emotions. In relation to wildlife, such emotions guide people's perceptions of different species. Perceptions that in turn can affect people's attitudes towards fauna, so understanding the factors that shape such attitudes is a key element for conservation decision-making. In this sense, the main objective of this study was to analyze how socioeconomic characteristics and bioecological perceptions can influence students' attitudes of empathy or antipathy towards vertebrate species. As well as, which classes and species arouse greater and lesser support in people for their conservation. For this, 667 interviews were carried out with urban (n=1) and rural (n=2) school students in the city of Campina Grande, Paraíba, Brazil. Through generalized linear mixed models (GLMM) we found that students from urban areas more frequently express attitudes of empathy and antipathy towards wild animals. Regarding gender, women had a higher frequency of responses associated with aversion than men. We found a strong relationship between positive perceptions and empathetic attitudes towards the species and vice versa. For example, species perceived as useful, harmless and important to nature arouse students' empathetic attitudes more frequently (p< 0.001). While for the species perceived as dangerous and poisonous, the attitudes of antipathy were more frequent (p< 0.001), even to the point that the student wanted some species to go extinct. Through multiple factor analysis (MFA) we found greater support (empathy) for the conservation of fish species (31.56%), birds (29.37%) and mammals (25.94%), with emphasis on the Galo de Campina species (Paroaria dominicana) and clownfish (Amphiprion ocelares) and less support (antipathy) for species of reptiles and amphibians such as the rattlesnake (Crotalus durissus) and horn frog (Ceratophrys joazeirensis). The attitudinal ambivalence, reflected by varying empathy for certain species and aversion for others, has important implications for wildlife conservation. Understanding the socioeconomic factors and emotions behind attitudes towards animals allows integrating educational strategies for the conservation of species, especially those culturally important.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGECAlves, Rômulo Romeu da Nóbrega87352281487http://lattes.cnpq.br/9947001739918371Oliveira, José Valberto de60142308404http://lattes.cnpq.br/0621492268288226Pinto, Márcia Freirehttp://lattes.cnpq.br/3004076961122195Pereira, Franciany Gabriella Bragahttp://lattes.cnpq.br/5539264519546233Silva, Amanda Rozendo da2023-03-31T23:18:53Z2999-12-312022-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Amanda Rozendo da. Percepções biecológicas e características socioculturais de estudantes influenciam em suas atitudes sobre vertebrados silvestres. 2022. 48f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4503porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2023-03-31T23:18:53Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/4503Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2023-03-31T23:18:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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