CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/6289 |
Resumo: | Ano IX, Nº 17. São Gonçalo: 50 UERJ, jan./jun.2009CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANASDE EXPRESSÃO PORTUGUESADalva Pontes de AlmeidaRaquel Pontes de AlmeidaMarcelo Moraes Caetanommcaetano@hotmail.comSe a Deos chamão por tu,e a el Rey chamão por vós,como chamaremos nós,a três que não fazem hum,que o povo indiscreto, e núfalto de experiência, fezem lugar de hum trêsque com toda a Corteziatú, nem vós, nem Senhoriamerecem suas mercês(António Dias Macedo)INTRODUÇÃOO aparecimento das literaturas de expressão portuguesa emÁfrica3 é o resultado de um longo processo histórico de quase quinhentosanos de assimilação (desde o século XVI), ocorrida basicamentedevido à colonização sofrida por tais países pelo colonizador,Portugal. É conveniente lembrarmos que os portugueses atravessaram,em 1415, o Estreito de Gibraltar, sendo os primeiros europeus ase situarem em África (Ceuta, em Marrocos), estabelecendo, no territórioafricano, devido à presença de comerciantes, marinheiros etc., ochamado pidgin, de base portuguesa, “idioma” usado com o fito dese estabelecerem as relações, sobretudo comerciais. Esse “idioma”evolui, no caso dos PALOP, para o crioulo, especialmente nos paísesem que o comércio era muito valorizado4. Assim, ali conviviam, comas outras línguas de origem autóctone, o pidgin e o crioulo, num imenso mosaico linguístico, o que, como veremos, foi fator importantede desunião dos africanos durante muito tempo, pois, por não secompreenderem mutuamente, foram mais facilmente absorvidos peloprocesso de tentativa de aniquilação cultural que a metrópole desenvolviae punha em prática sobre eles. |
id |
UERJ-13_1a1cc80de57048e70118887a7e869387 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/6289 |
network_acronym_str |
UERJ-13 |
network_name_str |
Soletras (São Gonçalo. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESAAno IX, Nº 17. São Gonçalo: 50 UERJ, jan./jun.2009CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANASDE EXPRESSÃO PORTUGUESADalva Pontes de AlmeidaRaquel Pontes de AlmeidaMarcelo Moraes Caetanommcaetano@hotmail.comSe a Deos chamão por tu,e a el Rey chamão por vós,como chamaremos nós,a três que não fazem hum,que o povo indiscreto, e núfalto de experiência, fezem lugar de hum trêsque com toda a Corteziatú, nem vós, nem Senhoriamerecem suas mercês(António Dias Macedo)INTRODUÇÃOO aparecimento das literaturas de expressão portuguesa emÁfrica3 é o resultado de um longo processo histórico de quase quinhentosanos de assimilação (desde o século XVI), ocorrida basicamentedevido à colonização sofrida por tais países pelo colonizador,Portugal. É conveniente lembrarmos que os portugueses atravessaram,em 1415, o Estreito de Gibraltar, sendo os primeiros europeus ase situarem em África (Ceuta, em Marrocos), estabelecendo, no territórioafricano, devido à presença de comerciantes, marinheiros etc., ochamado pidgin, de base portuguesa, “idioma” usado com o fito dese estabelecerem as relações, sobretudo comerciais. Esse “idioma”evolui, no caso dos PALOP, para o crioulo, especialmente nos paísesem que o comércio era muito valorizado4. Assim, ali conviviam, comas outras línguas de origem autóctone, o pidgin e o crioulo, num imenso mosaico linguístico, o que, como veremos, foi fator importantede desunião dos africanos durante muito tempo, pois, por não secompreenderem mutuamente, foram mais facilmente absorvidos peloprocesso de tentativa de aniquilação cultural que a metrópole desenvolviae punha em prática sobre eles.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2009-06-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/628910.12957/soletras.2009.6289SOLETRAS; No. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61SOLETRAS; N. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61SOLETRAS; n. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61Revista Soletras; Núm. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61SOLETRAS; No. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-612316-88381519-7778reponame:Soletras (São Gonçalo. Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/6289/4492Almeida, Dalva Pontes deAlmeida, Raquel Pontes deCaetano, Marcelo Moraesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-06-26T19:28:32Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/6289Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletrasPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/oai||soletrasonline@yahoo.com.br|| paulo.centrorio@uol.com.br|| maricrisribas@uol.com.br2316-88381519-7778opendoar:2018-06-26T19:28:32Soletras (São Gonçalo. Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
title |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
spellingShingle |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA Almeida, Dalva Pontes de |
title_short |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
title_full |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
title_fullStr |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
title_full_unstemmed |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
title_sort |
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANAS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA |
author |
Almeida, Dalva Pontes de |
author_facet |
Almeida, Dalva Pontes de Almeida, Raquel Pontes de Caetano, Marcelo Moraes |
author_role |
author |
author2 |
Almeida, Raquel Pontes de Caetano, Marcelo Moraes |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Dalva Pontes de Almeida, Raquel Pontes de Caetano, Marcelo Moraes |
description |
Ano IX, Nº 17. São Gonçalo: 50 UERJ, jan./jun.2009CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LITERATURAS AFRICANASDE EXPRESSÃO PORTUGUESADalva Pontes de AlmeidaRaquel Pontes de AlmeidaMarcelo Moraes Caetanommcaetano@hotmail.comSe a Deos chamão por tu,e a el Rey chamão por vós,como chamaremos nós,a três que não fazem hum,que o povo indiscreto, e núfalto de experiência, fezem lugar de hum trêsque com toda a Corteziatú, nem vós, nem Senhoriamerecem suas mercês(António Dias Macedo)INTRODUÇÃOO aparecimento das literaturas de expressão portuguesa emÁfrica3 é o resultado de um longo processo histórico de quase quinhentosanos de assimilação (desde o século XVI), ocorrida basicamentedevido à colonização sofrida por tais países pelo colonizador,Portugal. É conveniente lembrarmos que os portugueses atravessaram,em 1415, o Estreito de Gibraltar, sendo os primeiros europeus ase situarem em África (Ceuta, em Marrocos), estabelecendo, no territórioafricano, devido à presença de comerciantes, marinheiros etc., ochamado pidgin, de base portuguesa, “idioma” usado com o fito dese estabelecerem as relações, sobretudo comerciais. Esse “idioma”evolui, no caso dos PALOP, para o crioulo, especialmente nos paísesem que o comércio era muito valorizado4. Assim, ali conviviam, comas outras línguas de origem autóctone, o pidgin e o crioulo, num imenso mosaico linguístico, o que, como veremos, foi fator importantede desunião dos africanos durante muito tempo, pois, por não secompreenderem mutuamente, foram mais facilmente absorvidos peloprocesso de tentativa de aniquilação cultural que a metrópole desenvolviae punha em prática sobre eles. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-06-06 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/6289 10.12957/soletras.2009.6289 |
url |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/6289 |
identifier_str_mv |
10.12957/soletras.2009.6289 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/6289/4492 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
SOLETRAS; No. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61 SOLETRAS; N. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61 SOLETRAS; n. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61 Revista Soletras; Núm. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61 SOLETRAS; No. 17 (2009): Janeiro-Junho; 50-61 2316-8838 1519-7778 reponame:Soletras (São Gonçalo. Online) instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UERJ |
institution |
UERJ |
reponame_str |
Soletras (São Gonçalo. Online) |
collection |
Soletras (São Gonçalo. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Soletras (São Gonçalo. Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
||soletrasonline@yahoo.com.br|| paulo.centrorio@uol.com.br|| maricrisribas@uol.com.br |
_version_ |
1799318599714734080 |