Impacto da hipomineralização molar incisivo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares de 8 a 14 anos de idade
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4035 |
Resumo: | Introdução: A hipomineralização molar incisivo (HMI) é um padrão particular de hipomineralização que afeta primeiros molares e/ou incisivos permanentes e que tem ganhado importância clínica e científica nos últimos anos. Essa condição geralmente ocasiona sensibilidade dentária e pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Objetivo: Avaliar o impacto da HMI e fatores de confusão (experiência de cárie, má oclusão e outros defeitos de esmalte) na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de escolares de acordo com a percepção dos mesmos e dos seus pais/cuidadores, em um município da região Nordeste do Brasil. Metodologia: O estudo foi do tipo transversal, de base populacional. A amostra foi selecionada de forma probabilística por conglomerados, composta por escolares, de ambos os sexos, de 8 a 14 anos de idade, de escolas públicas de ensino fundamental de Campina Grande-PB. A QVRSB foi mensurada por meio do Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ8-10) e Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ11-14ISF:16) aplicados para as crianças de 8 a 10 anos e 11 a 14 anos, respectivamente, e a versão curta do Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (B-P-CPQ) aplicados para os pais. O diagnóstico da HMI foi realizado de acordo com os critérios da European Academy of Paediatric Dentistry modificados em 2019. A experiencia de cárie dentária (Índice International Caries Detection & Assessment System II - ICDAS II), má oclusão (Dental Aesthetic Index - DAI) e fatores socioeconômicos e demográficos foram avaliados como fatores confundidores para impacto na QVRSB. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, utilizando-se o programa SPSS® (versão 22.0 para Windows, SPSS Inc., Armonk, NY, USA). Realizou-se análise de Cluster para dicotomizar o impacto negativo em maior e menor impacto. Foram realizados testes qui-quadrado e regressão de Poisson com variância robusta para verificar associações entre a QVRSB e as variáveis independentes. Para entrar no modelo final da análise, utilizaram-se todas as variáveis com p≤0,20 na análise bivariada, realizando-se, assim, a análise ajustada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Na amostra de 8 a 10 anos a prevalência de HMI foi de 13,4%, enquanto que entre os indivíduos de 11 a 14 anos foi de 10,8%. A presença de HMI não exerceu impacto na QVRSB de acordo com a autopercepção das crianças, de ambas as faixas etárias. Entretanto, segundo a percepção dos pais/cuidadores, a presença de HMI nos incisivos de crianças de 8 a 10 anos exerceu impacto negativo no domínio bem-estar emocional (RP=1,92; IC95%=1,16-3,19). Com relação aos fatores considerados confundidores, a hipoplasia de esmalte dentário possuiu uma taxa de impacto 51,8% maior no domínio de sintomas orais do B-CPQ8-10 (RP=1,51; IC95%=1,03- 2,23), conforme a autopercepção das crianças de 8 a 10 anos. De acordo com a percepção dos pais/cuidadores dessas crianças a experiência de cárie exerceu impacto negativo na qualidade de vida dos escolares, nos domínios bem estar emocional (RP=4,19; IC95%=1,06-16,49) e no escore total do questionário (RP=3,21; IC95%=1,06-9,71). Na amostra de 11 a 14 anos, a experiência de cárie exerceu influência na QVRSB, possuindo uma taxa de impacto 82,8% maior no domínio de limitação funcional (RP=1,82; IC95%=1,20-2,77) e 59% no escore total do B-CPQ11-14ISF:16 (RP=1,59; IC95%=1,00-2,51), de acordo com a autopercepção dos escolares, e uma taxa de impacto 57,5% maior no domínio sintomas orais (RP=3,57; IC95%=1,71-7,414), 71,1% no bem estar emocional (RP=1,71; IC95%=1,08-2,69) e 67,8 no escore total do B-P-CPQ (RP=1,67; IC95%=1,01-2,76), de acordo com a percepção dos pais/cuidadores. Para este grupo, a má oclusão também influenciou negativamente a QVRSB no domínio bem estar social (RP=1,50; IC95%=1,07-2,10) e no escore total do questionário (RP=1,54; IC95%=1,11-2,15). Conclusão: Segundo a autopercepção das crianças, a HMI não possui impacto em sua QVRSB, independente da faixa etária. Porém, para os pais/cuidadores a presença de HMI nos incisivos apresentou maior impacto negativo no domínio bem-estar emocional da QVRSB. Com relação aos fatores confundidores, na faixa etária de 8 a 10 anos a presença de hipoplasia impactou a autopercepção de QVRSB das crianças e a experiência de cárie exerceu influencia na QBSRB das crianças, sob a percepção dos pais/cuidadores. Já para a faixa etária de 11 a 14 anos, a experiência de cárie e má oclusão foram condições que tiveram impacto significativo na QVRSB da amostra estudada. |
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Impacto da hipomineralização molar incisivo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares de 8 a 14 anos de idadeEpidemiologiaQualidade de vidaHipomineralização dentáriaSaúde bucalEpidemiologyQuality of lifeTooth DemineralizationCIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIAIntrodução: A hipomineralização molar incisivo (HMI) é um padrão particular de hipomineralização que afeta primeiros molares e/ou incisivos permanentes e que tem ganhado importância clínica e científica nos últimos anos. Essa condição geralmente ocasiona sensibilidade dentária e pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Objetivo: Avaliar o impacto da HMI e fatores de confusão (experiência de cárie, má oclusão e outros defeitos de esmalte) na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de escolares de acordo com a percepção dos mesmos e dos seus pais/cuidadores, em um município da região Nordeste do Brasil. Metodologia: O estudo foi do tipo transversal, de base populacional. A amostra foi selecionada de forma probabilística por conglomerados, composta por escolares, de ambos os sexos, de 8 a 14 anos de idade, de escolas públicas de ensino fundamental de Campina Grande-PB. A QVRSB foi mensurada por meio do Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ8-10) e Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ11-14ISF:16) aplicados para as crianças de 8 a 10 anos e 11 a 14 anos, respectivamente, e a versão curta do Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (B-P-CPQ) aplicados para os pais. O diagnóstico da HMI foi realizado de acordo com os critérios da European Academy of Paediatric Dentistry modificados em 2019. A experiencia de cárie dentária (Índice International Caries Detection & Assessment System II - ICDAS II), má oclusão (Dental Aesthetic Index - DAI) e fatores socioeconômicos e demográficos foram avaliados como fatores confundidores para impacto na QVRSB. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, utilizando-se o programa SPSS® (versão 22.0 para Windows, SPSS Inc., Armonk, NY, USA). Realizou-se análise de Cluster para dicotomizar o impacto negativo em maior e menor impacto. Foram realizados testes qui-quadrado e regressão de Poisson com variância robusta para verificar associações entre a QVRSB e as variáveis independentes. Para entrar no modelo final da análise, utilizaram-se todas as variáveis com p≤0,20 na análise bivariada, realizando-se, assim, a análise ajustada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Na amostra de 8 a 10 anos a prevalência de HMI foi de 13,4%, enquanto que entre os indivíduos de 11 a 14 anos foi de 10,8%. A presença de HMI não exerceu impacto na QVRSB de acordo com a autopercepção das crianças, de ambas as faixas etárias. Entretanto, segundo a percepção dos pais/cuidadores, a presença de HMI nos incisivos de crianças de 8 a 10 anos exerceu impacto negativo no domínio bem-estar emocional (RP=1,92; IC95%=1,16-3,19). Com relação aos fatores considerados confundidores, a hipoplasia de esmalte dentário possuiu uma taxa de impacto 51,8% maior no domínio de sintomas orais do B-CPQ8-10 (RP=1,51; IC95%=1,03- 2,23), conforme a autopercepção das crianças de 8 a 10 anos. De acordo com a percepção dos pais/cuidadores dessas crianças a experiência de cárie exerceu impacto negativo na qualidade de vida dos escolares, nos domínios bem estar emocional (RP=4,19; IC95%=1,06-16,49) e no escore total do questionário (RP=3,21; IC95%=1,06-9,71). Na amostra de 11 a 14 anos, a experiência de cárie exerceu influência na QVRSB, possuindo uma taxa de impacto 82,8% maior no domínio de limitação funcional (RP=1,82; IC95%=1,20-2,77) e 59% no escore total do B-CPQ11-14ISF:16 (RP=1,59; IC95%=1,00-2,51), de acordo com a autopercepção dos escolares, e uma taxa de impacto 57,5% maior no domínio sintomas orais (RP=3,57; IC95%=1,71-7,414), 71,1% no bem estar emocional (RP=1,71; IC95%=1,08-2,69) e 67,8 no escore total do B-P-CPQ (RP=1,67; IC95%=1,01-2,76), de acordo com a percepção dos pais/cuidadores. Para este grupo, a má oclusão também influenciou negativamente a QVRSB no domínio bem estar social (RP=1,50; IC95%=1,07-2,10) e no escore total do questionário (RP=1,54; IC95%=1,11-2,15). Conclusão: Segundo a autopercepção das crianças, a HMI não possui impacto em sua QVRSB, independente da faixa etária. Porém, para os pais/cuidadores a presença de HMI nos incisivos apresentou maior impacto negativo no domínio bem-estar emocional da QVRSB. Com relação aos fatores confundidores, na faixa etária de 8 a 10 anos a presença de hipoplasia impactou a autopercepção de QVRSB das crianças e a experiência de cárie exerceu influencia na QBSRB das crianças, sob a percepção dos pais/cuidadores. Já para a faixa etária de 11 a 14 anos, a experiência de cárie e má oclusão foram condições que tiveram impacto significativo na QVRSB da amostra estudada.Introduction: Molar incisor hypomineralization (MIH) is a particular pattern of hypomineralization that affects first permanent molars and/or incisors and has gained clinical and scientific importance in recent years. This condition usually causes tooth sensitivity and can affect the quality of life of affected individuals. Objective: To evaluate the impact of MIH and confounding factors (caries experience, malocclusion and other enamel defects) on oral health-related quality of life (OHRQoL) according to the perception of children and their parents / caregivers in a municipality in the northeastern region of Brazil. Methodology: This was a cross-sectional population-based study. The sample was probabilistic by conglomerates, composed of schoolchildren of both sexes aged 8-14 years from public elementary schools of Campina Grande-PB. OHRQoL was measured using the Child Perceptions Questionnaire (B CPQ8-10) and Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ11-14ISF: 16) applied to children aged 8 to 10 years and 11 to 14 years, respectively, and the short version of the Parental Caregiver Perceptions Questionnaire (BP-CPQ) applied to parents. MIH diagnosis was performed according to the European Academy of Paediatric Dentistry criteria modified in 2019. Experiences of dental caries (International Caries Detection & Assessment System II Index - ICDAS II), malocclusion (Dental Aesthetic Index - DAI) and socioeconomic and demographic factors were evaluated as confounding factors for impact on OHRQoL. Data were analyzed in a descriptive and inferential manner using the SPSS® software (version 22.0 for Windows, SPSS Inc., Armonk, NY, USA). Cluster analysis was carried out to dichotomize the negative impact into greater and lesser impact. Chi-square tests and Poisson regression with robust variance were performed to verify associations between OHRQoL and independent variables. To enter the final model of the analysis, all variables with p≤0.20 were used in the bivariate analysis, thus carrying out the adjusted analysis. The significance level adopted was 5%. Results: In the sample of schoolchildren aged 8-10 years, the prevalence of MIH was 13.4%, whereas among individuals aged 11-14 years, it was 10.8%. The presence of MIH had no impact on OHRQoL according to the self-perception of children of both age groups. However, according to the perception of parents / caregivers, the presence of MIH on the incisors of children aged 8-10 years had negative impact on the emotional well-being domain (PR = 1.92; 95% CI = 1.16-3.19). Regarding factors considered confounding, dental enamel hypoplasia had a 51.8% higher impact rate in the domain of oral symptoms of B CPQ8-10 (PR = 1.51; 95% CI = 1.03-2.23 ), according to the self-perception of children aged 8 to 10 years. According to the perception of the parents / caregivers of these children, the caries experience had a negative impact on the quality of life of the students, in the domains of emotional well-being (PR = 4.19; 95% CI = 1.06-16.49) and in the total questionnaire score (PR = 3.21; 95% CI = 1.06-9.71). In the sample aged 11 to 14 years old, caries experience had an influence on HRQoL, having an 82.8% higher impact rate in the functional limitation domain (PR = 1.82; 95% CI = 1.20-2.77) and 59% in the total B-CPQ11-14ISF score: 16 (PR = 1.59; 95% CI = 1.00-2.51), according to the students' self-perception, and an impact rate of 57.5% higher in the oral symptoms domain (PR = 3.57; 95% CI = 1.71-7.414), 71.1% in emotional well-being (PR = 1.71; 95% CI = 1.08-2.69) and 67 , 8 in the total BP-CPQ score (PR = 1.67; 95% CI = 1.01-2.76), according to the perception of parents / caregivers. For this group, malocclusion also negatively influenced HRQoL in the social welfare domain (PR = 1.50; 95% CI = 1.07-2.10) and in the total questionnaire score (PR = 1.54; 95% CI = 1.11 - 2.15). Conclusion: According to the children's self-perception, MIH has no impact on their OHRQoL, regardless of age group. However, for parents / caregivers the presence of MIH in the incisors had great negative impact on the emotional well-being domain of OHRQoL. With regard to confounding factors, in the age group 8 to 10 years old, the presence of hypoplasia impacted the children's self-perception of HRQoL and the caries experience influenced the children's QBSRB, under the perception of parents / caregivers. For the 11 to 14 year old age group, the experience of caries and malocclusion were conditions that had a significant impact on the HRQoL of the studied sample.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Odontologia - PPGOCavalcanti, Alessandro Leite63093421420Alencar, Catarina Ribeiro Barros de07197474493Faria, Lucianne Cople Maia de00416832776Forte, Franklin Delano Soares76896552468Massoni, Andreza Cristina de Lima Targino00960779485Cavalcanti, Sérgio D’Ávila Lins Bezerra46760776453Fernandes, Liege Helena Freitas2022-01-10T14:21:22Z2020-08-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfFERNANDES, Liege Helena Freitas. Impacto da hipomineralização molar incisivo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares de 8 a 14 anos de idade. 2020. 164f. 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Introdução: A hipomineralização molar incisivo (HMI) é um padrão particular de hipomineralização que afeta primeiros molares e/ou incisivos permanentes e que tem ganhado importância clínica e científica nos últimos anos. Essa condição geralmente ocasiona sensibilidade dentária e pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Objetivo: Avaliar o impacto da HMI e fatores de confusão (experiência de cárie, má oclusão e outros defeitos de esmalte) na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de escolares de acordo com a percepção dos mesmos e dos seus pais/cuidadores, em um município da região Nordeste do Brasil. Metodologia: O estudo foi do tipo transversal, de base populacional. A amostra foi selecionada de forma probabilística por conglomerados, composta por escolares, de ambos os sexos, de 8 a 14 anos de idade, de escolas públicas de ensino fundamental de Campina Grande-PB. A QVRSB foi mensurada por meio do Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ8-10) e Child Perceptions Questionnaire (B-CPQ11-14ISF:16) aplicados para as crianças de 8 a 10 anos e 11 a 14 anos, respectivamente, e a versão curta do Parental-Caregiver Perceptions Questionnaire (B-P-CPQ) aplicados para os pais. O diagnóstico da HMI foi realizado de acordo com os critérios da European Academy of Paediatric Dentistry modificados em 2019. A experiencia de cárie dentária (Índice International Caries Detection & Assessment System II - ICDAS II), má oclusão (Dental Aesthetic Index - DAI) e fatores socioeconômicos e demográficos foram avaliados como fatores confundidores para impacto na QVRSB. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, utilizando-se o programa SPSS® (versão 22.0 para Windows, SPSS Inc., Armonk, NY, USA). Realizou-se análise de Cluster para dicotomizar o impacto negativo em maior e menor impacto. Foram realizados testes qui-quadrado e regressão de Poisson com variância robusta para verificar associações entre a QVRSB e as variáveis independentes. Para entrar no modelo final da análise, utilizaram-se todas as variáveis com p≤0,20 na análise bivariada, realizando-se, assim, a análise ajustada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Na amostra de 8 a 10 anos a prevalência de HMI foi de 13,4%, enquanto que entre os indivíduos de 11 a 14 anos foi de 10,8%. A presença de HMI não exerceu impacto na QVRSB de acordo com a autopercepção das crianças, de ambas as faixas etárias. Entretanto, segundo a percepção dos pais/cuidadores, a presença de HMI nos incisivos de crianças de 8 a 10 anos exerceu impacto negativo no domínio bem-estar emocional (RP=1,92; IC95%=1,16-3,19). Com relação aos fatores considerados confundidores, a hipoplasia de esmalte dentário possuiu uma taxa de impacto 51,8% maior no domínio de sintomas orais do B-CPQ8-10 (RP=1,51; IC95%=1,03- 2,23), conforme a autopercepção das crianças de 8 a 10 anos. De acordo com a percepção dos pais/cuidadores dessas crianças a experiência de cárie exerceu impacto negativo na qualidade de vida dos escolares, nos domínios bem estar emocional (RP=4,19; IC95%=1,06-16,49) e no escore total do questionário (RP=3,21; IC95%=1,06-9,71). Na amostra de 11 a 14 anos, a experiência de cárie exerceu influência na QVRSB, possuindo uma taxa de impacto 82,8% maior no domínio de limitação funcional (RP=1,82; IC95%=1,20-2,77) e 59% no escore total do B-CPQ11-14ISF:16 (RP=1,59; IC95%=1,00-2,51), de acordo com a autopercepção dos escolares, e uma taxa de impacto 57,5% maior no domínio sintomas orais (RP=3,57; IC95%=1,71-7,414), 71,1% no bem estar emocional (RP=1,71; IC95%=1,08-2,69) e 67,8 no escore total do B-P-CPQ (RP=1,67; IC95%=1,01-2,76), de acordo com a percepção dos pais/cuidadores. Para este grupo, a má oclusão também influenciou negativamente a QVRSB no domínio bem estar social (RP=1,50; IC95%=1,07-2,10) e no escore total do questionário (RP=1,54; IC95%=1,11-2,15). Conclusão: Segundo a autopercepção das crianças, a HMI não possui impacto em sua QVRSB, independente da faixa etária. Porém, para os pais/cuidadores a presença de HMI nos incisivos apresentou maior impacto negativo no domínio bem-estar emocional da QVRSB. Com relação aos fatores confundidores, na faixa etária de 8 a 10 anos a presença de hipoplasia impactou a autopercepção de QVRSB das crianças e a experiência de cárie exerceu influencia na QBSRB das crianças, sob a percepção dos pais/cuidadores. Já para a faixa etária de 11 a 14 anos, a experiência de cárie e má oclusão foram condições que tiveram impacto significativo na QVRSB da amostra estudada. |
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