Identificação de modelos de predição para risco de desenvolvimento de lesão por pressão em unidade de terapia intensiva.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Argenti, Graziela
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3476
Resumo: Com vistas à melhoria do prognóstico de lesão por pressão (LPP) em terapia intensiva, efetuou-se a avaliação da capacidade preditiva da escala de Braden e seus componentes, a identificação de potenciais preditores de desenvolvimento e de potenciais modelos de prognóstico de LPP. O presente estudo tem caráter epidemiológico retrospectivo realizado a partir de prontuários de pacientes internados uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de Ponta Grossa (Paraná) com componente observacional e componente de predição. Foram coletados dados de prontuários arquivados de pacientes que estiveram internados em terapia intensiva em um hospital público no município de Ponta Grossa/PR, Brasil, e que tiveram alta da unidade entre o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018 (n= 764). No total, 582 prontuários atenderam aos critérios de elegibilidade e foram considerados válidos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (52,6%), com idade média de 66,3 anos e com pelo menos uma condição crônica de saúde (51,3% de hipertensos). Duzentos pacientes desenvolveram LPP, correspondendo a uma proporção de incidência de 34,3%. As notas da escala de Braden oscilaram entre 08 e 20 pontos, com média de 12,57 e mediana de 11. Verificou-se que o grupo com as menores notas na escala de Braden teve maior incidência de LPP (180 de 341) do que o grupo de risco baixo (20 de 241). Observando-se a pontuação dos componentes da escala de Braden percebeu-se que alguns como ‘Umidade’ e ‘Nutrição’ apresentaram grande concentração de notas, enquanto outras como ‘Percepção sensorial’ e ‘Atividade’ apresentaram forte correlação entre si. ‘Percepção sensorial’ ainda apresentou correlação mais forte com LPP do que a própria escala de Braden. Braden apresentou capacidade discriminativa moderada com AUC igual a 0,751 e muito similar ao componente 'Percepção sensorial’ que teve AUC de 0,760. Os fatores que emergiram como tendo maior razão de chance para LPP foram ‘Percepção sensorial’, tempo de uso de noradrenalina, tempo de ventilação mecânica, tempo de permanência em UTI e faixa etária. Ao todo, quinze modelos de predição de risco de desenvolvimento de lesão por pressão foram identificados no presente estudo, sendo cinco modelos considerados mais promissores por suas características de robustez ao período de amostragem e consistência apresentada no procedimento de re-amostragem (bootstrapping), satisfazendo critérios que visam eliminar modelos espúrios. Estes modelos de regressão logística com combinações de três variáveis resultaram em modelos com boa capacidade discriminativa com estatística de concordância entre 0,838 e 0,907 e demonstraram-se robustos ao período de amostragem (2017 e 2018 separado e total) e ao procedimento de bootstrapping. Conclui-se que modelos com fatores de risco específicos para UTI são mais assertivos e descrevem melhor a incidência de LPP em UTI.
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Identificação de modelos de predição para risco de desenvolvimento de lesão por pressão em unidade de terapia intensiva. 2021. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2021.http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3476Com vistas à melhoria do prognóstico de lesão por pressão (LPP) em terapia intensiva, efetuou-se a avaliação da capacidade preditiva da escala de Braden e seus componentes, a identificação de potenciais preditores de desenvolvimento e de potenciais modelos de prognóstico de LPP. O presente estudo tem caráter epidemiológico retrospectivo realizado a partir de prontuários de pacientes internados uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de Ponta Grossa (Paraná) com componente observacional e componente de predição. Foram coletados dados de prontuários arquivados de pacientes que estiveram internados em terapia intensiva em um hospital público no município de Ponta Grossa/PR, Brasil, e que tiveram alta da unidade entre o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018 (n= 764). No total, 582 prontuários atenderam aos critérios de elegibilidade e foram considerados válidos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (52,6%), com idade média de 66,3 anos e com pelo menos uma condição crônica de saúde (51,3% de hipertensos). Duzentos pacientes desenvolveram LPP, correspondendo a uma proporção de incidência de 34,3%. As notas da escala de Braden oscilaram entre 08 e 20 pontos, com média de 12,57 e mediana de 11. Verificou-se que o grupo com as menores notas na escala de Braden teve maior incidência de LPP (180 de 341) do que o grupo de risco baixo (20 de 241). Observando-se a pontuação dos componentes da escala de Braden percebeu-se que alguns como ‘Umidade’ e ‘Nutrição’ apresentaram grande concentração de notas, enquanto outras como ‘Percepção sensorial’ e ‘Atividade’ apresentaram forte correlação entre si. ‘Percepção sensorial’ ainda apresentou correlação mais forte com LPP do que a própria escala de Braden. Braden apresentou capacidade discriminativa moderada com AUC igual a 0,751 e muito similar ao componente 'Percepção sensorial’ que teve AUC de 0,760. Os fatores que emergiram como tendo maior razão de chance para LPP foram ‘Percepção sensorial’, tempo de uso de noradrenalina, tempo de ventilação mecânica, tempo de permanência em UTI e faixa etária. Ao todo, quinze modelos de predição de risco de desenvolvimento de lesão por pressão foram identificados no presente estudo, sendo cinco modelos considerados mais promissores por suas características de robustez ao período de amostragem e consistência apresentada no procedimento de re-amostragem (bootstrapping), satisfazendo critérios que visam eliminar modelos espúrios. Estes modelos de regressão logística com combinações de três variáveis resultaram em modelos com boa capacidade discriminativa com estatística de concordância entre 0,838 e 0,907 e demonstraram-se robustos ao período de amostragem (2017 e 2018 separado e total) e ao procedimento de bootstrapping. Conclui-se que modelos com fatores de risco específicos para UTI são mais assertivos e descrevem melhor a incidência de LPP em UTI.With a view to improving the pressure injury prognosis (PI) in intensive care, the assessment of the predictive capacity of the Braden scale and its components was carried out, the identification of potential predictors of development and potential models of prognosis of PI. The present study has a retrospective epidemiological character based on medical records of patients admitted to an Intensive Care Unit (ICU) of a public hospital in Ponta Grossa (Paraná - Brazil) with an observational and a prediction component. Data were collected from archived medical records of patients who were admitted to intensive care in a public hospital in the city of Ponta Grossa / PR, Brazil, and who were discharged from the unit between January 2017 and December 2018 (n = 764) . In total, 582 records met the eligibility criterion and were considered valid. Most patients were female (52.6%), with a mean age of 66.3 years and with at least one chronic condition (51.3% of hypertensive patients). Two hundred patients developed LPP, corresponding to an incidence rate of 34.3%. The scores on the Braden scale ranged between 08 and 20 points, with a mean of 12.57 and a median of 11. It was found that the group with the lowest scores on the Braden scale had a higher incidence of LPP (180 of 341) than the low risk group (20 out of 241). Observing the score of the components of the Braden scale, it was noticed that some as ‘Moisture’ and ‘Nutrition’ had a high concentration of notes, while others like ‘Sensory perception’ and ‘Activity’ showed a strong correlation with each other. ‘Sensory perception’ still showed a stronger correlation with LPP than the Braden scale itself. Braden showed moderate discriminative capacity with AUC equal to 0.751 and very similar to the component 'Sensory perception' which had AUC of 0.760. The factors that emerged as having the highest odds ratio for PI were ‘Sensory perception’, time on norepinephrine use, time on mechanical ventilation, length of stay in the ICU and age group. In all, fifteen models for predicting the risk of developing pressure injuries were identified in the present study, with five models considered more promising due to their robustness characteristics over the sampling period and consistency presented in the resampling procedure (bootstrapping), satisfying criteria that aim to eliminate spurious models. These logistic regression models with combinations of three variables resulted in models with good discriminative capacity with concordance statistics between 0.838 and 0.907 and proved robust to the sampling period (2017 and 2018 separate and total) and to the bootstrapping procedure. It is concluded that models with specific risk factors for ICU are more assertive and better describe the incidence of PI in ICU.Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2021-10-27T19:10:18Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Graziela Argenti.pdf: 3570032 bytes, checksum: 61ee5636879275298760677f96b4611f (MD5)Made available in DSpace on 2021-10-27T19:10:18Z (GMT). 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Modelos de predição
Lesão por pressão
Fatores de risco
Unidades de terapia intensiva
Forecasting
Pressure injury
Risk factors
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description Com vistas à melhoria do prognóstico de lesão por pressão (LPP) em terapia intensiva, efetuou-se a avaliação da capacidade preditiva da escala de Braden e seus componentes, a identificação de potenciais preditores de desenvolvimento e de potenciais modelos de prognóstico de LPP. O presente estudo tem caráter epidemiológico retrospectivo realizado a partir de prontuários de pacientes internados uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de Ponta Grossa (Paraná) com componente observacional e componente de predição. Foram coletados dados de prontuários arquivados de pacientes que estiveram internados em terapia intensiva em um hospital público no município de Ponta Grossa/PR, Brasil, e que tiveram alta da unidade entre o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018 (n= 764). No total, 582 prontuários atenderam aos critérios de elegibilidade e foram considerados válidos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (52,6%), com idade média de 66,3 anos e com pelo menos uma condição crônica de saúde (51,3% de hipertensos). Duzentos pacientes desenvolveram LPP, correspondendo a uma proporção de incidência de 34,3%. As notas da escala de Braden oscilaram entre 08 e 20 pontos, com média de 12,57 e mediana de 11. Verificou-se que o grupo com as menores notas na escala de Braden teve maior incidência de LPP (180 de 341) do que o grupo de risco baixo (20 de 241). Observando-se a pontuação dos componentes da escala de Braden percebeu-se que alguns como ‘Umidade’ e ‘Nutrição’ apresentaram grande concentração de notas, enquanto outras como ‘Percepção sensorial’ e ‘Atividade’ apresentaram forte correlação entre si. ‘Percepção sensorial’ ainda apresentou correlação mais forte com LPP do que a própria escala de Braden. Braden apresentou capacidade discriminativa moderada com AUC igual a 0,751 e muito similar ao componente 'Percepção sensorial’ que teve AUC de 0,760. Os fatores que emergiram como tendo maior razão de chance para LPP foram ‘Percepção sensorial’, tempo de uso de noradrenalina, tempo de ventilação mecânica, tempo de permanência em UTI e faixa etária. Ao todo, quinze modelos de predição de risco de desenvolvimento de lesão por pressão foram identificados no presente estudo, sendo cinco modelos considerados mais promissores por suas características de robustez ao período de amostragem e consistência apresentada no procedimento de re-amostragem (bootstrapping), satisfazendo critérios que visam eliminar modelos espúrios. Estes modelos de regressão logística com combinações de três variáveis resultaram em modelos com boa capacidade discriminativa com estatística de concordância entre 0,838 e 0,907 e demonstraram-se robustos ao período de amostragem (2017 e 2018 separado e total) e ao procedimento de bootstrapping. Conclui-se que modelos com fatores de risco específicos para UTI são mais assertivos e descrevem melhor a incidência de LPP em UTI.
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