MONENSINA SÓDICA E ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM LIMÃO (Cymbopogum flexuosus) EM DIETAS PARA CORDEIROS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lodi, Francieli
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2416
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da inclusão de dois teores de monensina sódica, e do óleo essencial (OE) de capim limão sobre o consumo e digestibilidade dos nutrientes, a fermentação ruminal e o comportamento ingestivo de cordeiros recebendo dietas com elevado teor de concentrado. Foram utilizados quatro cordeiros não castrados sem raça definida, com peso médio inicial de 44,0 kg e aproximadamente 4 meses de idade, canulados no rúmen. Os animais foram distribuídos em delineamento experimental quadrado latino 4 x 4, sendo quatro animais, quatro tratamentos e quatro períodos experimentais. Os tratamentos foram definidos pela adição de dois teores de monensina sódica ou óleo essencial de capim limão a uma dieta base, contendo 85% de concentrado e 15% de volumoso (feno de aveia branca; Avena sativa), como segue: CONT – dieta sem adição de monensina ou óleo essencial; 12,5MON – dieta contendo 12,5 mg/kg de matéria natural (MN) de monensina sódica; 25MON - dieta contendo 25 mg/kg de MN de monensina sódica e OE - dieta adicionada com 1 ml/kg de MS de óleo essencial extraído do capim limão (Cymbopogum flexuosus). Não houve efeito dos tratamentos sobre o consumo e digestibilidade dos nutrientes. Os animais que receberam a dieta contendo OE apresentaram pH ruminal superior aos que receberam a dieta controle, entretanto não diferiram dos que receberam monensina. Houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre o pH ruminal, sendo o maior valor observado nos animais alimentados com 12,5 MON. Os animais que receberam a dieta com OE apresentaram maior concentração ruminal de acetato em comparação aos que receberam monensina sódica. Houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre a concentração ruminal de acetato, sendo o menor valor observado para os animais do tratamento contendo 12,5 MON. A relação acetato:propionato apresentou menor valor nos animais que receberam a dieta com 12,5 MON. Em comparação à dieta CONT, o OE diminuiu a concentração ruminal de butirato, no entanto, os animais que receberam as dietas contendo monensina apresentaram maior concentração ruminal de butirato em relação aos do tratamento contendo OE. A concentração ruminal de valerato foi superior nos animais que receberam OE. O fornecimento de OE diminuiu a concentração ruminal de isobutirato e isovalerato. Observou-se menor concentração AGCC totais nos animais que receberam a dieta contendo 12,5 MON. A concentração sanguínea ALT foi superior nos animais que consumiram a dieta contendo OE em comparação aos da dieta controle. O OE de capim limão aumentou a concentração ruminal de glicose sanguínea em comparação com as dietas contendo monensina sódica. O OE diminuiu o número de ovos por gramas de fezes (OPG) em relação às dietas contendo monensina. Adicionalmente, houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre o OPG, com maior valor nos animais alimentados com as dietas contendo 12,5 MON. Em conclusão, a utilização de apenas 12,5 MON mostrou ser uma alternativa eficiente na modulação ruminal de cordeiros alimentados com dietas ricas em concentrado. Por sua vez, o OE de capim limão apresentou efeito sobre as características ruminais que o habilita como um aditivo potencial para uso em dietas ricas em concentrado para cordeiros.
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Foram utilizados quatro cordeiros não castrados sem raça definida, com peso médio inicial de 44,0 kg e aproximadamente 4 meses de idade, canulados no rúmen. Os animais foram distribuídos em delineamento experimental quadrado latino 4 x 4, sendo quatro animais, quatro tratamentos e quatro períodos experimentais. Os tratamentos foram definidos pela adição de dois teores de monensina sódica ou óleo essencial de capim limão a uma dieta base, contendo 85% de concentrado e 15% de volumoso (feno de aveia branca; Avena sativa), como segue: CONT – dieta sem adição de monensina ou óleo essencial; 12,5MON – dieta contendo 12,5 mg/kg de matéria natural (MN) de monensina sódica; 25MON - dieta contendo 25 mg/kg de MN de monensina sódica e OE - dieta adicionada com 1 ml/kg de MS de óleo essencial extraído do capim limão (Cymbopogum flexuosus). Não houve efeito dos tratamentos sobre o consumo e digestibilidade dos nutrientes. Os animais que receberam a dieta contendo OE apresentaram pH ruminal superior aos que receberam a dieta controle, entretanto não diferiram dos que receberam monensina. Houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre o pH ruminal, sendo o maior valor observado nos animais alimentados com 12,5 MON. Os animais que receberam a dieta com OE apresentaram maior concentração ruminal de acetato em comparação aos que receberam monensina sódica. Houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre a concentração ruminal de acetato, sendo o menor valor observado para os animais do tratamento contendo 12,5 MON. A relação acetato:propionato apresentou menor valor nos animais que receberam a dieta com 12,5 MON. Em comparação à dieta CONT, o OE diminuiu a concentração ruminal de butirato, no entanto, os animais que receberam as dietas contendo monensina apresentaram maior concentração ruminal de butirato em relação aos do tratamento contendo OE. A concentração ruminal de valerato foi superior nos animais que receberam OE. O fornecimento de OE diminuiu a concentração ruminal de isobutirato e isovalerato. Observou-se menor concentração AGCC totais nos animais que receberam a dieta contendo 12,5 MON. A concentração sanguínea ALT foi superior nos animais que consumiram a dieta contendo OE em comparação aos da dieta controle. O OE de capim limão aumentou a concentração ruminal de glicose sanguínea em comparação com as dietas contendo monensina sódica. O OE diminuiu o número de ovos por gramas de fezes (OPG) em relação às dietas contendo monensina. Adicionalmente, houve efeito quadrático dos teores de monensina sobre o OPG, com maior valor nos animais alimentados com as dietas contendo 12,5 MON. Em conclusão, a utilização de apenas 12,5 MON mostrou ser uma alternativa eficiente na modulação ruminal de cordeiros alimentados com dietas ricas em concentrado. Por sua vez, o OE de capim limão apresentou efeito sobre as características ruminais que o habilita como um aditivo potencial para uso em dietas ricas em concentrado para cordeiros.The objective of this study was to evaluate the effect of the inclusion of two levels of monensin and essential oil (EO) of lemon grass on nutrient intake and digestibility, ruminal fermentation and ingestive behavior of lambs receiving high concentrate diet. Four uncastrated lambs were used (44.0 kg of BW and approximately 4 months old), cannulated in the rumen. The animals were distributed in a 4 x 4 Latin square experimental design, with four animals, four treatments and four experimental periods. The treatments were defined by the addition of two levels of monensin or lemon grass essential oil to a base diet containing 85% concentrate and 15% forage (white oat hay, Avena sativa), as follows: CONT - diet without addition of monensin or essential oil; 12.5MON - diet containing 12.5 mg/kg of monensin; 25MON - diet containing 25 mg/kg of monensin and EO - diet added with 1 ml/kg of essential oil of lemongrass (Cymbopogum flexuosus). There was no effect of the treatments on the nutrient intake and digestibility. The animals that received the diet containing EO presented ruminal pH superior to those that received the control diet, however they did not differ from those that received monensin. There was a quadratic effect of the monensin on the ruminal pH, being the highest value observed in the animals fed diet with 12.5 MON. The animals that received the OE diet had a higher ruminal concentration of acetate compared to that receiving monensin. There was a quadratic effect of the monensin on ruminal concentration of acetate, being the lowest value observed for the diet containing 12.5 MON. The acetate:propionate ratio was lower in animals receiving the diet with 12.5 MON. Compared to the CONT, EO decreased the ruminal concentration of butyrate; however, its concentration was higher in animals receiving monensin than those receiving essential oil. The ruminal concentration of valerate was higher in animals receiving essential oil. The EO supply decreased the ruminal concentration of isobutyrate and isovalerate. A lower concentration of total SCFA was observed in animals fed the diet containing 12.5 MON. The ALT blood concentration was higher in the animals that received the diet containing EO compared to the control diet. EO increased rumen concentration of blood glucose compared to diets containing monensin. OE decreased the number of eggs per gram of feces (EGF) in relation to diets containing monensin. In addition, there was a quadratic effect of monensin on the EGF, with a higher value in the animals fed diets containing 12.5 MON. In conclusion, the use of only 12.5 MON was shown to be an efficient alternative in ruminal modulation of lambs fed high concentrate diet. In turn, lemon grass EO had an effect on ruminal characteristics that enabled it as a potential additive for use in high concentrate diet for lambs.Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2017-12-18T10:21:50Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Francieli Lodi.pdf: 1074900 bytes, checksum: f24987f1a8a91957f2220252293309da (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-18T10:21:50Z (GMT). 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