Comum e comunidade luminosa na tetralogia das idades, de Valter Hugo Mãe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiredo, Annie Tarsis Morais
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3687
Resumo: Propõe-se um estudo do comum e da comunidade enquanto alicerces das narrativas da tetralogia das idades, de Valter Hugo Mãe. Os quatro romances são: O nosso reino (2004), O remorso de Baltazar Serapião (2006), O apocalipse dos trabalhadores (2008) e A máquina de fazer espanhóis (2010). Objetiva-se analisar e compreender como os dois conceitos instalam um plano de imanência e potência dentro do universo literário de Hugo Mãe, o qual denominamos: comunidade luminosa. Nesse sentido, pensamos as obras escritas em letras minúsculas enquanto configuradoras de um modo de fazer política: a do comum. Nossa defesa é a de que as articulações coletivas realizadas dentro dessas narrativas valorizam a entrada no mundo pelo acolhimento e se fazem em contraponto ao individualismo exacerbado e desumanizador, bem como ao simulacro de democracia e nação. Trata-se de pensar a comunidade como um âmbito de força mediante o perigo das ações fascizantes que assaltam a dignidade, mais precisamente: ao analisar as comunidades luminosas, sustentamos a hipótese que Valter Hugo Mãe cria um modo de pensar alternativas comunitárias através da literatura. Para isso, consideramos os gestos dos personagens principais em pequenos núcleos emcomum que fortalecem a cooperação, a singularidade e produção de afetos ativos, refúgios para a vida que é reificada pelo poder. Por essa via, detemo-nos na formação dos pontos de cumplicidade que se instalam nos tecidos narrativos selecionados, sejam eles por contato ou dispersão, enxergando-os como formações para a sobrevivência no contemporâneo.
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Nossa defesa é a de que as articulações coletivas realizadas dentro dessas narrativas valorizam a entrada no mundo pelo acolhimento e se fazem em contraponto ao individualismo exacerbado e desumanizador, bem como ao simulacro de democracia e nação. Trata-se de pensar a comunidade como um âmbito de força mediante o perigo das ações fascizantes que assaltam a dignidade, mais precisamente: ao analisar as comunidades luminosas, sustentamos a hipótese que Valter Hugo Mãe cria um modo de pensar alternativas comunitárias através da literatura. Para isso, consideramos os gestos dos personagens principais em pequenos núcleos emcomum que fortalecem a cooperação, a singularidade e produção de afetos ativos, refúgios para a vida que é reificada pelo poder. Por essa via, detemo-nos na formação dos pontos de cumplicidade que se instalam nos tecidos narrativos selecionados, sejam eles por contato ou dispersão, enxergando-os como formações para a sobrevivência no contemporâneo.Propõe-se um estudo do comum e da comunidade enquanto alicerces das narrativas da tetralogia das idades, de Valter Hugo Mãe. Os quatro romances são: O nosso reino (2004), O remorso de Baltazar Serapião (2006), O apocalipse dos trabalhadores (2008) e A máquina de fazer espanhóis (2010). Objetiva-se analisar e compreender como os dois conceitos instalam um plano de imanência e potência dentro do universo literário de Hugo Mãe, o qual denominamos: comunidade luminosa. Nesse sentido, pensamos as obras escritas em letras minúsculas enquanto configuradoras de um modo de fazer política: a do comum. Nossa defesa é a de que as articulações coletivas realizadas dentro dessas narrativas valorizam a entrada no mundo pelo acolhimento e se fazem em contraponto ao individualismo exacerbado e desumanizador, bem como ao simulacro de democracia e nação. Trata-se de pensar a comunidade como um âmbito de força mediante o perigo das ações fascizantes que assaltam a dignidade, mais precisamente: ao analisar as comunidades luminosas, sustentamos a hipótese que Valter Hugo Mãe cria um modo de pensar alternativas comunitárias através da literatura. Para isso, consideramos os gestos dos personagens principais em pequenos núcleos emcomum que fortalecem a cooperação, a singularidade e produção de afetos ativos, refúgios para a vida que é reificada pelo poder. Por essa via, detemo-nos na formação dos pontos de cumplicidade que se instalam nos tecidos narrativos selecionados, sejam eles por contato ou dispersão, enxergando-os como formações para a sobrevivência no contemporâneo.A study of the common and the community is proposed as the foundations of narratives of the tetralogy of the ages, by Valter Hugo Mãe. The four stories are: O nosso reino (2004), O remorso de Baltazar Serapião (2006), O apocalipse dos trabalhadores (2008) and A máquina de fazer espanhóis (2010). The aim is to analyze and understand how the two concepts install a plan of immanence and potency within Hugo Mãe's literary universe, which we call: luminous community. In this sense, we think of works written in lowercase letters as configurers of a way of doing politics: that of the common. Our defense is that the collective articulations acquired within these narratives value entry into the world by welcoming and are made in counterpoint to exacerbated and dehumanizing individualism, as well as the simulacrum of democracy and nation. It is about thinking about the community as a ambit of force through the danger of fascism actions that assault dignity, more precisely: when analyzing the luminous communities, we support the hypothesis that Valter Hugo Mãe creates a way of thinking community alternatives through literature. For this, we consider the gestures of the main characters in small in-common nuclei that strengthen cooperation, uniqueness and the production of active affections, against for life that is reified by power. In this way, we focus on the formation of the complicity points that are installed in the selected narrative fabrics, whether by contact or dispersion, seeing them as formations for survival in the contemporary.A study of the common and the community is proposed as the foundations of narratives of the tetralogy of the ages, by Valter Hugo Mãe. The four stories are: O nosso reino (2004), O remorso de Baltazar Serapião (2006), O apocalipse dos trabalhadores (2008) and A máquina de fazer espanhóis (2010). The aim is to analyze and understand how the two concepts install a plan of immanence and potency within Hugo Mãe's literary universe, which we call: luminous community. In this sense, we think of works written in lowercase letters as configurers of a way of doing politics: that of the common. Our defense is that the collective articulations acquired within these narratives value entry into the world by welcoming and are made in counterpoint to exacerbated and dehumanizing individualism, as well as the simulacrum of democracy and nation. It is about thinking about the community as a ambit of force through the danger of fascism actions that assault dignity, more precisely: when analyzing the luminous communities, we support the hypothesis that Valter Hugo Mãe creates a way of thinking community alternatives through literature. For this, we consider the gestures of the main characters in small in-common nuclei that strengthen cooperation, uniqueness and the production of active affections, against for life that is reified by power. 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