Avaliação do crescimento tumoral e do comportamento animal com o uso de propranolol em um modelo de melanoma murino
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Data de Publicação: | 2020 |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG |
Texto Completo: | http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3227 |
Resumo: | Através da via da tirosinase são originadas a melanina e as catecolaminas, ambas em desordem no melanoma. As catecolaminas, de ação no sistema nervoso simpático, funcionam naturalmente como neurotransmissores ou hormônios e vem sendo relacionadas à progressão do tumor e alterações psicológicas e comportamentais. Neste sentido, o propósito desse trabalho foi avaliar o uso do β-bloqueador propranolol na progressão do tumor e em alterações comportamentais como ansiedade e depressão em melanoma murino. O ensaio in vitro de viabilidade celular MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5 difeniltetrazóliobrometo) foi realizado com propranolol nas concentrações 0,01; 0,1; 0,3; 1,0; 3,0; 10 mM e avaliados após 24, 48 e 72 horas utilizando-se células B16F10. Para o ensaio in vivo foram utilizados camundongos C57BL6/J, submetidos ao implante de células tumorais e posteriormente tratados e avaliados por 20 dias quanto ao crescimento tumoral com determinação do volume. A região da substância nigra foi avaliada através de cortes histológicos. Os grupos foram compostos por camundongos sadios controle e tratados com solução oral de propranolol nas doses de 10 e 40 mg/kg/dia e camundongos portadores de melanoma controle e tratados com solução oral de propranolol nas doses de 10 e 40 mg/kg/dia. Durante o tempo de tratamento foram realizados os testes comportamentais de campo aberto, nado forçado, labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas em tumor inicial e em tumor consolidado. Como resultados no teste de viabilidade MTT, o propranolol diminuiu a viabilidade celular nas concentrações de 0,3; 1,0; 3,0; 10 mM em 24, 48 e 72 horas. Na experimentação in vivo o tratamento com propranolol diminuiu o crescimento tumoral na dose de 40 mg/kg/dia em 15 dias de tratamento. O teste de campo aberto não apresentou diferença no tempo 1 e houve redução da locomoção no tempo 2 nos grupos propranolol tratados com 10 e 40 mg e no grupo portador de melanoma 40 mg, quando comparados ao controle sadio. Os testes labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas não apresentaram diferença estatística em nenhum dos tempos avaliados. O teste de nado forçado apresentou diferença estatística no tempo de natação dos grupos portador de melanoma 40 mg e grupos sadios tratados com propranolol 10 mg e 40 mg e no comportamento de imobilidade todos os grupos ficaram mais tempo imóveis que o controle sadio em tempo 1. Concluiu-se que o propranolol pode ter um papel importante na progressão tumoral devido a citotoxicidade in vitro e inibitório para o crescimento tumoral medido in vivo e nos testes comportamentais o propranolol proporcionou efeito depressivo no nado, não sendo eficaz como ansiolítico ou antidepressivo e alterou de forma discreta a motilidade em testes no tempo 2 dificultando a diferenciação de um efeito na locomoção. Não houve diferença entre os grupos na região da substância nigra. |
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As catecolaminas, de ação no sistema nervoso simpático, funcionam naturalmente como neurotransmissores ou hormônios e vem sendo relacionadas à progressão do tumor e alterações psicológicas e comportamentais. Neste sentido, o propósito desse trabalho foi avaliar o uso do β-bloqueador propranolol na progressão do tumor e em alterações comportamentais como ansiedade e depressão em melanoma murino. O ensaio in vitro de viabilidade celular MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5 difeniltetrazóliobrometo) foi realizado com propranolol nas concentrações 0,01; 0,1; 0,3; 1,0; 3,0; 10 mM e avaliados após 24, 48 e 72 horas utilizando-se células B16F10. Para o ensaio in vivo foram utilizados camundongos C57BL6/J, submetidos ao implante de células tumorais e posteriormente tratados e avaliados por 20 dias quanto ao crescimento tumoral com determinação do volume. A região da substância nigra foi avaliada através de cortes histológicos. 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Os testes labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas não apresentaram diferença estatística em nenhum dos tempos avaliados. O teste de nado forçado apresentou diferença estatística no tempo de natação dos grupos portador de melanoma 40 mg e grupos sadios tratados com propranolol 10 mg e 40 mg e no comportamento de imobilidade todos os grupos ficaram mais tempo imóveis que o controle sadio em tempo 1. Concluiu-se que o propranolol pode ter um papel importante na progressão tumoral devido a citotoxicidade in vitro e inibitório para o crescimento tumoral medido in vivo e nos testes comportamentais o propranolol proporcionou efeito depressivo no nado, não sendo eficaz como ansiolítico ou antidepressivo e alterou de forma discreta a motilidade em testes no tempo 2 dificultando a diferenciação de um efeito na locomoção. Não houve diferença entre os grupos na região da substância nigra.Through the tyrosinase pathway, melanin and catecholamines originate, both in melanoma disorder. Catecholamines, which act on the sympathetic nervous system, function naturally as neurotransmitters or hormones and have been linked to tumor progression and psychological and behavioral changes. In this sense, the purpose of this work was to evaluate the use of the β-blocker propranolol in tumor progression and in behavioral changes such as anxiety and depression in murine melanoma. The in vitro MTT cell viability assay (3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl) -2,5 diphenyltetrazolium bromide) was performed with propranolol in concentrations 0.01, 0.1, 0.3, 1.0, 3.0, 10 mM and evaluated after 24, 48 and 72 hours using B16F10 cells. For the in vivo test, C57BL6/J mice were used, submitted to the implantation of tumor cells and subsequently treated and evaluated for 20 days for tumor growth with volume determination. The groups were composed of healthy control mice and treated with oral solution of propranolol at doses of 10 and 40 mg/kg/day and mice with control melanoma and treated with oral solution of propranolol at doses of 10 and 40 mg/kg/day. During the treatment period, behavioral tests of open field, forced swimming, elevated plus maze and test of hiding spheres in initial tumor and in consolidated tumor were performed. As a result of the MTT viability test, propranolol decreased cell viability at concentrations of 0.3, 1.0, 3.0, 10 mM in 24, 48 and 72 hours. In the in vivo experimentation, treatment with propranolol decreased tumor growth at a dose of 40 mg/kg/day in 15 days of treatment. The open field test showed no difference in time 1 and there was a reduction in locomotion in time 2 in the propranolol groups treated with 10 and 40 mg and in the group with melanoma 40 mg, when compared to the healthy control. The elevated plus-maze tests and the marble-burying test showed no statistical difference in any of the evaluated times. The forced swim test showed a statistical difference in the swimming time of the groups with melanoma 40 mg and healthy groups treated with propranolol 10 mg and 40 mg and in immobility behavior all groups remained immobile longer than the healthy control in time 1. It was concluded that propranolol may have an important role in tumor progression due to in vitro cytotoxicity and inhibitory to tumor growth measured in vivo and in behavioral tests propranolol provided a depressive effect on the swim, not being effective as an anxiolytic or antidepressant and altered accordingly discrete form motility in tests over time 2 making it difficult to differentiate an effect on locomotion.Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2020-11-05T20:25:22Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) JULIANA BERTON.pdf: 1856884 bytes, checksum: 47369a9c54359cef9dc55598f752bd0f (MD5)Made available in DSpace on 2020-11-05T20:25:22Z (GMT). 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