Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diniz, Fabrício Correia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2328
Resumo: A composição e estrutura da vegetação arbustiva-arbórea ao longo do gradiente altitudinal são reflexos da heterogeneidade ambiental resultante da interação de diversas variáveis, resultando na formação de arranjos florísticos distintos. Objetivou-se avaliar e compreender a formação e divergência de comunidades arbustivo-arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro de acordo com variáveis abióticas e bióticas. O trabalho foi realizado ao longo de um gradiente altitudinal na Serra da Arara em São João do Cariri/PB. Estabeleceu-se 100 parcelas permanentes distribuídas em quatro transectos de 25 e cada uma com 100 m², formando um continuum no gradiente, distando uma da outra 10 m, dois na vertente nordeste da serra e dois na vertente sudeste, incluindo todas as plantas com altura ≥ 1 metro e DNS (diâmetro ao nível do solo) ≥ 3 cm. Mediu-se semanalmente a pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento em três pontos localizados nas altitudes de (até 500 m), sopé; (até 600m), altitude intermediária; (> 600 metros), topo e em cada parcela foram medidas a altitude, declividade do terreno, profundidade do solo, rochosidade, quantidade de serapilheira e presença de bromélias terrestres. Houve a formação de dois grupos florísticos distintos, um (G1) nas menores altitudes (entre 479 a 563 metros) e o outro (G2) as parcelas de maiores altitudes (entre 564 a 653 metros), com composição e estrutura que diferiram significativamente. A pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento não conseguem explicar a formação dos grupos florísticos. A altitude, presença de Bromeliaceae terrestres e quantidade de serrapilheira constituem as variáveis preditivas que juntamente com a declividade, rochosidade e profundidade do solo influenciam na formação dos grupos formados ao longo do gradiente. Conclui-se que estas variáveis juntamente com as espécies em cada grupo florístico atuam como filtros de habitat, resultando numa heterogeneidade ambiental com formação de microhabitats distintos.
id UEPB_f5ca47d9de3bb76854b2936691a25af2
oai_identifier_str oai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2328
network_acronym_str UEPB
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
repository_id_str
spelling Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiroGradiente de elevaçãoMicrohabitatComunidades vegetaisCaatingaElevation gradientMicro-habitatCIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAA composição e estrutura da vegetação arbustiva-arbórea ao longo do gradiente altitudinal são reflexos da heterogeneidade ambiental resultante da interação de diversas variáveis, resultando na formação de arranjos florísticos distintos. Objetivou-se avaliar e compreender a formação e divergência de comunidades arbustivo-arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro de acordo com variáveis abióticas e bióticas. O trabalho foi realizado ao longo de um gradiente altitudinal na Serra da Arara em São João do Cariri/PB. Estabeleceu-se 100 parcelas permanentes distribuídas em quatro transectos de 25 e cada uma com 100 m², formando um continuum no gradiente, distando uma da outra 10 m, dois na vertente nordeste da serra e dois na vertente sudeste, incluindo todas as plantas com altura ≥ 1 metro e DNS (diâmetro ao nível do solo) ≥ 3 cm. Mediu-se semanalmente a pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento em três pontos localizados nas altitudes de (até 500 m), sopé; (até 600m), altitude intermediária; (> 600 metros), topo e em cada parcela foram medidas a altitude, declividade do terreno, profundidade do solo, rochosidade, quantidade de serapilheira e presença de bromélias terrestres. Houve a formação de dois grupos florísticos distintos, um (G1) nas menores altitudes (entre 479 a 563 metros) e o outro (G2) as parcelas de maiores altitudes (entre 564 a 653 metros), com composição e estrutura que diferiram significativamente. A pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento não conseguem explicar a formação dos grupos florísticos. A altitude, presença de Bromeliaceae terrestres e quantidade de serrapilheira constituem as variáveis preditivas que juntamente com a declividade, rochosidade e profundidade do solo influenciam na formação dos grupos formados ao longo do gradiente. Conclui-se que estas variáveis juntamente com as espécies em cada grupo florístico atuam como filtros de habitat, resultando numa heterogeneidade ambiental com formação de microhabitats distintos.The composition and structure of the shrub and tree vegetation along the altitudinal gradient are reflections of environmental heterogeneity resultant from the interaction of several variables, resulting in the formation of distinct floristic arrangements. Aimed to evaluate and understand the formation and variance of shrub-tree communities along na altitudinal gradient in Brazilian semiarid according to variables abiotic and biotic. The search was accomplished along an altitudinal gradient in Serra da Arara in São João do Cariri/PB. It was established 100 permanent plots distributed in four transects 25 and each with 100 m², forming a continuum in the gradient, distant from one another 10 m, two on the slope northeast of the mountain range and two in the southeast side, including all plants with height ≥ 1 meter and DNS (diameter at ground level) ≥ 3 cm. Measured weekly rainfall, humidity, temperature and winds peed at three locals situated in the altitudes (up to 500 m), foot; (up to 600 m) intermediate altitude; (> 600 m) in the top and each parcel were measured the altitude, ground slope, soil depth, rockiness, amount of burlap and presence of terrestrial bromeliads. There was the formation of two distinct floristic groups, one (G1) at the lower altitudes (between 479 to 563 meters) and other (G2) in the higher altitudes plots (between 564 to 653 meters) with composition and structure that differed significantly. The rainfall, humidity, temperature and winds peed can not explain the formation of floristic groups. The altitude, the presence of Bromeliaceae and amount of burlap are the predictive variables which together with the slope, rockiness and soil depth influence on the formation of groups formed along the gradient. Conclude that these variables jointly with the species in each habitat floristic group act as filters, resulting in na environmental heterogeneity with distinct microhabitats forming.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGECLopes, Sérgio de Faria04595417659http://lattes.cnpq.br/7106113858621739Trovão, Dilma Maria de Brito Melo71449981453http://lattes.cnpq.br/9847281267040916Vale, Vagner Santiago do30978623827http://lattes.cnpq.br/0670558642880762Diniz, Fabrício Correia2016-07-21T20:41:52Z2016-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfDINIZ, F. C. Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro. 2016. 52f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2328porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2016-07-22T04:04:10Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2328Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2016-07-22T04:04:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false
dc.title.none.fl_str_mv Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
title Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
spellingShingle Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
Diniz, Fabrício Correia
Gradiente de elevação
Microhabitat
Comunidades vegetais
Caatinga
Elevation gradient
Micro-habitat
CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
title_short Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
title_full Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
title_fullStr Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
title_full_unstemmed Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
title_sort Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro
author Diniz, Fabrício Correia
author_facet Diniz, Fabrício Correia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Lopes, Sérgio de Faria
04595417659
http://lattes.cnpq.br/7106113858621739
Trovão, Dilma Maria de Brito Melo
71449981453
http://lattes.cnpq.br/9847281267040916
Vale, Vagner Santiago do
30978623827
http://lattes.cnpq.br/0670558642880762
dc.contributor.author.fl_str_mv Diniz, Fabrício Correia
dc.subject.por.fl_str_mv Gradiente de elevação
Microhabitat
Comunidades vegetais
Caatinga
Elevation gradient
Micro-habitat
CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
topic Gradiente de elevação
Microhabitat
Comunidades vegetais
Caatinga
Elevation gradient
Micro-habitat
CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
description A composição e estrutura da vegetação arbustiva-arbórea ao longo do gradiente altitudinal são reflexos da heterogeneidade ambiental resultante da interação de diversas variáveis, resultando na formação de arranjos florísticos distintos. Objetivou-se avaliar e compreender a formação e divergência de comunidades arbustivo-arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro de acordo com variáveis abióticas e bióticas. O trabalho foi realizado ao longo de um gradiente altitudinal na Serra da Arara em São João do Cariri/PB. Estabeleceu-se 100 parcelas permanentes distribuídas em quatro transectos de 25 e cada uma com 100 m², formando um continuum no gradiente, distando uma da outra 10 m, dois na vertente nordeste da serra e dois na vertente sudeste, incluindo todas as plantas com altura ≥ 1 metro e DNS (diâmetro ao nível do solo) ≥ 3 cm. Mediu-se semanalmente a pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento em três pontos localizados nas altitudes de (até 500 m), sopé; (até 600m), altitude intermediária; (> 600 metros), topo e em cada parcela foram medidas a altitude, declividade do terreno, profundidade do solo, rochosidade, quantidade de serapilheira e presença de bromélias terrestres. Houve a formação de dois grupos florísticos distintos, um (G1) nas menores altitudes (entre 479 a 563 metros) e o outro (G2) as parcelas de maiores altitudes (entre 564 a 653 metros), com composição e estrutura que diferiram significativamente. A pluviosidade, umidade, temperatura e velocidade do vento não conseguem explicar a formação dos grupos florísticos. A altitude, presença de Bromeliaceae terrestres e quantidade de serrapilheira constituem as variáveis preditivas que juntamente com a declividade, rochosidade e profundidade do solo influenciam na formação dos grupos formados ao longo do gradiente. Conclui-se que estas variáveis juntamente com as espécies em cada grupo florístico atuam como filtros de habitat, resultando numa heterogeneidade ambiental com formação de microhabitats distintos.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-07-21T20:41:52Z
2016-02-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv DINIZ, F. C. Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro. 2016. 52f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2328
identifier_str_mv DINIZ, F. C. Composição e estrutura de comunidades arbustivo/arbóreas ao longo de um gradiente altitudinal no semiárido brasileiro. 2016. 52f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.
url http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2328
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
instname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
instacron:UEPB
instname_str Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
instacron_str UEPB
institution UEPB
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
repository.mail.fl_str_mv bc@uepb.edu.br||
_version_ 1809458413232455680