Relação da Síndrome Metabólica com marcadores de risco cardiovascular em adolescentes: Escore Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth e proteína C-Reativa Ultrassensível

• Autor(a) principal: Rocha, Emília Sampaio
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3183
• topic: Obesidade; Doenças cardiovasculares; Adolescentes; Obesity; Adolescents; Cardiovascular diseases; SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA

Introdução: a concomitância de distúrbios metabólicos e hemodinâmicos, como hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS), obesidade abdominal e dislipidemia, compõe a chamada síndrome metabólica (SM). Em crianças e adolescentes, a SM é um tema controverso e ainda inconclusivo, não sendo necessariamente resultado inevitável de uma sociedade moderna, mas um mal que pode ser prevenido. Neste sentido, é essencial o estudo dos fatores de risco cardiometabólicos, para que possam ser modificados, evitando o desenvolvimento de doenças futuras. Objetivo: realizar uma descrição da amostra estudada, segundo o sexo, com relação às características sociodemográficas, antropométricas, clínicas e bioquímicas; além de verificar a relação existente entre a síndrome metabólica e os marcadores de risco cardiovascular em adolescentes através do escore Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth e da proteína C-reativa ultrassensível e identificar, dentre os dois marcadores, aquele que melhor prediz a síndrome metabólica. Métodos: estudo transversal, realizado com 554 adolescentes (15-19 anos) de escolas públicas do ensino médio do município de Campina Grande, Paraíba. A coleta de dados foi de setembro de 2012 a junho de 2013, a partir da aplicação de formulário para obtenção dos dados sociodemográficos e de estilo de vida (tabagismo); antropometria (peso, estatura e circunferência abdominal); aferição da pressão arterial; coleta sanguínea (glicemia de jejum, hemoglobina glicadaHBA1c, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, não HDL-colesterol e triglicerídeos). Os dados foram duplamente digitados e submetidos à validação no subprograma Validate do Epi Info 5.4.3. As análises foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 22) e os testes de sensibilidade (S); especificidade (E); acurácia (A); valores preditivos positivo e negativo (VPP) (VPN); e razões de verossimilhança positiva e negativa (RV+) (RV-) foram calculados. Resultados: a idade média foi de 16,8 (±1,0) anos, com maior percentual do sexo feminino (66,4%). Verificou-se baixo índice de tabagistas (2,0%). Ser do sexo masculino mostrou risco para alterações da pressão arterial (PA), do HDL-c e de desenvolver síndrome metabólica. Constatou-se relação estatisticamente significante p< (0,01) em PA com IC95% [2,379-4,169], HDL-c [2,013-4,169], PDAY [5,122-11,337] e SM [1,536-11,271]. Registrou-se associação do risco cardiovascular com a SM, tanto pelo escore PDAY quanto pela PCR-u, sendo que o primeiro apresentou melhor sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo e acurácia para identificação da SM. Conclusão: Síndrome metabólica e risco cardiovascular estão associados e o PDAY mostrou ser melhor biomarcador da síndrome metabólica do que a proteína C-reativa ultrassensível.