A adesão ao exame clínico das mamas quanto os fatores socioeconômicos e o uso de serviços públicos em Campina Grande

• Autor(a) principal: Barbosa, Larissa Nogueira de Siqueira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4540
• topic: Câncer de Mama; Exame Clínico das Mamas (ECM); Detecção precoce; ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA

INTRODUÇÃO: o câncer de mama (CM) ainda é um problema relevante de Saúde Pública e é o que mais acomete mulheres no Brasil. Métodos como o Exame Clínico das Mamas (ECM), facilitam a detecção precoce do CM, reduzindo assim, sua manifestação. Ele é parte fundamental para o seu diagnóstico, sendo realizado por um profissional de saúde, como o médico ou enfermeira, que são treinados para reconhecer muitos tipos diferentes de anormalidades e sinais de alerta nas mamas. OBJETIVO: avaliar o perfil socioeconômico das mulheres quanto a prevenção do CM e comparar a realização do ECM entre mulheres que visitam duas diferentes unidades públicas de saúde. MATERIAIS E MÉTODOS: trata-se de uma pesquisa observacional do tipo analítica e transversal que foi realizada na UBSF Nossa Senhora Aparecida e no Centro de Saúde na cidade de Campina Grande, com 180 mulheres. Foi utilizado questionário semiestruturado para a coleta de dados. Todas as análises estatísticas foram realizadas com o software SPSS STATISTICS ™ (SPPS; empresa IBM; versão 28). O teste t foi aplicado para comparar variáveis contínuas e o teste qui-quadrado (χ2) de Pearson, para analisar variáveis categóricas. Para quantificar as associações entre as variáveis e o comparecimento ao CBE, foi aplicada a análise de regressão logística nominal. RESULTADOS: Do total de mulheres, 102 (56,7%) e 38 (21,1%), realizavam o ECM uma vez ao ano e a cada dois anos. O baixo nível de escolaridade e a baixa renda foram características de 111 (61,7%) e 117 (65,0%). No centro de saúde, l8 (7,3%) e 11 (10,0%), das 110 mulheres, frequentavam o serviço a cada mês e a cada três meses, enquanto as mulheres da UBSF, 24 (34,3%) e 16 (22,9%), considerando a mesma frequência. As 63 (35,0%) mulheres de ascendência europeia tiveram 2,45 (OR= 0,409; IC 95%: 0,19-0,86) e 5,41 (OR= 0,185; IC 95%:0,07-0,52) vezes menor chance de desempenho anual do CBE (p = 0,003). As mulheres que utilizaram o serviço ginecologista ≤ a cada dois anos , tiveram 7,50 vezes (3,16- 17,80) maior chance de realização anual do CBE (p<0,001).Em um modelo de regressão de variáveis independentes ajustado por idade, o uso do serviço de saúde durante cada seis meses aumentou a chance de realização anual do ECM em 6,02 (IC95%:1,46-24,88) vezes (p = 0,152; Tabela 4). Além disso, o uso do serviço ginecológico ≤ a cada dois anos aumentou a chance de realização anual do EC 10,31(IC95%: 3,90-27,26) vezes (p < 0,001). CONCLUSÕES: Os resultados atuais mostraram que a recomendação e o desempenho do ECM podem variar consideravelmente entre mulheres que usam diferentes centros de serviços públicos de saúde. O desempenho foi positivo associado à recomendação realizada pelo médico/enfermeiro e a utilização do serviço ginecológico, aumentando a chance de rastreamento regular do CM.