Influência de fatores biogeográficos e variáveis bioclimáticas na composição, diversidade e estrutura filogenétia em brejos de altitude

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Brenna Hortins de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4319
Resumo: Entender como e quais fatores ambientais influenciam na montagem e estrutura das comunidades vegetais é um dos grandes desafios da ecologia. E para um melhor entendimento, fatores históricos também precisam ser levados em consideração. A ecofilogenética apareceu como uma ferramenta útil para que seja possível caracterizar melhor as comunidades em relação a suas respectivas histórias evolutivas. É possível abordar a relação entre fatores ambientais e história evolutiva a partir da quantificação da estrutura filogenética nas comunidades de plantas. A partir disso, verificamos se a distância do litoral, o tamanho de área e variáveis bioclimáticas influenciam na diversidade e estrutura filogenética das comunidades de plantas dos Brejos de Altitude localizados na região nordeste do Brasil. Esperamos que: 1) áreas maiores e mais próximas do litoral tenham uma maior riqueza e diversidade filogenética do que áreas menores e mais interioranas; 2) áreas com maiores taxas de precipitações e menores temperaturas tenham uma maior diversidade filogenética. Este estudo compreende um total de 29 áreas de Brejos de Altitude distribuídas nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As áreas apresentam altitude mínima de 600m e precipitação média anual mínima de 814 mm. A estrutura filogenética e montagem das comunidades foram quantificadas a partir da riqueza, PD (diversidade filogenética de Faith), ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) e ses.MNTD (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD). A Análise de Modelos Generalizados foi realizada para a relação da riqueza, PD, ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) e ses.MNTD Próximos (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD) com a distância das áreas ao litoral, tamanho da área e variáveis bioclimáticas (Temperatura Média Anual, Faixa Diurna Média, Isotermalidade, Sazonalidade de temperatura, temperatura máxima do mês mais quente, temperatura mínima do mês mais frio, Faixa Anual de Temperatura, temperatura média do trimestre mais chuvoso, temperatura média do trimestre mais seco, temperatura média do trimestre mais quente, temperatura média do trimestre mais frio, Precipitação Anual, Precipitação do mês mais chuvoso, Precipitação do mês mais seco, Sazonalidade de precipitação, Precipitação do trimestre mais úmido, Precipitação do quarto mais seco, Precipitação do trimestre mais quente e Precipitação do trimestre mais frio). Os resultados mostram que processos históricos e fatores ambientais têm influência na estrutura, composição e diversidade filogenética das áreas de Brejos de Altitude brasileiras. A riqueza de espécies e PD têm relação significativa positiva com variáveis bioclimáticas como precipitação do trimestre mais quente, precipitação do trimestre mais frio, e negativa com a distância do oceano. O ses.MPD tem relação significativa negativa com sazonalidade da temperatura e positiva com precipitação no mês mais úmido, e o tamanho da área. O ses.MNTD tem relação significativa negativa com a isotermalidade, e positiva com a faixa diurna média e precipitação anual. Estes resultados podem servir de base para levantar discussões importantes sobre o futuro da biodiversidade destas áreas frente as mudanças climáticas e sobre a conservação.
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A partir disso, verificamos se a distância do litoral, o tamanho de área e variáveis bioclimáticas influenciam na diversidade e estrutura filogenética das comunidades de plantas dos Brejos de Altitude localizados na região nordeste do Brasil. Esperamos que: 1) áreas maiores e mais próximas do litoral tenham uma maior riqueza e diversidade filogenética do que áreas menores e mais interioranas; 2) áreas com maiores taxas de precipitações e menores temperaturas tenham uma maior diversidade filogenética. Este estudo compreende um total de 29 áreas de Brejos de Altitude distribuídas nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As áreas apresentam altitude mínima de 600m e precipitação média anual mínima de 814 mm. A estrutura filogenética e montagem das comunidades foram quantificadas a partir da riqueza, PD (diversidade filogenética de Faith), ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) e ses.MNTD (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD). A Análise de Modelos Generalizados foi realizada para a relação da riqueza, PD, ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) e ses.MNTD Próximos (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD) com a distância das áreas ao litoral, tamanho da área e variáveis bioclimáticas (Temperatura Média Anual, Faixa Diurna Média, Isotermalidade, Sazonalidade de temperatura, temperatura máxima do mês mais quente, temperatura mínima do mês mais frio, Faixa Anual de Temperatura, temperatura média do trimestre mais chuvoso, temperatura média do trimestre mais seco, temperatura média do trimestre mais quente, temperatura média do trimestre mais frio, Precipitação Anual, Precipitação do mês mais chuvoso, Precipitação do mês mais seco, Sazonalidade de precipitação, Precipitação do trimestre mais úmido, Precipitação do quarto mais seco, Precipitação do trimestre mais quente e Precipitação do trimestre mais frio). Os resultados mostram que processos históricos e fatores ambientais têm influência na estrutura, composição e diversidade filogenética das áreas de Brejos de Altitude brasileiras. A riqueza de espécies e PD têm relação significativa positiva com variáveis bioclimáticas como precipitação do trimestre mais quente, precipitação do trimestre mais frio, e negativa com a distância do oceano. O ses.MPD tem relação significativa negativa com sazonalidade da temperatura e positiva com precipitação no mês mais úmido, e o tamanho da área. O ses.MNTD tem relação significativa negativa com a isotermalidade, e positiva com a faixa diurna média e precipitação anual. Estes resultados podem servir de base para levantar discussões importantes sobre o futuro da biodiversidade destas áreas frente as mudanças climáticas e sobre a conservação.Understanding how and which environmental factors influence the mounting and structure of plant communities is one of the enormous challenges of ecology. And for better perception, historical aspects also need to be taken into account. Ecophylogenetics has emerged as a helpful tool to characterize better communities about their evolutionary histories. It is possible to approach the relationship between environmental factors and evolutionary history from the appraisal of the phylogenetic structure in plant communities. From this, we verified whether the distance from the coast, area size, and bioclimatic variables influence the diversity and phylogenetic structure of plant communities in the Altitude Marshes located in the northeast region of Brazil. We expect that: 1) larger areas closer to the coast will have a higher richness and phylogenetic diversity than smaller and more inland areas; 2) areas with higher precipitation rates and lower temperatures have greater phylogenetic diversity. This research comprises a budget of 9 areas of Altitude Marshes distributed in the states of Ceará, Paraíba, Pernambuco, and Alagoas. The areas have an altitude of 600m and an annual average minimum of 814 mm. The phylogenetic structure and mounting of communities were quantified from the richness, PD (Phylogenetic Diversity of Faith), ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) and ses.MNTD (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD). The Generalized Model Analysis was performed for the relationship of richness, PD, ses.MPD (Mean Pairwise Distance – MPD) and ses.MNTD Near (Mean Pairwise Taxon Distance – MNTD) with the distance of the areas to the coast, area size, and bioclimatic variables (Annual Mean Temperature, Mean Diurnal Range, Isothermal, Temperature Seasonality, the maximum temperature of the hottest month, minimum temperature of the coldest month, Annual Temperature Range, the average temperature of the wettest quarter, the average temperature of the warmest quarter, the average temperature of the coldest quarter, Annual Precipitation, Rainfall of the wettest month, Rainfall of the driest month, Precipitation seasonality, Precipitation of the wettest quarter, Rainfall of the driest quarter, Warmer Quarter Precipitation and Coldest Quarter Precipitation). The results show that historical processes and environmental factors influence the structure, composition, and phylogenetic diversity of Brazilian Altitude Marshes areas. Species richness and PD have a significant positive relationship with bioclimatic variables such as precipitation in the warmest quarter, precipitation in the coldest quarter, and a negative rapport with distance from the ocean. The ses.MPD has a significant negative rapport with temperature seasonality and a positive relationship with precipitation in the wettest month, and the size of the area. The ses.MNTD has a significant negative relationship with isothermality, and a positive relationship with the mean diurnal range and annual precipitation. These results can serve as a basis for raising important discussions on the future of the biodiversity of these areas in the face of climate change and on conservation.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGECLopes, Sérgio de Faria04595417659http://lattes.cnpq.br/7106113858621739Souza, José João Lelis de08070917660http://lattes.cnpq.br/4029385395680758Ferreira, Paulo Sérgio Monteiro09695809405http://lattes.cnpq.br/4024572354364629Oliveira, Brenna Hortins de2022-04-11T11:42:13Z2999-12-312022-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Brenna Hortins de. Influência de fatores biogeográficos e variáveis bioclimáticas na composição, diversidade e estrutura filogenétia em brejos de altitude. 2022. 30f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4319porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2022-04-11T11:42:56Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/4319Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2022-04-11T11:42:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false
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