Avaliação da atividade antidiarreica de Spondias porpurea L. (Anacardiaceae) em modelos animais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2368 |
Resumo: | A diarreia está associada à frequência excessiva de defecação, provocada pelo aumento da motilidade e secreção. Spondias purpurea L. pertence ao gênero Spondias, utilizado pela população como gastroprotetora, antidiarreica e antimicrobiana. Assim, o objeti vo deste trabalho foi avaliar a atividade antidiarreica do extrato etanólico bruto e da fase diclorometano de S. purpurea L., em modelos animais. Foram obtidos o extrato etanólico (EEtOH-Sp) e a fase diclorometano (FaDCM-Sp) das folhas de S. purpurea. Na determi nação fitoquímica foi observado que o EEtOH-Sp apresentou aproximadamente 6.70% de flavonóides totais, e 3,17% de polifenóis. Na avaliação toxicológica, pelo método da Artemia salina Leach, as amostras apresentaram valores de Concentração Letal 50% (CL ) de 2300,67±196,66 µg/mL para o EEtOH-Sp e 1106,17±102,24 µg/mL para a FaDCM- Sp, indicando não apresentarem toxicidade. No Ensaio Toxicológico Pré-clínico Agudo, foi administrada 2000 mg/kg do EEtOH-Sp e foi observada apenas irritabilidade revertida nas fêmeas após a 2ª hora, sendo este um dado insufi ciente para inferir toxicidade, também não provocou variações no peso nem na estrutura macroscópica dos órgãos, no consumo de água, ração e nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Não foi possível determinar a DL , visto que não houve mortes, ao fi nal dos 14 dias de observação. Com relação à ati vidade 50 antimicrobiana pela técnica de microdiluição, não foi observada atividade de EEtOHSp e FaDCM-Sp nas concentrações testadas frente aos microorganismos testados. Na determi nação da motilidade gastri ntesti nal, através do modelo de diarreia induzida por óleo de rícino em ratos, a inibição foi de 33, 54 e 63% para EEtOH-Sp e 63, 68 e 85% para FaDCM-Sp, ambos nas doses de 125, 250 e 500 mg/kg (v.o.). Foi observada uma diminuição do número de fezes líquidas em 41, 67 e 25% para EEtOH-Sp e 48, 68 e 65% para FaDCM-Sp. Em relação ao número total de fezes tanto o EEtOH-Sp quanto a FaDCM-Sp apresentaram comportamento semelhante. A PCR-ultrassensível foi quantificada e reduziu os níveis de inflamação aguda. Houve um aumento nas concentrações dos ionogramas. O estudo histopatológico confirmou que FaDCM-Sp minimizou o dano histológico no íleo. No modelo para avaliar alterações no esvaziamento gástrico e na motilidade intestinal, os valores do EEtOH-Sp e FaDCM-Sp não apresentaram significância estatística. Estes resultados mostram que S. purpurea pode ser um possível antidiarreico, como indicado pela medicina tradicional, que não causa constipação, não atinge a flora bacteriana intestinal e com atividade anti-inflamatória. |
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Avaliação da atividade antidiarreica de Spondias porpurea L. (Anacardiaceae) em modelos animaisEvaluation of anti-diarrheal activity of Spondias purpurea L. (Anacardiaceae)DiarréiaSpondias purpurea L.EtnofarmacologiaPCR-ultrassensívelDiarrheaEthnopharmacologyCIENCIAS DA SAUDE::FARMACIAA diarreia está associada à frequência excessiva de defecação, provocada pelo aumento da motilidade e secreção. Spondias purpurea L. pertence ao gênero Spondias, utilizado pela população como gastroprotetora, antidiarreica e antimicrobiana. Assim, o objeti vo deste trabalho foi avaliar a atividade antidiarreica do extrato etanólico bruto e da fase diclorometano de S. purpurea L., em modelos animais. Foram obtidos o extrato etanólico (EEtOH-Sp) e a fase diclorometano (FaDCM-Sp) das folhas de S. purpurea. Na determi nação fitoquímica foi observado que o EEtOH-Sp apresentou aproximadamente 6.70% de flavonóides totais, e 3,17% de polifenóis. Na avaliação toxicológica, pelo método da Artemia salina Leach, as amostras apresentaram valores de Concentração Letal 50% (CL ) de 2300,67±196,66 µg/mL para o EEtOH-Sp e 1106,17±102,24 µg/mL para a FaDCM- Sp, indicando não apresentarem toxicidade. No Ensaio Toxicológico Pré-clínico Agudo, foi administrada 2000 mg/kg do EEtOH-Sp e foi observada apenas irritabilidade revertida nas fêmeas após a 2ª hora, sendo este um dado insufi ciente para inferir toxicidade, também não provocou variações no peso nem na estrutura macroscópica dos órgãos, no consumo de água, ração e nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Não foi possível determinar a DL , visto que não houve mortes, ao fi nal dos 14 dias de observação. Com relação à ati vidade 50 antimicrobiana pela técnica de microdiluição, não foi observada atividade de EEtOHSp e FaDCM-Sp nas concentrações testadas frente aos microorganismos testados. Na determi nação da motilidade gastri ntesti nal, através do modelo de diarreia induzida por óleo de rícino em ratos, a inibição foi de 33, 54 e 63% para EEtOH-Sp e 63, 68 e 85% para FaDCM-Sp, ambos nas doses de 125, 250 e 500 mg/kg (v.o.). Foi observada uma diminuição do número de fezes líquidas em 41, 67 e 25% para EEtOH-Sp e 48, 68 e 65% para FaDCM-Sp. Em relação ao número total de fezes tanto o EEtOH-Sp quanto a FaDCM-Sp apresentaram comportamento semelhante. A PCR-ultrassensível foi quantificada e reduziu os níveis de inflamação aguda. Houve um aumento nas concentrações dos ionogramas. O estudo histopatológico confirmou que FaDCM-Sp minimizou o dano histológico no íleo. No modelo para avaliar alterações no esvaziamento gástrico e na motilidade intestinal, os valores do EEtOH-Sp e FaDCM-Sp não apresentaram significância estatística. Estes resultados mostram que S. purpurea pode ser um possível antidiarreico, como indicado pela medicina tradicional, que não causa constipação, não atinge a flora bacteriana intestinal e com atividade anti-inflamatória.Diarrhea is often associated with excessive defecation caused by increased motility and secretion. Spondias purpurea L. belongs to the genus Spondias, used by the population as gastroprotecti ve, antidiarrheal and antimicrobial. The objecti ve of this work was to evaluate the antidiarrheal acti vity of crude ethanol extract and dichloromethane phase of S. purpurea L., in animal models. Were obtained from the ethanol extract (Sp-EtOHE) and phase dichloromethane (Sp-DCPM) of the leaves of S. purpurea. In determi ning phytochemical noted that Sp-EtOHE was approximately 6.70% of total flavonoids, polyphenols and 3.17%. Toxicological evaluation by the method of Artemia salina Leach, the samples showed values of 50% lethal concentration (LC50) of 2300.67 ± 196.66 mg / mL for Sp-EtOHE and 1106.17 ± 102.24 mg / mL for Sp-DCPM, indicating not present toxicity. In Test Toxicology Preclinical acute was administered 2000 mg / kg Sp-EtOHE was observed only irritability reversed in females after the 2nd hour, this being a given insufficient for inferri ng toxicity, also did not cause variations i n the height or i n the macroscopic structure bodies, water consumption, diet and biochemical and hematological parameters. Unable to determine the LD50, as there were no deaths at the end of the 14 days of observation. With respect to antimicrobial acti vity by microdilution, there was no activity Sp-EtOHE and Sp-DCPM concentrations tested against the tested microorganisms. In determini ng the gastrointestinal motility through the model of induced diarrhea i n rats castor oil, the inhibition was 33, 54 and 63% Sp-EtOHE and 63, 68 and 85% for Sp-DCPM, both at doses of 125 , 250 and 500 mg/kg (po). It was observed a decrease i n the number of liquid stools at 41, 67 and 25% for Sp-EtOHE and 48, 68 and 65 for Sp-DCPM. In relation to the total number of feces both Sp- EtOHE and Sp-DCPM as presented similar behavior. The CRP-ultrasensitive was quantified and reduced levels of acute inflammation. There was an increase in the concentrations of ionograms. The study confirmed that Sp-DCPM minimized the histological damage in the ileum. The model to assess changes in gastric emptying and i ntesti nal motility values Sp-EtOHE and Sp-DCPM not statistically significant . These results show that S. purpurea may be possible antidiarrheal as indicated by the traditional medicine that does not cause constipation not reach the intesti nal bacterial flora and anti-inflammatory acti vity.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCFSimões, Mônica Oliveira da Silva36667714400http://lattes.cnpq.br/0666730090358193Santos, Vanda Lúcia dos22242449320http://lattes.cnpq.br/3360729786561207Medeiros, Ana Claudia Dantas de92956467468http://lattes.cnpq.br/0640671064146120Silva, Terezinha Abigail Gonçalves da68972199400http://lattes.cnpq.br/5787345350759213Ramos, Katharina Rodrigues de Lima Porto2016-07-22T13:36:13Z2013-09-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRAMOS, K. R. de L. P. Avaliação da atividade antidiarreica de Spondias porpurea L. (Anacardiaceae) em modelos animais. 2013. 96f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCF)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2013.http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2368porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2016-07-23T04:04:01Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2368Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2016-07-23T04:04:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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A diarreia está associada à frequência excessiva de defecação, provocada pelo aumento da motilidade e secreção. Spondias purpurea L. pertence ao gênero Spondias, utilizado pela população como gastroprotetora, antidiarreica e antimicrobiana. Assim, o objeti vo deste trabalho foi avaliar a atividade antidiarreica do extrato etanólico bruto e da fase diclorometano de S. purpurea L., em modelos animais. Foram obtidos o extrato etanólico (EEtOH-Sp) e a fase diclorometano (FaDCM-Sp) das folhas de S. purpurea. Na determi nação fitoquímica foi observado que o EEtOH-Sp apresentou aproximadamente 6.70% de flavonóides totais, e 3,17% de polifenóis. Na avaliação toxicológica, pelo método da Artemia salina Leach, as amostras apresentaram valores de Concentração Letal 50% (CL ) de 2300,67±196,66 µg/mL para o EEtOH-Sp e 1106,17±102,24 µg/mL para a FaDCM- Sp, indicando não apresentarem toxicidade. No Ensaio Toxicológico Pré-clínico Agudo, foi administrada 2000 mg/kg do EEtOH-Sp e foi observada apenas irritabilidade revertida nas fêmeas após a 2ª hora, sendo este um dado insufi ciente para inferir toxicidade, também não provocou variações no peso nem na estrutura macroscópica dos órgãos, no consumo de água, ração e nos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Não foi possível determinar a DL , visto que não houve mortes, ao fi nal dos 14 dias de observação. Com relação à ati vidade 50 antimicrobiana pela técnica de microdiluição, não foi observada atividade de EEtOHSp e FaDCM-Sp nas concentrações testadas frente aos microorganismos testados. Na determi nação da motilidade gastri ntesti nal, através do modelo de diarreia induzida por óleo de rícino em ratos, a inibição foi de 33, 54 e 63% para EEtOH-Sp e 63, 68 e 85% para FaDCM-Sp, ambos nas doses de 125, 250 e 500 mg/kg (v.o.). Foi observada uma diminuição do número de fezes líquidas em 41, 67 e 25% para EEtOH-Sp e 48, 68 e 65% para FaDCM-Sp. Em relação ao número total de fezes tanto o EEtOH-Sp quanto a FaDCM-Sp apresentaram comportamento semelhante. A PCR-ultrassensível foi quantificada e reduziu os níveis de inflamação aguda. Houve um aumento nas concentrações dos ionogramas. O estudo histopatológico confirmou que FaDCM-Sp minimizou o dano histológico no íleo. No modelo para avaliar alterações no esvaziamento gástrico e na motilidade intestinal, os valores do EEtOH-Sp e FaDCM-Sp não apresentaram significância estatística. Estes resultados mostram que S. purpurea pode ser um possível antidiarreico, como indicado pela medicina tradicional, que não causa constipação, não atinge a flora bacteriana intestinal e com atividade anti-inflamatória. |
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