Desenvolvimento de micropartícula contendo extrato de Spondias mombin L. (Anacardiaceae) e avaliação de atividade gastroprotetora

• Autor(a) principal: Silva, Luana Maria de Queiroz
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4878
• topic: Fitoterápicos; Cajazeira; Plantas naturais; CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA; FARMACIA::FARMACOGNOSIA; FARMACOLOGIA::TOXICOLOGIA

A úlcera gástrica é considerada a doença gastrointestinal mais predominante, podendo ocorrer em cerca de 10% da população mundial. O tratamento comumente utilizado vem apresentando muitos efeitos adversos. Esses fatores vêm estimulando a pesquisa com plantas medicinais como uma alternativa para novos medicamentos eficazes e com menos efeitos adversos. Considerando a gama de substâncias bioativas encontradas nas plantas, a Spondias Mombin L., uma espécie nativa do Brasil, encontrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste, apresenta atividades farmacológicas já elucidadas como antiinflamatória, analgésica, antioxidante e antiulcerogênica. Para garantir os efeitos das substâncias bioativas das plantas medicinais, as micropartículas são utilizadas de forma a encapsular os compostos bioativos, mantendo sua atividade farmacológica e melhorando sua absorção no organismo. Com isso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a droga vegetal obtida das folhas de Spondias mombin e avaliar a atividade gastroprotetora do extrato incorporado na forma de micropartícula, bem como seu potencial toxicológico em doses repetidas. Foi realizada a caracterização do material vegetal de acordo com a Farmacopeia Brasileira (2010). A partir da caracterização, foi obtido o extrato hidroalcóolico, em seguida, o extrato foi encapsulado na forma de micropartícula utilizando a quitosana como biopolímero carreador. A atividade gastroprotetora do extrato e da micropartícula foi avaliada pelo modelo de ulcera induzida por etanol. No estudo da toxicidade em doses repetidas por 28 dias, os animais receberam diariamente o extrato nas doses de 250mg.kg-1 e 500 mg.kg-1. A partir dos testes realizados, os parâmetros de densidade aparente e compactada, intumescência, pH, dessecação, teor de cinzas e cinzas insolúveis em ácido avaliados no controle de qualidade da droga vegetal de Spondias mombin encontram-se de acordo com os limites estabelecidos pela Farmacopeia Brasileira com isso, a droga vegetal do presente estudo apresenta viabilidade para produção de extrato e posterior desenvolvimento da formulação farmacêutica. O extrato apresentou um rendimento de 27,10%. A micropartícula obtida apresentou um rendimento de 54,11%. Utilizando o modelo de úlcera induzida por etanol, foi verificado que em relação ao controle negativo, o extrato na dose de 500 mg.kg-1 e a micropartícula também na mesma dose, apresentaram atividade de inibição de úlcera de 65,52% e 51,73 %, respectivamente. Em relação ao estudo da toxicidade em doses repetidas por 28 dias, não houve alterações significativa do peso dos animais, bem como animais não tiveram alterações significativas no peso, os órgãos não apresentaram alterações macroscópicas nem em seu peso, também não foram encontradas alterações bioquímicas e hematológicas. Dessa forma, foi comprovado a segurança do uso do extrato em doses repetidas, bem como sua atividade gastroprotetora, mantendo também seu potencial farmacológico na forma de micropartícula, o qual apresentou um perfil de liberação controlada para veiculação do extrato.