“Se amor não é, qual é meu sentimento?”: o discurso amoroso e seus diálogos na lírica de Francesco Petrarca

• Autor(a) principal: Couto, Laura Danielly de Souza
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Italiano UERJ
• Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/48732
• topic: Francesco Petrarca. Cancioneiro. Lírica Amorosa. Petrarquismo.

RESUMO: A manifestação amorosa que fundamenta este trabalho é a que ocorreu durante a transição da Idade Média para o Renascimento, ocasionada pela obra Cancioneiro, do poeta italiano e primeiro humanista Francesco Petrarca. O que é proposto aqui, na dimensão de seu juízo, não busca apenas a compreensão dos aspectos estéticos do estilo do poeta de Arezzo, mas também atentar aos diálogos da voz amorosa petrarquiana que reverberou em inúmeras escolas literárias e que se tornou o idioma próprio do Amor. O Amor e a poesia caminham de mãos dadas, ambos se firmaram permanentemente no ideário humano; desse modo, quando falamos de poesia do Amor, é inevitável reconhecer a visibilidade e repercussão de Francesco Petrarca. A sua lírica deixou um extenso legado, principalmente no que tange à escrita sobre o amor. A “maneira petrarquista” marcou a compreensão amorosa no Renascimento que se difundiu por toda Itália e pelo mundo. Destarte, o que será abordado neste trabalho é a abrangência desta manifestação amorosa iniciada em Petrarca: não apenas como ele foi capaz de criar um idioma próprio do Amor, mas como, posteriormente, outros descobriram-se, – e ainda se descobrem – fluentes nele. Para tal, é essencial adentrar em alguns recursos da escrita poética de Petrarca, nomeadamente: o Amor, como agente da criação petrarquista e como centro da concepção poética do Cancioneiro; os oximoros e paradoxos, como aspectos estéticos que atraíram o poeta e que exaltaram a dubiedade de sua poesia; e Laura, a tão louvada Laura de Novaes, como a própria projeção do poeta no discurso amoroso.Palavras-chave: Francesco Petrarca. Cancioneiro. Lírica Amorosa. Petrarquismo. ABSTRACT: La manifestazione amorevole che sta alla base di quest'opera è quella avvenuta durante il passaggio dal Medioevo al Rinascimento, causata dall'opera Cancioneiro, dal poeta italiano e primo umanista Francesco Petrarca. Ciò che viene proposto qui, nella dimensione del suo giudizio, cerca non solo di comprendere gli aspetti estetici dello stile del poeta aretino, ma anche di prestare attenzione ai dialoghi della voce amorosa petrarchiana che riverberava in numerose scuole letterarie e divenne il linguaggio proprio dell’amare. Amore e poesia vanno di pari passo, entrambi permanentemente radicati nelle idee umane; quindi, quando parliamo di poesie d'amore, è inevitabile riconoscere la visibilità e le ripercussioni di Francesco Petrarca. La sua lirica ha lasciato una lunga eredità, soprattutto per quanto riguarda la scrittura sull'amore. La "via petrarchista" segna la comprensione amorevole del Rinascimento che si diffuse in tutta Italia e nel mondo. Pertanto, ciò che verrà affrontato in questo documento è lo scopo di questa manifestazione amorevole iniziata in Petrarca: non solo come è stato in grado di creare un linguaggio tutto suo, ma come gli altri in seguito hanno scoperto - e si ritrovano ancora - fluenti. in esso. A tal fine, è essenziale inserire alcune risorse della scrittura poetica di Petrarca, vale a dire: l'amore, come agente della creazione petrarchista e come centro della concezione poetica del Cancioneiro; ossimori e paradossi, come aspetti estetici che hanno attratto il poeta e che hanno esaltato la dubbiosità della sua poesia; e Laura, la tanto lodata Laura de Novaes, come la stessa proiezione del poeta nel discorso d'amore.Parole chiave: Francesco Petrarca. Canzoniere. Lirica d’amore. Petrarchismo. ABSTRACT: The loving manifestation that underlies this work is that which occurred during the transition from the Middle Ages to the Renaissance, caused by the work Cancioneiro, by the Italian poet and first humanist Francesco Petrarca. What is proposed here, in the dimension of his judgment, seeks not only to understand the aesthetic aspects of Arezzo's poet's style, but also to pay attention to the dialogues of the Petrarchian loving voice that reverberated in numerous literary schools and became the proper language of the. Love. Love and poetry go hand in hand, both permanently grounded in human ideas; Thus, when we speak of love poetry, it is inevitable to recognize Francesco Petrarca's visibility and repercussion. His lyric has left an extensive legacy, especially with regard to writing about love. The "petrarchist way" marked the loving understanding of the Renaissance that spread throughout Italy and around the world. Thus, what will be addressed in this paper is the scope of this loving manifestation begun in Petrarch: not only how he was able to create a language of his own, but how others later discovered - and still find themselves - fluent. in him. To this end, it is essential to enter some resources of Petrarch's poetic writing, namely: Love, as an agent of petrarchist creation and as the center of the Cancioneiro's poetic conception; oxymorons and paradoxes, as aesthetic aspects that attracted the poet and that exalted the dubiousness of his poetry; and Laura, the much lauded Laura de Novaes, as the poet's own projection into the love speech.Keywords: Francesco Petrarca. Canzoniere. Loving Lyric. Petrarchism.