A ÉTICA DIMINUTA CONTRA OS ESCRIBAS DA AMARGURA, DO RESSENTIMENTO E DA MELANCOLIA: JULIO CORTAZAR E CACASO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/7028 |
Resumo: | O sentimento de exílio, como desvalor, similar a uma mutilação,é mencionado por Julio Cortazar (1914-1984), em textos de suaobra crítica e ensaística, entre eles, destaca-se “América Latina: exílioe literatura” (2001, p. 145-163). O desafio para o escritor, afirmaCortázar, consiste em transformar a experiência de negatividade doexílio em algo que, desvencilhado das conotações românticas da experiênciaexilar, transforme a escrita em prática e ação políticas. Aoassinalar que as ditaduras latino-americanas não têm escritores, massim escribas, Cortázar reafirma o lugar de quem repudia a autocompaixão,e valoriza, na vivência do desarraigamento, a revisão de simesmo que todo artista necessita enfrentar. Formula, então, um generosoconvite para não nos transformarmos em escribas da amargura,do ressentimento ou da melancolia (CORTÁZAR, 2001, p.152). Tal proposta está vinculada ao modo como considera que umleitor é parte da vida e não do ócio (p. 161), e que “escrever e ler”são maneiras de agir (Idem, 161), o que compreende o modelo laborativoe o existencial, modos também de intervir na vida social. |
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