De escrava à empregada doméstica: o fenômeno da (in)visibilidade das mulheres negras. Doi: 10.5212/Rlagg.v.3.i2.155164
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Latino-americana de Geografia e Gênero |
Texto Completo: | https://revistas.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/3257 |
Resumo: | O presente artigo é parte das reflexões que compõe minha pesquisa de doutorado, intitulada: Sob o Manto Azul de Nossa Senhora do Rosário: mulheres e identidade de gênero na congada de Catalão/GO. Para realização da mesma, foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo, com aplicação de entrevistas e questionários, apoiados nos pressupostos da história oral, além de registros fotográficos. O método de pesquisa se apoia na fenomenologia. A discussão sobre a (in) visibilidade da mulher negra foi construída nesta pesquisa, pelo fato de que a congada é uma manifestação cultural de origem étnica negra. O estudo do escravismo no Brasil busca uma abordagem que proponha uma reflexão sobre as atrocidades do cativeiro, o problema da diáspora, a importância do povo negro para economia e cultura no Brasil. Mas, em se tratando da situação específica da mulher negra na história do cativeiro, pouco tem se formulado e, quando se fala, a apelação é para a imagem erotizada da africana. Ainda nos dias atuais, as mulheres negras lutam para libertar-se do cativeiro secular, pois, sofrem com o preconceito devido ao seu sexo e sua etnia. Estão entre as piores taxas de remuneração no mercado de trabalho, povoam as listas do desemprego e do subemprego no Brasil e frequentemente são vítimas de violência física e psicológica. Assim sendo, é possível afirmar que o fenômeno da (in) visibilidade da mulher, além de social e intelectual, também é espacial e étnico, visto que a mulher negra e pobre torna-se ainda mais (in) visível à história e à sociedade que a branca. |
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De escrava à empregada doméstica: o fenômeno da (in)visibilidade das mulheres negras. Doi: 10.5212/Rlagg.v.3.i2.155164Mulheres Negras(In) visibilidade e Espaço. O presente artigo é parte das reflexões que compõe minha pesquisa de doutorado, intitulada: Sob o Manto Azul de Nossa Senhora do Rosário: mulheres e identidade de gênero na congada de Catalão/GO. Para realização da mesma, foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo, com aplicação de entrevistas e questionários, apoiados nos pressupostos da história oral, além de registros fotográficos. O método de pesquisa se apoia na fenomenologia. A discussão sobre a (in) visibilidade da mulher negra foi construída nesta pesquisa, pelo fato de que a congada é uma manifestação cultural de origem étnica negra. O estudo do escravismo no Brasil busca uma abordagem que proponha uma reflexão sobre as atrocidades do cativeiro, o problema da diáspora, a importância do povo negro para economia e cultura no Brasil. Mas, em se tratando da situação específica da mulher negra na história do cativeiro, pouco tem se formulado e, quando se fala, a apelação é para a imagem erotizada da africana. Ainda nos dias atuais, as mulheres negras lutam para libertar-se do cativeiro secular, pois, sofrem com o preconceito devido ao seu sexo e sua etnia. Estão entre as piores taxas de remuneração no mercado de trabalho, povoam as listas do desemprego e do subemprego no Brasil e frequentemente são vítimas de violência física e psicológica. Assim sendo, é possível afirmar que o fenômeno da (in) visibilidade da mulher, além de social e intelectual, também é espacial e étnico, visto que a mulher negra e pobre torna-se ainda mais (in) visível à história e à sociedade que a branca.Revista Latino-Americana de Geografia e Gênero2012-06-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfimage/jpegimage/jpeghttps://revistas.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/3257Revista Latino-Americana de Geografia e Gênero; v. 3 n. 2 (2012); 155-1642177-2886reponame:Revista Latino-americana de Geografia e Gêneroinstname:Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)instacron:UEPGporhttps://revistas.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/3257/pdf_33https://revistas.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/3257/209209211697https://revistas.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/3257/209209211698de Paula, Marise Vicenteinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-27T10:20:50Zoai:uepg.br:article/3257Revistahttps://revistas2.uepg.br/index.php/rlaggPUBhttps://revistas2.uepg.br/index.php/rlagg/oai||joseli.genero@gmail.com2177-28862177-2886opendoar:2012-09-27T10:20:50Revista Latino-americana de Geografia e Gênero - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)false |
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