Traumas orais e maxilofaciais como marcadores de violência urbana: Padrão de distribuição espacial e perfil de risco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3359 |
Resumo: | Objetivou-se investigar a distribuição espacial e espaço-temporal de traumas orais e maxilofaciais causados por violência urbana, bem como identificar disparidades subjacentes a nível regional através de uma abordagem geoestatística. Tratou-se de um estudo de coorte ecológica histórica de casos de trauma causado por violência urbana usando dados agregados de vítimas atendidas em um serviço médico-forense brasileiro entre janeiro de 2012 e dezembro de 2015. Os padrões longitudinais de mudança observados em cada área geográfica (bairros) foram avaliados usando modelos de mistura finita. A autocorrelação espacial dos eventos foi investigada usando o Indicador de Getis-Ord (Gi*) para identificar clusters espaciais quentes e frios significativos. Com um modelo de regressão espacial, também se verificou quando as variáveis socioeconômicas, a infraestrutura das residências e a infraestrutura da vizinhança estavam associadas com elevadas taxas de incidência. O nível de significância foi fixado em p ≤ 0,05. Os resultados evidenciaram que os eventos não se distribuíram ao acaso no espaço geográfico, estando concentrados em determinados bairros. Diferentes padrões de trajetória longitudinal de incidência dos casos foram observados (p < 0,05). A estatística Gi* identificou clusters significativos de alto risco no Oeste (p < 0,05) e no Sul (p < 0,05) e de baixo risco no Norte (p < 0,05). O modelo de regressão espacial indicou associação significativa entre áreas com condição socioeconômica desfavorável e maior incidência dos eventos (p < 0,05). Áreas com elevada vulnerabilidade socioespacial para violência urbana e traumas orais e maxilofaciais foram identificadas. Os achados destacam a necessidade de melhorar as condições de vida nas áreas urbanas segregadas e desenvolver ações intersetoriais com vistas à melhoria das condições de vida, emprego, segurança pública, suporte social, assistência à saúde e prevenção. |
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Traumas orais e maxilofaciais como marcadores de violência urbana: Padrão de distribuição espacial e perfil de riscoTraumatismos maxilofaciaisViolênciaEpidemiologiaAnálise espacialViolenceSpatial analysisEpidemiologyMaxillofacial InjuriesCIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIAObjetivou-se investigar a distribuição espacial e espaço-temporal de traumas orais e maxilofaciais causados por violência urbana, bem como identificar disparidades subjacentes a nível regional através de uma abordagem geoestatística. Tratou-se de um estudo de coorte ecológica histórica de casos de trauma causado por violência urbana usando dados agregados de vítimas atendidas em um serviço médico-forense brasileiro entre janeiro de 2012 e dezembro de 2015. Os padrões longitudinais de mudança observados em cada área geográfica (bairros) foram avaliados usando modelos de mistura finita. A autocorrelação espacial dos eventos foi investigada usando o Indicador de Getis-Ord (Gi*) para identificar clusters espaciais quentes e frios significativos. Com um modelo de regressão espacial, também se verificou quando as variáveis socioeconômicas, a infraestrutura das residências e a infraestrutura da vizinhança estavam associadas com elevadas taxas de incidência. O nível de significância foi fixado em p ≤ 0,05. Os resultados evidenciaram que os eventos não se distribuíram ao acaso no espaço geográfico, estando concentrados em determinados bairros. Diferentes padrões de trajetória longitudinal de incidência dos casos foram observados (p < 0,05). A estatística Gi* identificou clusters significativos de alto risco no Oeste (p < 0,05) e no Sul (p < 0,05) e de baixo risco no Norte (p < 0,05). O modelo de regressão espacial indicou associação significativa entre áreas com condição socioeconômica desfavorável e maior incidência dos eventos (p < 0,05). Áreas com elevada vulnerabilidade socioespacial para violência urbana e traumas orais e maxilofaciais foram identificadas. Os achados destacam a necessidade de melhorar as condições de vida nas áreas urbanas segregadas e desenvolver ações intersetoriais com vistas à melhoria das condições de vida, emprego, segurança pública, suporte social, assistência à saúde e prevenção.The aim of this study was to investigate the spatial and spatial-temporal distribution of oral and maxillofacial traumas caused by urban violence, as well as to identify underlying disparities at the regional level through a geostatistical approach. This was a historical ecological cohort study of trauma cases caused by urban violence using aggregated data from victims assisted in a Brazilian medical-forensic service between January 2012 and December 2015. The longitudinal patterns of change observed in each geographical area (neighborhoods) were evaluated using finite mixture models. The spatial autocorrelation of events was investigated using the Getis-Ord Indicator (Gi*) to identify significant hot and cold spatial clusters. With a spatial regression model, it was also investigated when socioeconomic variables, residential infrastructure and neighborhood infrastructure were associated with high incidence rates. The level of significance was set at p ≤ 0.05. The results showed that the events were not randomly distributed in the geographic space, being concentrated in certain neighborhoods. Different patterns of longitudinal trajectory of incidence cases were observed (p <0.05). The Gi* statistic identified significant high-risk clusters in the West (p <0.05) and in the South (p <0.05) and low risk in the North (p <0.05). The spatial regression model indicated a significant association between areas with unfavorable socioeconomic conditions and a higher incidence of events (p <0.05). Areas with high socio-spatial vulnerability for urban violence and oral and maxillofacial traumas were identified. The findings highlight the need to improve living conditions in segregated urban areas and develop intersectoral actions aimed at improving living conditions, employment, public safety, social support, health care and prevention.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Odontologia - PPGOCavalcanti, Sergio d'Avila Lins Bezerra46760776453http://lattes.cnpq.br/8178780570352971Freitas, Claudia Helena Soares de Morais45138222449http://lattes.cnpq.br/8905654343063318Figueiredo, Tânia Maria Ribeiro Monteiro de28830270482http://lattes.cnpq.br/4012484326422419Bernardino, Ítalo de Macedo2019-05-13T19:20:59Z2018-05-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBERNARDINO, Í. de M. Traumas orais e maxilofaciais como marcadores de violência urbana: Padrão de distribuição espacial e perfil de risco. 2018. 97f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3359porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2019-05-14T04:23:35Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3359Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2019-05-14T04:23:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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