A verdade como questão em A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/18517 |
Resumo: | O trabalho pretende investigar como se dá o desvelamento da questão da verdade em A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. Entendemos que a obra literária é caracterizada pelo desvelar de questões ontológicas que não podem ser definidas, como, por exemplo, a vida, a morte, a liberdade, o bem, o mal, o destino e na presente interpretação, a questão da verdade. Cada obra apresenta um pensamento originário das questões nela presentes. A personagem G.H. era acostumada à beleza dos acréscimos, como por exemplo, os conceitos que formara para si, a fim de não precisar questionar-se. Ao encontrar uma barata em um quarto vazio de seu apartamento, G.H. é levada a questionar sua noção de verdade como correção e adequação do pensamento (correspondente à palavra grega orthotes e à palavra latina veritas) para considerar a verdade como desvelamento (correspondente ao termo grego aletheia). É esta mudança o que conduz a travessia da personagem. Utilizou-se como método a interpretação hermenêutico-fenomenológica da obra, ou seja, a leitura da obra a partir das questões que ela manifesta a partir de si mesma, evitando incorrer na aplicação de teorias prévias ao acontecer da própria arte. Dialogamos com pensadores tais como Martin Heidegger, Platão, Friedrich Nietzsche, entre outros. |
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