Monitoramento da pressão intracraniana para endoscopia digestiva alta: efeitos do Propofol e do Midazolam

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Drewnowski, Bianca
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3260
Resumo: A endoscopia digestiva alta é um exame indispensável na prática médica, permitindo o diagnóstico e acompanhamento de diversas patologias do trato gastrointestinal, esse exame é rápido e seguro, mas, pode causar um grau de desconforto do paciente, e para a comodidade deste e do endoscopista, é frequente o uso da sedação moderada. Diversos fármacos podem ser utilizados para que se atinja esse nível de sedação, sendo o propofol e o midazolam escolha frequente. Ambos os fármacos atuam no sistema nervoso central, entretanto, a sua ação na pressão intracraniana não foi muito explorada, especialmente devido ao caráter invasivo do monitoramento considerado como padrão ouro na prática médica. Contudo, técnicas de monitoramento não invasivo da pressão intracraniana já existem, como a usada neste trabalho e desenvolvida pela empresa Brain4care®. Esta técnica consiste no uso de um sensor strain gauge, que em contato com o couro cabeludo consegue detectar as ondas da pressão intracraniana que geram pequenas deformações ósseas. Esse sistema gera relatórios informando a razão P2/P1, e time to peak (TTP), parâmetros associados à condição da pressão intracraniana. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a pressão intracraniana durante a endoscopia digestiva alta e comparar o uso do propofol e midazolam em relação a esse parâmetro. Para isso, os indivíduos da pesquisa foram divididos em dois grupos conforme critérios médicos: propofol e midazolam. Ambos os grupos tiveram a pressão arterial aferida antes e após a realização da endoscopia, o monitoramento da pressão intracraniana ocorreu durante e após o exame. Os dados obtidos foram analisados por meio do software SPSS versão 21®, e os gráficos gerados a partir do Graphpad Prism 7.0®. Não houve diferença significativa entre a idade e o gênero entre os grupos. Na comparação entre o uso do propofol e do midazolam em relação a razão P2/P1, TTP, pressão sistólica e diastólica, não houve diferença significativa. Na comparação entre o mesmo grupo, em relação aos diferentes momentos de aferição e monitoramento, houve diferença significativa para o grupo propofol nos quatro parâmetros analisados, e para o midazolam somente em relação a pressão sistólica.Foi realizada a distribuição percentual entre os indivíduos (independente do grupo), com alterações na pressão arterial e pressão intracraniana, em relação aos dois momentos de abordagem. A pressão sistólica foi significativamente maior antes da realização do exame, a comparação da relação P2/P1 não foi significativa. O diagnóstico clínico e a região dos achados no exame foram associados a pressão arterial e a pressão intracraniana, mas não houveram resultados significativos. Conclui-se que não existem diferenças significativas entre os dois grupos, mas o propofol causa alterações significativas na razão P2/P1, no TTP, pressão sistólica e diastólica após a endoscopia, enquanto o midazolam altera significativamente somente a pressão sistólica após a realização da endoscopia digestiva alta.
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Diversos fármacos podem ser utilizados para que se atinja esse nível de sedação, sendo o propofol e o midazolam escolha frequente. Ambos os fármacos atuam no sistema nervoso central, entretanto, a sua ação na pressão intracraniana não foi muito explorada, especialmente devido ao caráter invasivo do monitoramento considerado como padrão ouro na prática médica. Contudo, técnicas de monitoramento não invasivo da pressão intracraniana já existem, como a usada neste trabalho e desenvolvida pela empresa Brain4care®. Esta técnica consiste no uso de um sensor strain gauge, que em contato com o couro cabeludo consegue detectar as ondas da pressão intracraniana que geram pequenas deformações ósseas. Esse sistema gera relatórios informando a razão P2/P1, e time to peak (TTP), parâmetros associados à condição da pressão intracraniana. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a pressão intracraniana durante a endoscopia digestiva alta e comparar o uso do propofol e midazolam em relação a esse parâmetro. Para isso, os indivíduos da pesquisa foram divididos em dois grupos conforme critérios médicos: propofol e midazolam. Ambos os grupos tiveram a pressão arterial aferida antes e após a realização da endoscopia, o monitoramento da pressão intracraniana ocorreu durante e após o exame. Os dados obtidos foram analisados por meio do software SPSS versão 21®, e os gráficos gerados a partir do Graphpad Prism 7.0®. Não houve diferença significativa entre a idade e o gênero entre os grupos. Na comparação entre o uso do propofol e do midazolam em relação a razão P2/P1, TTP, pressão sistólica e diastólica, não houve diferença significativa. 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Conclui-se que não existem diferenças significativas entre os dois grupos, mas o propofol causa alterações significativas na razão P2/P1, no TTP, pressão sistólica e diastólica após a endoscopia, enquanto o midazolam altera significativamente somente a pressão sistólica após a realização da endoscopia digestiva alta.Upper digestive endoscopy is an indispensable examination in medical practice, allowing the diagnosis and monitoring of various pathologies of the gastrointestinal tract, this examination is fast and safe, but it can cause a degree of discomfort for the patient, and for the convenience of this and the endoscopist, the use of moderate sedation is frequent. Several drugs can be used to achieve this level of sedation, with propofol and midazolam being a frequent choice. Both drugs act on the central nervous system, however, their action on intracranial pressure hasn't been much explored, especially due to the invasive character of monitoring considered as the gold standard in medical practice. However, techniques for non-invasive monitoring of intracranial pressure already exist, such as the one used in this work and developed by the company Brain4care®. This technique consists of the use of a strain gauge sensor, which in contact with the scalp can detect the waves of intracranial pressure that generate small bone deformations. This system generates reports informing the P2/P1 ratio, and time to peak (TTP), parameters associated with the condition of intracranial pressure. Thus, the objective of this research was to assess intracranial pressure during upper digestive endoscopy and to compare the use of propofol and midazolam in relation to this parameter. For this, the research subjects were divided into two groups according to medical criteria: propofol and midazolam. Both groups had their blood pressure measured before and after the endoscopy, monitoring of intracranial pressure occurred during and after the exam. The data obtained were analyzed using SPSS software version 21®, and the graphs generated from Graphpad Prism 7.0®. There was no significant difference between age and gender between groups. In the comparison between the use of propofol and midazolam in relation to the P2/P1 ratio, TTP, systolic and diastolic pressure, there was no significant difference. In the comparison between the same group, in relation to the different moments of measurement and monitoring, there was a significant difference for the propofol group in the four parameters analyzed, and for midazolam only in relation to systolic pressure. The percentage distribution between individuals was performed (independent group), with changes in blood pressure and intracranial pressure, in relation to the two moments of approach. Systolic pressure was significantly higher before the exam, the comparison of the P2/P1 ratio was not significant. The clinical diagnosis and the region of the findings on the examination were associated with blood pressure and intracranial pressure, but there were no significant results. It is concluded that there are no significant differences between the two groups, but propofol causes significant changes in the P2/P1 ratio, in TTP, systolic and diastolic pressure after endoscopy, while midazolam significantly changes only the systolic pressure after endoscopy digestive system.Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2020-12-04T00:31:20Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) BIANCA DREWNOWSKI.pdf: 2436661 bytes, checksum: ef3f7ed15a03d4d9f41aeee09c6f637b (MD5)Made available in DSpace on 2020-12-04T00:31:20Z (GMT). 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