Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Souza, Beatriz Rodrigues
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Italiano UERJ
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/58065
Resumo: RESUMO: Ao longo dos anos, o amor foi representado de diferentes formas e em meios de comunicação diversos. O poeta italiano Petrarca, por exemplo, expressa seu sentimento por Laura usando a forma tida como perfeita: o soneto; além disso, seu amor é sempre puro e sua musa sempre calada. É assim, sem voz e apenas para admiração, que as mulheres aparecem na maioria das obras de arte, refletindo os ideais sociais do período em que estão. Porém, surgem autoras que subvertem essa ideia; é o caso, por exemplo, de Gaspara Stampa, poeta do Cinquecento italiano. Embora a autora siga a forma poética consagrada por Petrarca, usa sua poesia para manifestar seu sentimento e, assim, consegue ser uma voz feminina em um meio em que existem poucas oportunidades de expressão para as mulheres. Neste artigo, a figura da poeta é colocada em oposição ao modelo imposto a partir de uma citação de outra autora italiana, Sibilla Aleramo; embora as autoras sejam separadas por séculos, percebe-se que a visão de amor e do feminino que prevalece em ambos os períodos é aquela masculina. Faz-se, então, necessário o estudo dos escritos dessas e outras mulheres para que haja um espaço para suas (e nossas) vozes.Palavras-chave: Literatura feminina. Gaspara Stampa. Papel de gênero. ABSTRACT: Nel corso degli anni, l'amore è stato rappresentato in modi diversi e in vari media. Il poeta italiano Petrarca, ad esempio, esprime il suo sentimento per Laura usando la forma considerata perfetta: il sonetto; inoltre, il suo amore è sempre puro e la sua musa è sempre silenziosa. È così, senza voce e solo per ammirazione, che le donne compaiono nella maggior parte delle opere d'arte, riflettendo gli ideali sociali del periodo in cui ci sono. Tuttavia, appaiono autrici che sovvertono questa idea; è il caso, ad esempio, di Gaspara Stampa, una poeta del Cinquecento italiano. Sebbene l'autrice segua la forma poetica consacrata da Petrarca, usa la sua poesia per esprimere i suoi sentimenti e, così, riesce ad essere una voce femminile in un ambiente in cui ci sono poche opportunità di espressione per le donne. In questo articolo, l’immagine della poeta è contrapposta al modello socialmente imposto a partire da una citazione di un’altra autrice italiana, Sibilla Aleramo; anche se ci siano secoli tra le autrice, si vede che la visione dell’amore e del femminile che prevale in entrambi periodi è quella maschile. Quindi è necessario studiare quello che hanno scritto queste e altre donne perché ci sia una spazio per le sue (e nostre) voci.Parole chiave: Letteratura femminile. Gaspara Stampa. Ruolo di genere. ABSTRACT: Over the years, love has been represented in different ways and in different media. The Italian poet Petrarca, for example, expresses his feeling for Laura using the form considered perfect: sonnet; moreover, his love is always pure and his muse is always silent. That is how women are portrayed in most artwork: without voice and just for admiration, reflecting the social ideals of the period in which they are inserted. However, some female writers subvert such idea; this is the case, for example, of Gaspara Stampa, a poet from the italian Cinquecento. Although she follows the poetic form consecrated by Petrarch, she uses her poetry to express her feelings, becoming a female voice within an environment that offers but few opportunities for women to express themselves. This article aims to untie the figure of the woman who writes from the role model using a quote of Sibilla Aleramo, another Italian writer. Despite being separated by centuries, the prevailing vision of love and feminine in both of the authors period is that articulated by men. Then, studying what these and other women had written is of paramount importance to provide space to their (and our) voices.Keywords: Female Literature. Gaspara Stampa. Gender role.
id UERJ-12_2aadea42b94455d175a8d446d71194be
oai_identifier_str oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/58065
network_acronym_str UERJ-12
network_name_str Revista Italiano UERJ
repository_id_str
spelling Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara StampaRESUMO: Ao longo dos anos, o amor foi representado de diferentes formas e em meios de comunicação diversos. O poeta italiano Petrarca, por exemplo, expressa seu sentimento por Laura usando a forma tida como perfeita: o soneto; além disso, seu amor é sempre puro e sua musa sempre calada. É assim, sem voz e apenas para admiração, que as mulheres aparecem na maioria das obras de arte, refletindo os ideais sociais do período em que estão. Porém, surgem autoras que subvertem essa ideia; é o caso, por exemplo, de Gaspara Stampa, poeta do Cinquecento italiano. Embora a autora siga a forma poética consagrada por Petrarca, usa sua poesia para manifestar seu sentimento e, assim, consegue ser uma voz feminina em um meio em que existem poucas oportunidades de expressão para as mulheres. Neste artigo, a figura da poeta é colocada em oposição ao modelo imposto a partir de uma citação de outra autora italiana, Sibilla Aleramo; embora as autoras sejam separadas por séculos, percebe-se que a visão de amor e do feminino que prevalece em ambos os períodos é aquela masculina. Faz-se, então, necessário o estudo dos escritos dessas e outras mulheres para que haja um espaço para suas (e nossas) vozes.Palavras-chave: Literatura feminina. Gaspara Stampa. Papel de gênero. ABSTRACT: Nel corso degli anni, l'amore è stato rappresentato in modi diversi e in vari media. Il poeta italiano Petrarca, ad esempio, esprime il suo sentimento per Laura usando la forma considerata perfetta: il sonetto; inoltre, il suo amore è sempre puro e la sua musa è sempre silenziosa. È così, senza voce e solo per ammirazione, che le donne compaiono nella maggior parte delle opere d'arte, riflettendo gli ideali sociali del periodo in cui ci sono. Tuttavia, appaiono autrici che sovvertono questa idea; è il caso, ad esempio, di Gaspara Stampa, una poeta del Cinquecento italiano. Sebbene l'autrice segua la forma poetica consacrata da Petrarca, usa la sua poesia per esprimere i suoi sentimenti e, così, riesce ad essere una voce femminile in un ambiente in cui ci sono poche opportunità di espressione per le donne. In questo articolo, l’immagine della poeta è contrapposta al modello socialmente imposto a partire da una citazione di un’altra autrice italiana, Sibilla Aleramo; anche se ci siano secoli tra le autrice, si vede che la visione dell’amore e del femminile che prevale in entrambi periodi è quella maschile. Quindi è necessario studiare quello che hanno scritto queste e altre donne perché ci sia una spazio per le sue (e nostre) voci.Parole chiave: Letteratura femminile. Gaspara Stampa. Ruolo di genere. ABSTRACT: Over the years, love has been represented in different ways and in different media. The Italian poet Petrarca, for example, expresses his feeling for Laura using the form considered perfect: sonnet; moreover, his love is always pure and his muse is always silent. That is how women are portrayed in most artwork: without voice and just for admiration, reflecting the social ideals of the period in which they are inserted. However, some female writers subvert such idea; this is the case, for example, of Gaspara Stampa, a poet from the italian Cinquecento. Although she follows the poetic form consecrated by Petrarch, she uses her poetry to express her feelings, becoming a female voice within an environment that offers but few opportunities for women to express themselves. This article aims to untie the figure of the woman who writes from the role model using a quote of Sibilla Aleramo, another Italian writer. Despite being separated by centuries, the prevailing vision of love and feminine in both of the authors period is that articulated by men. Then, studying what these and other women had written is of paramount importance to provide space to their (and our) voices.Keywords: Female Literature. Gaspara Stampa. Gender role.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2021-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/5806510.12957/italianouerj.2020.58065Revista Italiano UERJ; v. 11 n. 2 (2020); 122236-4064reponame:Revista Italiano UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/58065/37091Copyright (c) 2021 Revista Italiano UERJinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Souza, Beatriz Rodrigues2021-02-28T23:07:30Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/58065Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaitalianouerjPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaitalianouerj/oai||sr3depext@gmail.com|| revistaitalianouerj@yahoo.it||aparecida.cardoso@yahoo.it2236-40642236-4064opendoar:2024-05-17T13:38:26.992444Revista Italiano UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)true
dc.title.none.fl_str_mv Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
title Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
spellingShingle Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
de Souza, Beatriz Rodrigues
title_short Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
title_full Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
title_fullStr Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
title_full_unstemmed Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
title_sort Perché io son nata poeta, non santa: a voz da mulher e a poesia de Gaspara Stampa
author de Souza, Beatriz Rodrigues
author_facet de Souza, Beatriz Rodrigues
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv de Souza, Beatriz Rodrigues
description RESUMO: Ao longo dos anos, o amor foi representado de diferentes formas e em meios de comunicação diversos. O poeta italiano Petrarca, por exemplo, expressa seu sentimento por Laura usando a forma tida como perfeita: o soneto; além disso, seu amor é sempre puro e sua musa sempre calada. É assim, sem voz e apenas para admiração, que as mulheres aparecem na maioria das obras de arte, refletindo os ideais sociais do período em que estão. Porém, surgem autoras que subvertem essa ideia; é o caso, por exemplo, de Gaspara Stampa, poeta do Cinquecento italiano. Embora a autora siga a forma poética consagrada por Petrarca, usa sua poesia para manifestar seu sentimento e, assim, consegue ser uma voz feminina em um meio em que existem poucas oportunidades de expressão para as mulheres. Neste artigo, a figura da poeta é colocada em oposição ao modelo imposto a partir de uma citação de outra autora italiana, Sibilla Aleramo; embora as autoras sejam separadas por séculos, percebe-se que a visão de amor e do feminino que prevalece em ambos os períodos é aquela masculina. Faz-se, então, necessário o estudo dos escritos dessas e outras mulheres para que haja um espaço para suas (e nossas) vozes.Palavras-chave: Literatura feminina. Gaspara Stampa. Papel de gênero. ABSTRACT: Nel corso degli anni, l'amore è stato rappresentato in modi diversi e in vari media. Il poeta italiano Petrarca, ad esempio, esprime il suo sentimento per Laura usando la forma considerata perfetta: il sonetto; inoltre, il suo amore è sempre puro e la sua musa è sempre silenziosa. È così, senza voce e solo per ammirazione, che le donne compaiono nella maggior parte delle opere d'arte, riflettendo gli ideali sociali del periodo in cui ci sono. Tuttavia, appaiono autrici che sovvertono questa idea; è il caso, ad esempio, di Gaspara Stampa, una poeta del Cinquecento italiano. Sebbene l'autrice segua la forma poetica consacrata da Petrarca, usa la sua poesia per esprimere i suoi sentimenti e, così, riesce ad essere una voce femminile in un ambiente in cui ci sono poche opportunità di espressione per le donne. In questo articolo, l’immagine della poeta è contrapposta al modello socialmente imposto a partire da una citazione di un’altra autrice italiana, Sibilla Aleramo; anche se ci siano secoli tra le autrice, si vede che la visione dell’amore e del femminile che prevale in entrambi periodi è quella maschile. Quindi è necessario studiare quello che hanno scritto queste e altre donne perché ci sia una spazio per le sue (e nostre) voci.Parole chiave: Letteratura femminile. Gaspara Stampa. Ruolo di genere. ABSTRACT: Over the years, love has been represented in different ways and in different media. The Italian poet Petrarca, for example, expresses his feeling for Laura using the form considered perfect: sonnet; moreover, his love is always pure and his muse is always silent. That is how women are portrayed in most artwork: without voice and just for admiration, reflecting the social ideals of the period in which they are inserted. However, some female writers subvert such idea; this is the case, for example, of Gaspara Stampa, a poet from the italian Cinquecento. Although she follows the poetic form consecrated by Petrarch, she uses her poetry to express her feelings, becoming a female voice within an environment that offers but few opportunities for women to express themselves. This article aims to untie the figure of the woman who writes from the role model using a quote of Sibilla Aleramo, another Italian writer. Despite being separated by centuries, the prevailing vision of love and feminine in both of the authors period is that articulated by men. Then, studying what these and other women had written is of paramount importance to provide space to their (and our) voices.Keywords: Female Literature. Gaspara Stampa. Gender role.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-02-28
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/58065
10.12957/italianouerj.2020.58065
url https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/58065
identifier_str_mv 10.12957/italianouerj.2020.58065
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/58065/37091
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Revista Italiano UERJ
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Revista Italiano UERJ
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Revista Italiano UERJ; v. 11 n. 2 (2020); 12
2236-4064
reponame:Revista Italiano UERJ
instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
instname_str Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron_str UERJ
institution UERJ
reponame_str Revista Italiano UERJ
collection Revista Italiano UERJ
repository.name.fl_str_mv Revista Italiano UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
repository.mail.fl_str_mv ||sr3depext@gmail.com|| revistaitalianouerj@yahoo.it||aparecida.cardoso@yahoo.it
_version_ 1799319099799502848