Presença de macrófitas submersas altera a dinâmica do fitoplâncton em reservatórios do semiárido?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Flávia Morgana
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2441
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar os efeitos da vegetação aquática sobre a dinâmica da comunidade fitoplanctônica. Tendo como hipótese: Presença de macrófitas submersas resulta em alterações nas concentrações de nutrientes, que consequentemente altera a dinâmica da comunidade fitoplanctônica em reservatórios do semiárido. Para melhor compreensão desses processos, buscou responder as seguintes perguntas: Quais variáveis ambientais podem melhor explicar a variação na dinâmica desses produtores? Existe competição entre a comunidade fitoplanctônica e as macrófitas submersas? As cianobactérias liberam ou inibem a produção de toxinas sob a presença de macrófitas submersas? Foram realizadas coletas mensais nos reservatórios Argemiro de Figueiredo (7º36’51,48’’S, e 35º33’1,66’’W) – este com ausência de plantas aquáticas, e Epitácio Pessoa (7º29’20”S e 36º17’3”W) – com presença de macrófitas submersas, ambos localizados no semiárido brasileiro. As condições hidrológicas dos reservatórios, apresentaram-se bastante distintas durante o período amostral (PsF = 62, 27; p < 0,05). Os sistemas estudados apresentaram águas quentes, acima de 22°C, e aumento do pH ao longo dos meses. A comunidade fitoplanctônica nos reservatórios estudados foi representada por 97 táxons agrupados em 5 grupos taxonômicos: Cianobacteria (31%), Bacillariophyceae (29%), Chlorophyceae (20%), Euglenophyceae (11%),Zygnemaphyceae (9%). Destes táxons, 56 foram comuns aos dois ambientes, 39 foram exclusivos do ambiente com macrófitas, e 2 do ambiente sem macrófitas. Os maiores valores de biovolume fitoplanctônico foram observados para o reservatório com ausência de plantas aquáticas. Foi observado que as plantas submersas podem atuar na determinação das condições limnológicas do ecossistema, visto que o crescimento destas possibilita a redução da turbidez, uma vez que, densos bancos de macrófitas limitam a ressuspensão do sedimento e restringem a abundância do fitoplâncton, além disso processos de competição por nutrientes entre estas comunidades podem restringir o desenvolvimento do fitoplâncton. A relação cianobactérias/macrófitas, deu-se de tal forma, que quanto menor o biovolume algal, maior é a biomassa vegetal e concentração de toxina, assim, as macrófitas inibe o desenvolvimento do fitoplâncton, porém, estimula o processo de liberação de toxina.
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Foram realizadas coletas mensais nos reservatórios Argemiro de Figueiredo (7º36’51,48’’S, e 35º33’1,66’’W) – este com ausência de plantas aquáticas, e Epitácio Pessoa (7º29’20”S e 36º17’3”W) – com presença de macrófitas submersas, ambos localizados no semiárido brasileiro. As condições hidrológicas dos reservatórios, apresentaram-se bastante distintas durante o período amostral (PsF = 62, 27; p < 0,05). Os sistemas estudados apresentaram águas quentes, acima de 22°C, e aumento do pH ao longo dos meses. A comunidade fitoplanctônica nos reservatórios estudados foi representada por 97 táxons agrupados em 5 grupos taxonômicos: Cianobacteria (31%), Bacillariophyceae (29%), Chlorophyceae (20%), Euglenophyceae (11%),Zygnemaphyceae (9%). Destes táxons, 56 foram comuns aos dois ambientes, 39 foram exclusivos do ambiente com macrófitas, e 2 do ambiente sem macrófitas. Os maiores valores de biovolume fitoplanctônico foram observados para o reservatório com ausência de plantas aquáticas. Foi observado que as plantas submersas podem atuar na determinação das condições limnológicas do ecossistema, visto que o crescimento destas possibilita a redução da turbidez, uma vez que, densos bancos de macrófitas limitam a ressuspensão do sedimento e restringem a abundância do fitoplâncton, além disso processos de competição por nutrientes entre estas comunidades podem restringir o desenvolvimento do fitoplâncton. A relação cianobactérias/macrófitas, deu-se de tal forma, que quanto menor o biovolume algal, maior é a biomassa vegetal e concentração de toxina, assim, as macrófitas inibe o desenvolvimento do fitoplâncton, porém, estimula o processo de liberação de toxina.The aim of this study was to identify the effects of aquatic vegetation on the dyn amics of phytoplankton community. The hypothesis: Presence of submersed aquatic results in changes in nutrient concentrations, which in turn alters the dynamics of the phytoplankton community in semiarid reservoirs. To better understand these processes, we sought to answer the following questions: What environmental variables can better explain the change in the dynamics of these producers? There is competition between phytoplankton community and the submersed aquatic? Cyanobacteria release or inhibit the production of toxins in the presence of submersed aquatic? Monthly collections were made in Argemiro reservoirs Figueiredo (7º36'51,48 ''S, and 35º33'1,66''W) - this with the absence of aquatic plants, and Pessoa (7º29'20 "S and 36º17'3 "W) - with the presence of submersed aquatic, both located in the Brazilian semiarid region. The hydrological conditions of the reservoirs had to be quite different during the sample period (62 psf = 27; p <0.05). The systems studied had hot water above 22 ° C and pH increase over months. The phytoplankton community in both reservoirs was represented by 97 taxa grouped in five taxonomic groups: cyanobacteria (31%), Bacillariophyceae (29%), Chlorophyceae (20%), Euglenophyceae (11%), Zygnemaphyceae (9%). Of these taxa, 56 were common to both environments, 39 were unique environment with weeds, and 2 without aquatic environment. The largest biovolume phytoplankton values were observed for the tank with the absence of aquatic plants. It was observed that the underwater plants can act in determining the limnologic conditions of the ecosystem, because the growth of these enables the reduction of turbidity, since dense banks macrophytes limited resuspension of the pellet and limit the abundance of phytoplankton further processes competition for nutrients between these communities may restrict the development of phytoplankton. The relationship cyanobacteria / macrophytes took place in such a way that the lower algal biovolume, higher plant biomass and toxin concentration thus macrophyt es inhibits the growth of phytoplankton, but stimulates the process of toxin release.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTABarbosa, José Etham de Lucena60166649449http://lattes.cnpq.br/0287280830465959Nery, Janiele França06461421432Ceballos, Beatriz Susana Ovruski de16025539472http://lattes.cnpq.br/9321950498637802Silva, Maria Cristina Basílio Crispim da39553310400http://lattes.cnpq.br/1103302506132951Monteiro, Flávia Morgana2016-08-17T17:16:25Z2016-06-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMONTEIRO, F. M. 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