Comunidade de moluscos associados a macroalgas em ambientes recifais: Uma abordagem funcional

• Autor(a) principal: Barros, Graciele de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3168
• topic: Complexidade de habitat; Malacofauna; Moluscos; Habitat complexity; Malacofauna; CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA

A complexidade de habitat é um fator estruturador da comunidade de moluscos associados a ambientes fitais, pois cada espécie de macroalga oferta um tipo de habitat estruturalmente diferente. Neste estudo, nós avaliamos se a complexidade estrutural de três espécies de macroalgas influencia a diversidade e riqueza funcional da malacofauna associada e quais características morfológicas algais influenciam os traços funcionais da comunidade de moluscos. Macroalgas com complexidade estrutural maior, como Bryothamnion triquetrum e Sargassum polyceratium, abrigaram maior abundância de indivíduos e maior diversidade e riqueza funcional em relação à macroalga Padina gymnospora, de complexidade estrutural menor. Atributos morfológicos das macroalgas relacionaram-se à composição de traços funcionais da comunidade de moluscos. A maior altura algal favoreceu a existência de espécies com fecundidade alta, desova liberada na água e hábito alimentar detrítivoro. A largura algal relacionou-se a espécies com fecundidade média e desenvolvimento larval planctotrófico. O peso úmido e a complexidade do habitat relacionaram-se com a presença de espécies de tamanho pequeno e tempo de vida médio. A largura do talo no nível 1 e o grau de ramificação favoreceram a presença de espécies com desenvolvimento larval direto e hábito alimentar carnívoro. A largura do talo no nível 2 e 3 estiveram relacionados a espécies de tempo de vida curto e tamanho médio. Esses resultados sugerem que macroalgas ofertam a moluscos marinhos do fital diferentes possibilidades de substratos, permitindo que indivíduos funcionalmente diversos possam habitar seus bancos. Além disso, tornam os ambientes recifais mais heterogêneos, aumentando as oportunidades de colonização e microhabitats pra diferentes organismos que vivem e dependem do sistema algal.