De Florbela às Florbelas: do mito literário à invenção de uma personagem-escritora
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3269 |
Resumo: | Propõe-se um estudo sobre a maneira como a poetisa portuguesa Florbela Espanca, depois da sua morte e através de uma extensa apropriação biográfica, iniciada pelo professor italiano Guido Battelli, no afã de divulgar e publicar a sua obra literária e, consequentemente, obter lucro, passou, paulatinamente, a ser encarada como um mito literário, desde a década de 1930. Objetiva-se compreender o processo de mitificação da escritora, que tem se mostrado dinâmico e, de tempos em tempos, adquirido novos e inesperados contornos. Em chave didática, entende-se tal processo em dois momentos distintos e complementares: o primeiro momento, de feição crítico-biográfica, de 1930 a 1979, quando o mito florbeliano foi erigido e consolidado, e o segundo momento, de cariz crítico-ficcional, de 1979 à atualidade, no qual o mito em destaque expandiu-se e ganhou novas possibilidades de representação, com a transformação de Florbela em personagem literária. Para esta investigação, são analisadas as peças teatrais Bela-Calígula: Impromptu Teatral (1987), de Augusto Sobral; Florbela Espanca (1988), de Alcides Nogueira; Florbela (1991), de Hélia Correia; A primeira morte de Florbela Espanca (1999), de António Cândido Franco e Florbela Espanca – a hora que passa (2014), de Lorenna Mesquita e Fabio Brandi Torres. Também são analisados a biografia romanceada Florbela Espanca, a vida e a obra (1979) e o conjunto de poemas denominado De Florbela para Pessoa. Com amor (2017), de Maria Lúcia Dal Farra. Portanto, é possível inteligir que o mito florbeliano tem uma história de meandros que perpassam a gênese da mitificação, além de seu desenvolvimento, consolidação e expansão, tudo isto em um processo contínuo que não dá mostras de querer cessar, seja na atividade crítica seja em suas representações estéticas. |
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De Florbela às Florbelas: do mito literário à invenção de uma personagem-escritora1. Literatura portuguesa. 2. Florbela Espanca. 3. Mitificação. 4. Mito florbelianoCIENCIAS SOCIAIS APLICADASPropõe-se um estudo sobre a maneira como a poetisa portuguesa Florbela Espanca, depois da sua morte e através de uma extensa apropriação biográfica, iniciada pelo professor italiano Guido Battelli, no afã de divulgar e publicar a sua obra literária e, consequentemente, obter lucro, passou, paulatinamente, a ser encarada como um mito literário, desde a década de 1930. Objetiva-se compreender o processo de mitificação da escritora, que tem se mostrado dinâmico e, de tempos em tempos, adquirido novos e inesperados contornos. Em chave didática, entende-se tal processo em dois momentos distintos e complementares: o primeiro momento, de feição crítico-biográfica, de 1930 a 1979, quando o mito florbeliano foi erigido e consolidado, e o segundo momento, de cariz crítico-ficcional, de 1979 à atualidade, no qual o mito em destaque expandiu-se e ganhou novas possibilidades de representação, com a transformação de Florbela em personagem literária. Para esta investigação, são analisadas as peças teatrais Bela-Calígula: Impromptu Teatral (1987), de Augusto Sobral; Florbela Espanca (1988), de Alcides Nogueira; Florbela (1991), de Hélia Correia; A primeira morte de Florbela Espanca (1999), de António Cândido Franco e Florbela Espanca – a hora que passa (2014), de Lorenna Mesquita e Fabio Brandi Torres. Também são analisados a biografia romanceada Florbela Espanca, a vida e a obra (1979) e o conjunto de poemas denominado De Florbela para Pessoa. Com amor (2017), de Maria Lúcia Dal Farra. Portanto, é possível inteligir que o mito florbeliano tem uma história de meandros que perpassam a gênese da mitificação, além de seu desenvolvimento, consolidação e expansão, tudo isto em um processo contínuo que não dá mostras de querer cessar, seja na atividade crítica seja em suas representações estéticas.This study intends to investigate how Florbela Espanca, after her death, has gradually become regarded as a literary myth, since the 1930s, through an extensive biographical appropriation which had been started by Guido Battelli to divulge and publish her literary work and, therefore, make profit. It aims to understand the process of mythification of the author, which has been dynamic and, every so often, has acquired new and unexpected outlines. Didactically, this process can be divided into two distinct and complementary moments: the first critical-biographical moment, from 1930 to 1979, when the Florbelian myth was established and consolidated; and the second critical-fictional moment, from 1979 to the present day, in which the myth, since Florbela has become a literary character, has expanded and gained new possibilities of representation. The study proposes to analyze the following thematic pieces, Bela-Calígula: Impromptu Teatral (1987), by Augusto Sobral; Florbela Espanca (1988), by Alcides Nogueira; Florbela (1991), by Hélia Correia; A primeira morte de Florbela Espanca (1999), by António Cândido Franco; and Florbela Espanca – a hora que passa (2014), by Lorenna Mesquita and Fabio Brandi Torres. In addition, the analysis focuses on the biographical novel, Florbela Espanca, a vida e a obra (1979) as well as in the set of poems entitled De Florbela para Pessoa. Com amor (2017), by Maria Lúcia Dal Farra. In conclusion, the results confirm that the Florbelian myth has intricacies that permeate the genesis of mythification on its development, consolidation and expansion, all this in a continuous process that does not show signs of ending, either in critical activity or in its aesthetic representations.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLIMaciel, Diógenes André VieiraLeite, Jonas Jefferson de Souza2019-04-01T12:20:43Z2018-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLeite, Jonas Jefferson de Souza. De Florbela às Florbelas: do mito literário à invenção de uma personagem-escritora. 2018. 163f. Tese( Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3269porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2019-04-02T04:25:07Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3269Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2019-04-02T04:25:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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