Silício no crescimento, status hídrico e osmoproteção de mudas de mamoeiro cultivado sob supressão hídrica

• Autor(a) principal: Lima, Jucelino de Sousa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3632
• topic: Carica papaya (L.); Escassez hídrica; Osmorregulação; Water scarcity; Osmoregulation; CIENCIAS AGRARIAS

O mamão (Carica papaya L.) é uma das principais frutas cultivadas no Brasil, sendo uma cultura de clima tropical e subtropical. O país se destaca como o segundo maior produtor e exportador desse fruto, com grande destaque para a produção na região Nordeste. Um dos principais fatores limitantes da produtividade dessa cultura na Região é a irregularidade das chuvas. É fundamental, portanto, viabilizar meios alternativos de minimizar danos ou induzir a tolerância ao déficit hídrico, como por meio de compostos atenuadores de estresses como o silício (Si). Entre os muitos benefícios deste micronutriente com relação a indução de resistência ao estresse hídrico, destaca-se os estímulos a mecanismos osmorregulatórios, que são promovidos através do aumento nos conteúdos de osmólitos compatíveis no citosol, além de aumento no status hídrico e crescimento. Para verificar a eficácia do Si na promoção da resistência ao estresse hídrico em mamoeiro, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito desse elemento como atenuador avaliando o crescimento, status hídrico e osmorregulação de mudas. O trabalho foi realizado no Campus IV da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado no município de Catolé do Rocha. Foram testadas cinco concentrações de dióxido de silício (0; 2; 3; 4 mmol L^-1) e três níveis de disponibilidade de água no solo (40, 60 e 80% da capacidade de campo aplicada em vasos), com 5 repetições, perfazendo 120 unidades experimentais. As mudas foram submetidas a 30 dias de estresse, começando a partir dos 45 dias após a emergência. Aos 75 dias após a emergência foram mensuradas as variáveis de crescimento e status hídrico, bem como a coleta do material para as avaliações dos osmólitos. As doses de Si influenciaram positivamente à altura das mudas, diâmetro do caule e volume radicular do mamoeiro. O Si também promoveu melhorias no status hídrico foliar, na concentração foliar de açúcares solúveis totais e aminoácidos livres totais, porém não influenciou nas características bioquímicas da raiz de mudas de mamoeiro. 4 mmol L^-1 de Si foi a dose que promoveu melhor desempenho das mudas de mamoeiro submetidas a déficit hídrico. O aumento no status hídrico foliar, na concentração de açucares solúveis totais e aminoácidos livres totais foliar promoveu maior crescimento de plantas de mamoeiro.