A eco-exergia de macroinvertebrados e fitoplâncton em resposta ao gradiente espacial de precipitação no semiárido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Álvaro, Érica Luana Ferreira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3843
Resumo: A precipitação é uma variável ambiental reconhecida como um direcionador da estruturação dos ecossistemas aquáticos. Essa variável possui um papel ainda mais marcante em ecossistemas localizados em áreas áridas, onde pode apresentar uma distribuição espacial que gera a formação de gradientes ambientais. Os gradientes ambientais possuem efeitos sobre a biota de água doce, assim sendo importante compreender o papel desses gradientes sobre o armazenamento energético nesses ecossistemas. Os índices de eco-exergia e eco-exergia específica atuam como uma ferramenta capaz de capturar as mudanças no armazenamento energético e na informação armazenada no genoma dos organismos, sendo amplamente aplicado em estudos ecológicos. Nessa perspectiva, esse trabalho teve como objetivo avaliar a resposta da eco-exergia e eco-exergia específica das assembléias de fitoplâncton e macroinvertebrados bentônicos às mudanças de condições ambientais dentro de um gradiente espacial de precipitação no semiárido. Para tal, testamos as hipóteses (i) com a redução da precipitação, os reservatórios apresentarão maior concentração de nutrientes o que favorece a dominância de táxons de macroinvertebrados generalistas e de organismos do grupo das cianofíceas na comunidade fitoplânctonica; (ii) com o decréscimo da precipitação as assembléias apresentarão uma maior concentração de eco-exergia, devido ao maior armazenamento da biomassa fitoplânctonica e de macroinvertebrados generalistas, assim como uma baixa eco-exergia específica, oriunda do baixo investimento em informação refletido em uma reduzida riqueza e diversidade. Para testar essas hipóteses avaliamos 13 reservatórios artificiais localizados dentro de um gradiente espacial de precipitação no semiárido. Em cada reservatório amostramos organismos das assembléias de macroinvertebrados bentônicos e fitoplâncton, assim como as variáveis físicas e químicas da água. Para cada assembléia mensuramos a eco-exergia e eco-exergia específica, a riqueza e o índice de diversidade de Shannon. Realizamos testes de Correlação de Spearmann entre as variáveis ambientais e os índices biológicos em relação ao gradiente espacial de precipitação. Em nossos resultados, as variáveis ambientais que foram influenciadas pelo gradiente são a profundidade, o carbono orgânico total (TOC), a clorofila e a transparência. A riqueza, diversidade, índice de eco-exergia e eco-exergia especifica da assembléia fitoplanctônica não respondeu ao gradiente de precipitação. Contudo, para a assembléia de macroinvertebrados bentônicos todos os índices testados mostraram um padrão de redução com o aumento da precipitação. Verificamos que a variação espacial da precipitação influênciou o armazenamento energético e a composição taxonômica apenas para a assembléia de macroinvertebrados bentônicos.
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Os índices de eco-exergia e eco-exergia específica atuam como uma ferramenta capaz de capturar as mudanças no armazenamento energético e na informação armazenada no genoma dos organismos, sendo amplamente aplicado em estudos ecológicos. Nessa perspectiva, esse trabalho teve como objetivo avaliar a resposta da eco-exergia e eco-exergia específica das assembléias de fitoplâncton e macroinvertebrados bentônicos às mudanças de condições ambientais dentro de um gradiente espacial de precipitação no semiárido. Para tal, testamos as hipóteses (i) com a redução da precipitação, os reservatórios apresentarão maior concentração de nutrientes o que favorece a dominância de táxons de macroinvertebrados generalistas e de organismos do grupo das cianofíceas na comunidade fitoplânctonica; (ii) com o decréscimo da precipitação as assembléias apresentarão uma maior concentração de eco-exergia, devido ao maior armazenamento da biomassa fitoplânctonica e de macroinvertebrados generalistas, assim como uma baixa eco-exergia específica, oriunda do baixo investimento em informação refletido em uma reduzida riqueza e diversidade. Para testar essas hipóteses avaliamos 13 reservatórios artificiais localizados dentro de um gradiente espacial de precipitação no semiárido. Em cada reservatório amostramos organismos das assembléias de macroinvertebrados bentônicos e fitoplâncton, assim como as variáveis físicas e químicas da água. Para cada assembléia mensuramos a eco-exergia e eco-exergia específica, a riqueza e o índice de diversidade de Shannon. Realizamos testes de Correlação de Spearmann entre as variáveis ambientais e os índices biológicos em relação ao gradiente espacial de precipitação. Em nossos resultados, as variáveis ambientais que foram influenciadas pelo gradiente são a profundidade, o carbono orgânico total (TOC), a clorofila e a transparência. A riqueza, diversidade, índice de eco-exergia e eco-exergia especifica da assembléia fitoplanctônica não respondeu ao gradiente de precipitação. Contudo, para a assembléia de macroinvertebrados bentônicos todos os índices testados mostraram um padrão de redução com o aumento da precipitação. Verificamos que a variação espacial da precipitação influênciou o armazenamento energético e a composição taxonômica apenas para a assembléia de macroinvertebrados bentônicos.Precipitation is an environmental variable recognized as a driver of the structuring of aquatic ecosystems. This variable has an even more striking role in ecosystems located in arid areas, where it can present a spatial distribution that generates the formation of environmental gradients. Environmental gradients have effects on freshwater biota, so it is important to understand the role of these gradients on energy storage in these ecosystems. The indexes of eco-exergy and specific eco-exergy act as a tool capable of capturing changes in energy storage and information stored in the genome of organisms, being widely applied in ecological studies. In this perspective, this work aimed to evaluate the response of eco-exergy and specific eco-exergy of phytoplankton and benthic macroinvertebrate communities to changes in environmental conditions within a spatial gradient of precipitation in the semiarid. For this, we tested the hypotheses (i) with the reduction of precipitation, the reservoirs will present a higher concentration of nutrients, which favors the dominance of taxa of generalist macroinvertebrates and organisms of the group of cyanophytes in the phytoplankton community; (ii) with the decrease in precipitation, communities will present a higher concentration of eco-exergy, due to the greater storage of phytoplankton biomass and generalist macroinvertebrates, as well as a low specific eco-exergy, resulting from the low investment in information reflected in a reduced wealth and diversity. To test these hypotheses, we evaluated 13 artificial reservoirs located within a spatial gradient of precipitation in the semiarid. In each reservoir we sampled organisms from the community of benthic macroinvertebrates and phytoplankton, as well as the physical and chemical variables of the water. In each community we measure the specific eco-exergy and eco-exergy, Shannon's wealth and diversity index. We performed Spearmann Correlation tests between environmental variables and biological indices in relation to the spatial gradient of precipitation. In our results, the environmental variables that were influenced by the gradient are depth, total organic carbon (TOC), chlorophyll and transparency. The richness, diversity, eco-exergy index and specific eco-exergy of the phytoplankton community did not respond to the precipitation gradient. However, for the benthic macroinvertebrate community, all indexes tested showed a pattern of reduction with increasing precipitation. We found that the spatial variation of precipitation acted as an energetic and taxonomic driver only for the benthic macroinvertebrate community.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGECMolozzi, Joselinehttp://lattes.cnpq.br/4277209620755163Barbosa, José Etham de LucenaORCID: http://orcid.org/0000-0002-4951-1763http://lattes.cnpq.br/0287280830465959Faria, Marcos Callisto dehttp://lattes.cnpq.br/4097793138747810Álvaro, Érica Luana Ferreira2021-11-23T14:10:34Z2999-12-312021-03-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfÁLVARO, Érica Luana Ferreira. A eco-exergia de macroinvertebrados e fitoplâncton em resposta ao gradiente espacial de precipitação no semiárido. 2021. 64 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC) - Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande, Paraíba.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3843porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2021-11-23T14:15:41Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2021-11-23T14:15:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false
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