Impacto socioeconômico da cultura da soja nos municípios brasileiros.

• Autor(a) principal: Andrade Neto, Antonio Octaviano de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
• Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3666
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA; Soja; Desenvolvimento econômico; Crescimento econômico; Diferenças em Diferenças com Escore de Propensão; Soybean; Economic Development; Economic Growth; Differences in Differences with Propensity Score

O objetivo do presente estudo foi analisar o impacto do cultivo da soja no nível de desenvolvimento e crescimento econômico dos municípios brasileiros entre os anos censitários de 1991 e 2010, além de avaliar seu impacto nos componentes do desenvolvimento socioeconômico. Para se alcançar os objetivos da pesquisa, foram estimados os modelos de Propensity Score Matching (PSM) e Diferenças em Diferenças com Escore de Propensão (DDM). Os municípios foram classificados por Áreas Mínimas Comparáveis (AMC) a fim de assegurar a visualização de territórios idênticos em cada ano de análise, em virtude da criação de novos municípios entre o período temporal considerado. O uso do pareamento na modelagem tem como objetivo assegurar o suporte comum na avaliação dos efeitos, de forma que é necessário a separação das AMC’s entre dois grupos: o de tratamento, composto pelas AMC’s que não cultivavam soja em 1991 e passaram a produzi-la em 2010 e; o de controle, englobando aquelas que não produziam o grão em nenhum dos anos considerados na pesquisa. Dessa forma, o pareamento por dois vizinhos mais próximos garantiu a homogeneização das características observáveis entre os grupos através do cálculo do escore de propensão pelo PSM. Já a utilização do DDM possibilitou a mitigação dos vieses provenientes da distribuição de características observáveis, da ausência de suporte comum e reduziu o viés de seleção por características não observáveis. Os resultados demonstraram que a produção de soja não apresentou impacto direto sobre o nível de desenvolvimento, apenas com efeitos pontuais sobre a melhoria do nível de IDHM – Educação (efeito positivo) em virtude da garantia de acréscimo de infraestrutura especialmente em novas fronteiras agrícolas e sobre a piora do IDHM - Saúde, devido ao intensivo uso de agrotóxicos no processo produtivo que acaba impactando nos trabalhadores rurais e moradores de localidades próximas. No caso do crescimento econômico, seu efeito foi positivo e estatisticamente significativo, inferindo que “ser produtora de soja” tende, na média, a intensificar o PIB per capita de uma AMC