Caracterização química e potencial antimicrobiano do mel de abelha do semiárido paraibano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4972 |
Resumo: | O mel tem sido eficaz no tratamento de uma variedade de lesões, que vão desde queimaduras até feridas persistentes que não cicatrizam. Ele exerce função como um agente antibacteriano e antibiofilme, possuindo propriedades tanto anti-inflamatórias quanto pró-inflamatórias, além de oferecer benefícios para a saúde respiratória, ajudando a combater infecções respiratórias e bacterianas. A resistência microbiana tem sido um grande desafio na saúde pública global e uma grave ameaça contra a saúde humana no século 21, e pela necessidade cada vez maior de combater infecções causadas por microrganismos resistentes aos antimicrobianos existentes, os estudiosos têm buscado opções terapêuticas de origem natural, com efeitos medicinais, a fim de aplicar essas substâncias como forma alternativa à terapêutica medicamentosa convencional. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente e avaliar o potencial biológico do mel de abelhas sem ferrão, produzido no semiárido paraibano em diferentes épocas. Os méis da abelha Apis mellifera foram adquiridos diretamente de meliponicultores do semiárido paraibano, predominantemente das floradas de aroeira e marmeleiro, coletados no período seco e chuvoso. A caracterização dos méis foi realizada pelas análises do pH, viscosidade, grau de Brix e densidade. O teor de fenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu. Os testes antioxidantes foram realizados utilizando o método DPPH (2,2 difenil-1-picril hidrazil). O perfil térmico dos méis foi determinado por meio de técnicas Termogravimétricas (TG) e Análise Térmica Diferencial (DTA). A impressão digital (fingerprint) dos meis de abelhas foi obtida utilizando a cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE). O potencial antibacteriano dos méis de abelha do semiárido paraibano, foi determinado pelos ensaios de difusão em ágar, e pela concentração inibitória mínima/concentração bactericida mínima (CIM/CBM), por microdiluição em placas de 96 poços, contra as cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), que estão frequentemente relacionadas a infecções de feridas, queimaduras e doenças respiratórias. Os três microrganismos testados, apresentaram sensibilidade aos méis de Apis mellífera, com concentrações inibitórias mínimas que variaram de 6,25% a 14,58% contra o Staphylococcus aureus, e de 6,25% a 20,83% contra a Pseudomonas aeruginosa, enquanto que para a Escherichia coli, não houve variação, com a concentração inibitória mínima de 25%, para os quatro méis testados. Dentre os quatro méis de Apis mellifera analisados, o mel C (Marmeleiro, chuvoso) obteve a melhor atividade antibacteriana demonstrada contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, e resultado semelhante aos demais contra Escherichia coli. Os méis do semiárido paraibano estudados, demonstraram potencial antibacteriano, e com estudos mais aprofundados, podem ser considerados como opção de ingrediente ativo farmacêutico, no tratamento de infecções bacterianas. |
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Caracterização química e potencial antimicrobiano do mel de abelha do semiárido paraibanoApis melíferamelatividade antimicrobianaCIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIAO mel tem sido eficaz no tratamento de uma variedade de lesões, que vão desde queimaduras até feridas persistentes que não cicatrizam. Ele exerce função como um agente antibacteriano e antibiofilme, possuindo propriedades tanto anti-inflamatórias quanto pró-inflamatórias, além de oferecer benefícios para a saúde respiratória, ajudando a combater infecções respiratórias e bacterianas. A resistência microbiana tem sido um grande desafio na saúde pública global e uma grave ameaça contra a saúde humana no século 21, e pela necessidade cada vez maior de combater infecções causadas por microrganismos resistentes aos antimicrobianos existentes, os estudiosos têm buscado opções terapêuticas de origem natural, com efeitos medicinais, a fim de aplicar essas substâncias como forma alternativa à terapêutica medicamentosa convencional. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente e avaliar o potencial biológico do mel de abelhas sem ferrão, produzido no semiárido paraibano em diferentes épocas. Os méis da abelha Apis mellifera foram adquiridos diretamente de meliponicultores do semiárido paraibano, predominantemente das floradas de aroeira e marmeleiro, coletados no período seco e chuvoso. A caracterização dos méis foi realizada pelas análises do pH, viscosidade, grau de Brix e densidade. O teor de fenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu. Os testes antioxidantes foram realizados utilizando o método DPPH (2,2 difenil-1-picril hidrazil). O perfil térmico dos méis foi determinado por meio de técnicas Termogravimétricas (TG) e Análise Térmica Diferencial (DTA). A impressão digital (fingerprint) dos meis de abelhas foi obtida utilizando a cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE). O potencial antibacteriano dos méis de abelha do semiárido paraibano, foi determinado pelos ensaios de difusão em ágar, e pela concentração inibitória mínima/concentração bactericida mínima (CIM/CBM), por microdiluição em placas de 96 poços, contra as cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), que estão frequentemente relacionadas a infecções de feridas, queimaduras e doenças respiratórias. Os três microrganismos testados, apresentaram sensibilidade aos méis de Apis mellífera, com concentrações inibitórias mínimas que variaram de 6,25% a 14,58% contra o Staphylococcus aureus, e de 6,25% a 20,83% contra a Pseudomonas aeruginosa, enquanto que para a Escherichia coli, não houve variação, com a concentração inibitória mínima de 25%, para os quatro méis testados. Dentre os quatro méis de Apis mellifera analisados, o mel C (Marmeleiro, chuvoso) obteve a melhor atividade antibacteriana demonstrada contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, e resultado semelhante aos demais contra Escherichia coli. Os méis do semiárido paraibano estudados, demonstraram potencial antibacteriano, e com estudos mais aprofundados, podem ser considerados como opção de ingrediente ativo farmacêutico, no tratamento de infecções bacterianas.Honey has been effective in treating a variety of injuries, ranging from burns to persistent wounds that do not heal. It functions as an antibacterial and antibiofilm agent, possessing both anti-inflammatory and pro-inflammatory properties, as well as offering respiratory health benefits by helping to combat asthmatic and bacterial infections. Microbial resistance has been a major challenge in global public health and a serious threat to human health in the 21st century. Due to the increasing need to combat infections caused by microorganisms resistant to existing antimicrobials, scholars have been exploring therapeutic options of natural origin with medicinal effects to apply these substances as an alternative to conventional drug therapy. The aim of this study was to chemically characterize and evaluate the biological potential of stingless bee honey produced in the semi-arid region of Paraíba at different times. Honey from the Apis mellifera bee was acquired directly from meliponiculturists in the semi-arid region of Paraíba, predominantly from flowering periods of Brazilian peppertree and quince, collected during the dry and rainy seasons. The characterization of honey was performed by analyzing pH, viscosity, Brix degree, and density. The total phenol content was determined by the Folin-Ciocalteu method. Antioxidant tests were performed using the DPPH method (2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl). The thermal profile of honey was determined through Thermogravimetric (TG) and Differential Thermal Analysis (DTA) techniques. The fingerprint of bee honeys was obtained using high-performance liquid chromatography (HPLC). The antibacterial potential of semi-arid region bee honeys from Paraiba was determined by agar diffusion assays and minimum inhibitory concentration/minimum bactericidal concentration (MIC/MBC) by microdilution in 96-well plates against strains of Staphylococcus aureus (ATCC 17193), Escherichia coli (ATCC 25922), and Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), which are frequently associated with wound infections, burns, and respiratory diseases. All three tested microorganisms showed sensitivity to Apis mellifera honeys, with minimum inhibitory concentrations ranging from 6.25% to 14.58% against Staphylococcus aureus and from 6.25% to 20.83% against Pseudomonas aeruginosa, while for Escherichia coli, there was no variation, with a minimum inhibitory concentration of 25% for the four tested honeys. Among the four Apis mellifera honeys analyzed, honey C (Quince, rainy) showed the best antibacterial activity demonstrated against Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa, with similar results to the others against Escherichia coli. The studied semi-arid region honeys from Paraíba demonstrated antibacterial potential and with further studies, they could be considered as an option for active pharmaceutical ingredient in the treatment of bacterial infections.Universidade Estadual da ParaíbaCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCFFernandes, Felipe Hugo AlencarRocha, Wilma Raianny Vieira daChaves, Thiago PereiraGuimarães, Niedja Eloi de Sousa2024-05-27T12:40:50Z2999-12-312024-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGUIMARÃES, Niedja Eloi de Sousa. Caracterização química e potencial antimicrobiano do mel de abelha do semiárido paraibano. 2024. 67 f. Dissertação ( Mestrado em Ciências Farmacêuticas ) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4972porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2024-05-27T12:41:06Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/4972Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2024-05-27T12:41:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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O mel tem sido eficaz no tratamento de uma variedade de lesões, que vão desde queimaduras até feridas persistentes que não cicatrizam. Ele exerce função como um agente antibacteriano e antibiofilme, possuindo propriedades tanto anti-inflamatórias quanto pró-inflamatórias, além de oferecer benefícios para a saúde respiratória, ajudando a combater infecções respiratórias e bacterianas. A resistência microbiana tem sido um grande desafio na saúde pública global e uma grave ameaça contra a saúde humana no século 21, e pela necessidade cada vez maior de combater infecções causadas por microrganismos resistentes aos antimicrobianos existentes, os estudiosos têm buscado opções terapêuticas de origem natural, com efeitos medicinais, a fim de aplicar essas substâncias como forma alternativa à terapêutica medicamentosa convencional. O objetivo deste estudo foi caracterizar quimicamente e avaliar o potencial biológico do mel de abelhas sem ferrão, produzido no semiárido paraibano em diferentes épocas. Os méis da abelha Apis mellifera foram adquiridos diretamente de meliponicultores do semiárido paraibano, predominantemente das floradas de aroeira e marmeleiro, coletados no período seco e chuvoso. A caracterização dos méis foi realizada pelas análises do pH, viscosidade, grau de Brix e densidade. O teor de fenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu. Os testes antioxidantes foram realizados utilizando o método DPPH (2,2 difenil-1-picril hidrazil). O perfil térmico dos méis foi determinado por meio de técnicas Termogravimétricas (TG) e Análise Térmica Diferencial (DTA). A impressão digital (fingerprint) dos meis de abelhas foi obtida utilizando a cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE). O potencial antibacteriano dos méis de abelha do semiárido paraibano, foi determinado pelos ensaios de difusão em ágar, e pela concentração inibitória mínima/concentração bactericida mínima (CIM/CBM), por microdiluição em placas de 96 poços, contra as cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), que estão frequentemente relacionadas a infecções de feridas, queimaduras e doenças respiratórias. Os três microrganismos testados, apresentaram sensibilidade aos méis de Apis mellífera, com concentrações inibitórias mínimas que variaram de 6,25% a 14,58% contra o Staphylococcus aureus, e de 6,25% a 20,83% contra a Pseudomonas aeruginosa, enquanto que para a Escherichia coli, não houve variação, com a concentração inibitória mínima de 25%, para os quatro méis testados. Dentre os quatro méis de Apis mellifera analisados, o mel C (Marmeleiro, chuvoso) obteve a melhor atividade antibacteriana demonstrada contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, e resultado semelhante aos demais contra Escherichia coli. Os méis do semiárido paraibano estudados, demonstraram potencial antibacteriano, e com estudos mais aprofundados, podem ser considerados como opção de ingrediente ativo farmacêutico, no tratamento de infecções bacterianas. |
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