Influências das tecnologias digitais no processo formativo: percepções de estudantes do ensino médio

• Autor(a) principal: Jesuz, Danilo Augusto Ferreira de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
• Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3440
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Tecnologias Digitais; Práticas pedagógicas; Ensino Médio; Educação crítica; Pierre Bourdieu; Digital Technologies; Pedagogical practices; High school; Critical education; Pierre Bourdieu

Inserida em contexto que investiga as Tecnologias Digitais (TD) na Educação Básica (EB), a presente pesquisa tem como objetivo central identificar as relações que estudantes do Ensino Médio estabelecem com e a partir das Tecnologias Digitais e as influências destas no seu processo formativo. Como aporte epistemológico adotamos a teoria da prática de Pierre Bourdieu. Pautamo-nos nos construtos teóricos de Pierre Bourdieu, Paulo Freire e Pierre Lévy para discutir aspectos atinentes a Educação Básica, a Tecnologias Digitais e os contextos sociais ao qual nosso objeto está inserido. Compõe o corpus deste o estudo investigativo de natureza quali-quantitativa, as respostas a um questionário eletrônico, de 408 estudantes do Ensino Médio ou Ensino Técnico Integrado ao Médio de quatro instituições públicas, situadas no norte do Paraná. Os pressupostos metodológicos que fundamentaram o tratamento e a interpretação dos dados foram a Análise Textual Discursiva (ATD) na perspectiva de Moraes e Galiazzi (2016); a Análise de Cluster (ACl) na perspectiva de Battaglia, Di Paola e Fazio (2016) e a Análise de Grafos inspirada na Teoria da Representação Social (RS), na perspectiva de Pereira (1997). Como principais resultados desse estudo identificamos que as relações que os estudantes estabelecem com as Tecnologias Digitais estão, majoritariamente, pautadas no consumo das informações mediáticas. As práticas pedagógicas envolvidas no processo educacional, influenciadas também pelas relações unilaterais transmissivas encontram terreno fértil no processo educativo tradicional (bancário) e, nessa perspectiva, pouco contribuem no que tange a potencializar qualitativamente as práticas educativas. Em outro viés, identificamos contributos para com o processo de aprender dos estudantes, nas práticas pedagógicas peculiares, aquelas pautadas no diálogo, na interação, na interatividade e em processo colaborativo, aspectos que primam por uma educação em viés crítico-emancipatório. Resta-nos então a tarefa de fazer deste particular, o geral na Educação Básica. Eis o desafio, eis a nossa utopia!