Caracterização e avaliação da viabilidade do calcinado de xisto retortado como pigmento inorgânico

• Autor(a) principal: Andrade, Rafael Palenske
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
• Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3925
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; xisto; xisto retortado; pigmento inorgânico; cromóforo; shale; retorted shale; inorganic pigment; chromophore

Devido à crescente conscientização ecológica e questões econômicas, busca-se a utilização de matérias primas naturais na produção de pigmentos. Desta maneira, a utilização do calcinado de xisto retortado torna-se um potencial insumo na indústria de pigmentos inorgânicos. A utilização do retortado de xisto como matéria prima neste trabalho remete ao fato de ser um resíduo do processo PETROSIX®, atualmente sem nenhuma utilização comercial atrativa. O objetivo principal desta dissertação foi o de caracterizar e utilizar o calcinado de xisto retortado e o cromóforo extraído de sua constituição na pigmentação de esmaltes cerâmicos e polímeros. Através de análises físico-químicas foi possível concluir que o cromóforo presente no minério em estudo é a hematita. Este cromóforo foi extraído em solução ácida e precipitado em meio alcalino com fator de recuperação de 10,4%. As aplicações do cromóforo extraído em esmaltes cerâmicos apresentaram condições ótimas, quanto à estabilidade da cor e repetibilidade, quando em concentrações de 3% junto a uma frita de baixa temperatura; situação não observada com a aplicação em concentrações de 5%, em fritas de alta temperatura, vidro de para-brisa automotivo e com o calcinado de xisto retortado. No caso da aplicação em polímeros, pode-se concluir a significativa influência da concentração do calcinado de xisto retortado nos corpos de prova pigmentados; estes apresentaram condições apropriadas de dispersão e repetibilidade em concentrações de 3% em massa.